Águia Metais confirma investimento de R$ 400 milhões no RS

Diretor técnico da Águia Metais, Fernando Tallarico

Até o final deste ano, a Águia Metais deverá encaminhar junto à Fepam os estudos de impactos ambientais de sua mina localizada no município de Lavras do Sul, onde serão produzidas 450 mil toneladas por ano de carbonatito — um concentrado comercial de rocha fosfática usado na fabricação de fertilizantes. A empresa é representante, no Brasil, da Aguia Resources Limited, com sede em Sydney, Austrália. O investimento no projeto, denominado Três Estradas, envolve recursos de R$ 400 milhões e inclui a produção de 1,6 milhão de toneladas por ano de um subproduto denominado calcita — um carbonato de cálcio que pode ser utilizado como corretivo agrícola. A estimativa inicial é que serão gerados em torno de 350 empregos diretos.

A Aguia Resources Limited é uma empresa de capital aberto, com ações negociadas na bolsa da Austrália. Investidores individuais e fundos de investimento internacionais e nacionais deverão garantir os recursos. Até o momento foram investidos cerca de R$ 27 milhões, incluindo todos os estudos e pesquisas geológicas cujos resultados confirmaram as expectativas da empresa e deverão subsidiar os próximos investimentos.

Indústria de fertilizantes do RS será beneficiada
Esses trabalhos têm por finalidade oferecer todo o detalhamento técnico para a instalação e operação do projeto e também uma estimativa muito mais precisa dos custos e tamanho do investimento, explicou a Modal o diretor técnico da empresa, Fernando Tallarico. . “O inicio das operações dependerá fundamentalmente dos resultados obtidos nesses estudos e também da nossa capacidade de levantar os recursos financeiros necessários. Mas hoje trabalhamos com uma projeção de operação nos próximos três anos”, disse o executivo.

A indústria de fertilizantes fosfatados instalada no Porto de Rio Grande será o principal mercado da empresa. Hoje, todo o segmento instalado no Rio Grande do Sul é suprido por concentrado de rocha fosfática importada e seu preço, como é uma commodity, oscila em função da oferta e demanda internacional, assinala Tallarico. O mais significativo do projeto Três Estradas, de acordo com o executivo, é que, no mercado interno, não haverá mais adição dos custos de frete transoceânico internacional e demais custos portuários que não são baixos.

Dependência de importações
“Apesar da vocação agrícola do Brasil, ainda importamos aproximadamente 50% de todo o fosfato que é consumido na fabricação de fertilizantes. E na Região Sul a dependência de fosfato é ainda mais acentuada, pois não há nenhuma mina em produção. Nessa linha, toda a indústria de fertilizantes fosfatados depende de matéria-prima que é importada principalmente do norte da África.” A previsão de receita operacional é de aproximadamente R$ 300 a 400 milhões por ano a depender das flutuações no mercado de fosfato e taxa de câmbio. “Estamos muito satisfeitos com a opção de investimento no Rio Grande do Sul, pois encontramos um ambiente extremamente favorável com boa logística,  uma variedade de serviços e disponibilidade de mão de obra qualificada”, destacou Tallarico.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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