BRDE reforça programa de sustentabilidade com mais € 50 milhões do BEI

Complexo eólico de Santa Vitória do Palmar/ Divulgação

Quando lançou o programa Produção e Consumo Sustentável (PCS), em novembro de 2015, no Palácio Piratini, o BRDE sabia do potencial do programa, mas sabia também da limitação de recursos. Dependente do BNDES, a instituição operava limitada às linhas oferecidas pelo banco. Agora será dado um novo passo no sentido de sedimentar a sua marca como promotora da sustentabilidade.
Depois de captar em fevereiro deste ano € 50 milhões da AFD (Agência Francesa de Desenvolvimento), ainda neste primeiro semestre será consolidada a captação de outros € 50 milhões  do Banco Europeu de Investimento (BEI),  acionista maioritário do Fundo Europeu de Investimento (FEI).
Prospecção

“Com o PCS pudemos dar um direcionamento na prospecção de projetos assim como em relação a diretrizes internas”, afirmou à Modal Maurício Mocelin, superintendente da Agência do Rio Grande do Sul.  “Ainda nessa linha, procuramos outras fontes de recursos como da AFD, justamente para esse tipo de projetos.  Com mais € 50 milhões do BEI, iremos reforçar ainda mais o programa”.

De fato, a opção pela sustentabilidade é um caminho que está sendo trilhado com bastante sucesso pelo banco. Favorecido pela onda de investimentos em energias renováveis, em 2017 o banco financiou um total de R$ 285 milhões, dos quais R$ 230 milhões somente do Complexo eólico de Santa Vitória do Palmar. Outro investimento incluiu uma usina de biomassa (casca de arroz) em São Sepé.
PCHs
Apesar dos projetos em energia eólica do RS enfrentarem dificuldades nos últimos leilões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), devido ao atraso na construção de linhas de transmissão, o banco dispõe de outro grande potencial de financiamentos. Hoje, segundo Mocelin, mais de 90 empreendimentos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), correspondente a uma potência instalada de cerca de 500 MW e de cerca de R$ 3 bilhões de investimentos estão aptas a receberem licenças ambientais no RS.

Outra fonte de energias renováveis, a fotovoltaica,  está cada vez mais atrativa devido ao aumento das tarifas de energia  elétrica e a redução dos custos desses equipamentos.  “Estamos com uma demanda bastante forte, de diversos segmentos, inclusive de de produtores rurais”, pontua o executivo, citando uma propriedade de agricultura familiar que investiu cerca e R$ 65 mil para autogeração.

Avançar Cidades

Mas os cenários não se esgotam por aí.  No âmbito do projeto Avançar Cidades, do governo federal,  além do segmento de resíduos sólidos, o banco também prospecta nos segmentos de mobilidade urbana, em pavimentação de avenidas e em saneamento, setores  que devem atrair investimentos por meio de PPPs.

“Estamos atentos a esses novos mercados estimulados pelas PPPs, até porque o banco tem condições de participar em vários segmentos da logística e da infraestrutura. Já financiamentos até mesmo a compra de navios”, arremata Paulo Raffin, gerente de operações da Agência do RS.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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