Consórcios farão estudos para construção de uma nova ferrovia no Paraná

Colheita de soja. Foto: Jonas Oliveira/ANPr

Enquanto o Rio Grande do Sul sofre com a perda de importância do modal ferroviário na matriz de transporte, o Paraná vive um momento excepcional. No começo da semana foram divulgados os nomes dos quatro consórcios nacionais e internacionais que vão fazer os estudos de engenharia para implantação da nova ferrovia, com quase mil quilômetros, que ligará Dourados (MS) ao complexo portuário do litoral paranaense.

Além de reduzir os custos logísticos e agilizará o transporte da lavoura até o porto, a nova ferrovia pretende aumentar o fluxo. Atualmente, 20% da mercadoria que chega ao porto de Paranaguá é transportada por via-férrea.

Ferrovia - Paraná

Cronograma

De acordo com a Agência Paraná de Notícias, na primeira fase, as empresas autorizadas vão elaborar os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental da ferrovia. A partir da conclusão destes trabalhos, com prazo estimado em 270 dias, o governo abrirá processo licitatório para construção e concessão da linha.

A obra está dividida em dois trechos. O primeiro tem 400 quilômetros e liga o Litoral do Paraná a Guarapuava. O segundo, com cerca de 600 quilômetros, vai de Guarapuava até Dourados (MS), passando por Guaíra, e conta com a implantação de 350 quilômetros de linha nova, além da reabilitação do trecho já existente entre Guarapuava e Cascavel.

Investimento de R$ 10 bilhões

O Procedimento de Manifestação de Interesse para a execução do projeto foi lançado no final de novembro. Dezoito empresas compostas em seis consórcios nacionais e internacionais mostraram interesse na elaboração do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental. O valor aproximado do estudo é de R$ 25 milhões e o custo estimado de construção da ferrovia é de R$ 10 bilhões.

Os consórcios enviaram as propostas em janeiro e foram avaliadas pelo governo do Estado, que selecionou os autorizados a realizar o estudo. O secretário de Planejamento e Coordenação Geral, Juraci Barbosa Sobrinho, destacou o grande número de propostas recebidas. “O sucesso e a credibilidade do projeto junto ao mercado podem ser atribuídos ao extenso trabalho interno do Governo do Paraná na estruturação das questões técnicas e jurídicas”.

Além da Secretaria do Planejamento, fazem parte do Grupo Técnico Setorial que analisou as propostas do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) as secretarias de Estado da Infraestrutura e Logística, a Ferroeste e a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).

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