A Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – Serviço Geológico do Brasil (CPRM-RS) formalizou parceria com a Secretaria de Minas e Energia para a montagem do Plano de Mineração do Estado do Rio Grande do Sul . A empresa deverá contribuir com mapas geológicos, cadastramento de recursos de matérias de interesse da construção civil, além de outros trabalhos em andamento.
A CPRM atua desde 1970 no RS, em pesquisas geológicas e em estudos de minerais metálicos, sobretudo em ouro e cobre, além de chumbo, zinco e estanho. A empresa pública, que é vinculada ao Ministério de Minas e Energia, também desenvolve projetos de avaliação da potencialidade dos calcários do RS, e em rochas que contêm os chamados agrominerais, além de trabalhos executados na pesquisa de carvão mineral.
Mapas geológicos
Uma das atividades principais da CPRM é a execução de mapas geológicos e geofísicos, com dados básicos para fomentar a atividade mineral, os quais servem de referência para o setor privado. “Entre os mapas do estado elaborados pela Companhia, podemos destacar o geológico, de recursos minerais e o hidrogeológico, e outros de regiões específicas”, destaca José Leonardo Silva Andriotti, superintendente regional de Porto Alegre da CPRM. O Rio Grande do Sul, de acordo com Andriotti, possui jazidas conhecidas de cobre, chumbo e zinco, ouro, calcário, agrominerais e carvão mineral, dentre outros recursos de menor importância econômica atual na arrecadação do Estado.
Destaques
Existe também grande potencialidade de expansão de produção de ágatas e ametistas, o que pode avançar com novas potencialidades, a partir das pesquisas que estão em contínuo desenvolvimento, acrescenta. Além do carvão mineral, em que o Rio Grande do Sul é o dono das maiores reservas do país, são destaque o chumbo e zinco e também depósitos para agrominerais, respectivamente, na Mina do Camaquã (município de Caçapava do Sul) e em Lavras do Sul, além de minerais como rutilo e zircão, na região de São José do Norte.
Setorização de risco Desde 2011, a CPRM executa uma nova atividade denominada de setorização de risco geológico, em que suas equipes identificam áreas de riscos a escorregamentos, a inundações e a outros acidentes que possam afetar ou colocar em perigo comunidades e populações. Esse trabalho é feito em conjunto com as defesas civis municipais e estaduais.
“A CPRM tem grande quantidade de trabalhos técnicos efetuados e em andamento no estudo dos nossos recursos hídricos subterrâneos, por meio de diversos programas, projetos e convênios de operação”, ressalta Andriotti. A CPRM opera em Porto Alegre com um quadro formado por 45 geólogos e 12 engenheiros de diversas especialidades, 12 doutores e 24 mestres, além de especialistas em várias áreas de atividade. Além de atuar junto a empresas públicas e privadas e de instituições de pesquisa, a Companhia também trabalha em conjunto com universidades e diversos outros órgãos federais, como a Agência Nacional da Água (Ana) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), e estaduais, como Fepam, por meio de parcerias e convênios. A empresa foi criada pelo governo federal em 1969, como de economia mista vinculada ao Ministério de Minas e Energia, com a missão estratégica de organizar e sistematizar o conhecimento geológico do Brasil. Em 1994, o regime jurídico foi alterado para empresa pública.