Finger & Sommer conclui que obras de artes especiais da freeway e BR-290 até Guaíba estão em excelente estado de conservação

Foto de drone feita durante a inspeção/Divulgação

Os motoristas que trafegam pela freeway e BR-290 até Guaíba, no RS, vão encontrar 100% das pontes, viadutos e passarelas em excelente estado de conservação. Dados apresentados pela empresa Finger & Sommer Engenharia e Consultoria, de Porto Alegre, especializada em projetos e vistorias de estruturas rodoviárias e ferroviárias, concluíram que as 105 obras de arte existentes na rodovia oferecem segurança aos usuários e não possuem eventuais degradações que colocam em risco suas estruturas.

“Praticamente todas foram caracterizadas com notas máximas, segundo a NBR-9452/2016, que especifica os requisitos exigíveis nas inspeções”, afirmou Douglas Finger, diretor da empresa que é pioneira no uso de drones para inspeção no Rio Grande do Sul. As inspeções, contratadas pelo consórcio Etel ATP, o qual venceu licitação promovida pelo Dnit-RS,  foram iniciadas em 24 de setembro e finalizadas em16 de outubro. A equipe de campo foi composta por um coordenador (engenheiro civil especialista em obras de arte especiais), um engenheiro de campo e um auxiliar de engenharia.

A equipe  

A equipe de escritório contou com o mesmo coordenador e por um segundo engenheiro civil com experiência em patologia e inspeções de obras de arte especiais. Ao todo quatro pessoas trabalharam nesse contrato diretamente. Em todas as inspeções foram feitas fotos com câmera de alta resolução e possibilidade de zoom de até 70x. Também foram usadas câmeras termográficas, que indicam a temperatura na estrutura, o que serve para identificar pontos com possibilidade de infiltração ou umidade.    O drone foi utilizado em 23 obras de difícil acesso, tendo sido de grande apoio principalmente nas pontes sobre o rio Jacuí, sobre o lago Guaíba e nas alças de acesso à ponte do Guaíba e a BR-448.

As etapas da inspeção

  De acordo com Finger, as inspeções em obras de arte são feitas por etapas. A primeira consiste na análise dos equipamentos necessários a inspeção, da sequência de inspeção e o planejamento do trabalho para a coleta de todas informações necessárias conforme os requisitos da norma de inspeção de pontes, viadutos e passarelas.   Na segunda é feita a inspeção propriamente dita, com o levantamento de todas as manifestações patológicas da obra, fotos de apresentação da obra, além de imagens de todas as eventuais degradações, finalizando com o preenchimento da ficha de inspeção.     Por último, é feito a elaboração dos relatórios de inspeção e relatório fotográfico. Nessa etapa é definida a nota da obra, item fundamental que orienta os gestores sobre a necessidade de intervenção imediata ou até mesmo interdição da obra. A norma brasileira de inspeção de pontes e viadutos – NBR-9452/2016 – caracteriza as anomalias encontradas conforme uma nota que varia de um a cinco – a nota um é para uma obra em estado precário e cinco para um

 A principal desconformidade atualmente no país está relacionada às juntas de dilatação, afirma Finger. “Devido à falta de manutenção desse elemento, diversas outras manifestações patológicas são iniciadas reduzindo a vida útil da obra de forma significativa. O maior inimigo das estruturas é a umidade. Todo e qualquer ponto onde ocorra o acumulo de água será um ponto potencialmente problemático.”

 Falta de manutenção é maior entre os municípios

    Salvo exceções, a maioria das pontes e viadutos inspecionados pela Finger & Sommer, desde 2011, não receberam qualquer tipo de manutenção, nem limpeza e desobstrução do sistema de drenagem. “A situação se agrava em obras sob jurisdição dos municípios, onde o poder público normalmente desconhece a regulamentação que exige inspeções periódicas”, adverte o engenheiro.     Ele lembra que a manutenção corretiva é normalmente cinco vezes superior a manutenção preventiva. “Esse dado é amplamente conhecido no meio técnico e já foi divulgado em diversos congressos de manutenção e conservação de pontes e viadutos. Além disso, existem diversos exemplos atualmente em que o custo de adequação de uma obra existente é superior ao de construção de uma obra nova com características funcionais idênticas.”

 

 

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