Governo federal estima em R$ 1,350 bilhão o valor total das obras de duplicação da BR-116/Sul

Hiratan Pinheiro da Silva, superintendente do Dnit-RS/Divulgação

O governo federal deverá desembolsar um total de R$ 1,350 bilhão nas obras de duplicação da BR-116/RS, o que representa um acréscimo de cerca de 30%, em comparação à previsão inicial de R$ 900 milhões feita em setembro de 2014 pelo Ministério dos Transportes, quando a obra havia atingido 41,4% de execução, segundo registros da revista Modal. Na época, o governo estimava a conclusão da obra para o final de 2015. Hoje não existe previsão devido à falta de recursos provocada pela crise fiscal de 2015.

Nesta quinta-feira o superintendente regional do Dnit, engenheiro Hiratan Pinheiro da Silva, durante reunião da Frente Parlamentar para Acompanhamento das Obras e Defesa da Conclusão da Duplicação da BR-116, realizada em Camaquã, informou que o empreendimento completou cerca de 60% dos serviços executados em sua extensão de 211,2 km, entre Guaíba e Pelotas. Em valores foram investidos mais de R$ 791 milhões e são necessários outros R$ 550 milhões para concluir a obra. Para este ano estão garantidos R$ 99,5 milhões.

No encontro, o trecho da duplicação entre a Vila São Carlos (km 390 da rodovia) até o entroncamento com a ERS-350 (km 398) foi o que mais gerou questionamentos dos presentes. O segmento está inserido no Lote quatro da duplicação (km 373,2 ao km 397,2), que está 44,5% concluído.
Serviços

Dos serviços realizados, segundo Pinheiro, destacam-se a terraplenagem que está 100% executada, a base da pavimentação (etapa que antecede a aplicação de asfalto) que já está pronta em 20,9 quilômetros dos 23,9 do trecho e a ponte sobre o Arroio Velhaco que está concluída. “Queremos deixar este lote na melhor condição possível, pois quando tivermos o recurso adequado poderemos executar o asfalto”, comentou.

A explanação abordou também os trabalhos no Lote cinco(km 397,2 ao 422,3). Entre as principais dúvidas estava o acesso das comunidades lindeiras para a rodovia. Os alagamentos dentro do município também foram tratados na reunião. “A drenagem da rodovia contará com três tubulações de mais de três metros de largura e 3 metros de altura para dar vazão à água. E depois de concluirmos as obras da pista nova iremos adequar a tubulação da pista em operação. Portanto, a duplicação da rodovia não afeta a drenagem na área urbana de Camaquã”, garantiu Pinheiro.
Passarelas

A construção das passarelas foi uma preocupação levantada pelos participantes. O DNIT/RS elencou que no projeto original da duplicação estão previstas duas passarelas para Camaquã, uma no km 395,350 (em frente à Blue Ville) e a outra no km 395,820 (próxima à Escola Municipal de Ensino Fundamental Cândido Rodrigues de Freitas). “Mais de 20 passarelas estão previstas para toda a duplicação, mas serão construídas em outro projeto”, anunciou o superintendente.

Situação por lote (final de fevereiro/18)/ dados do Dnit-RS:

Lote 1: km 300,54 ao km 325,00 – Construtora Constran
Os serviços neste lote estão paralisados desde fevereiro de 2017. Foram investidos R$ 114,3 milhões, totalizando 62,3%, dos serviços previstos, incluindo:Terraplenagem – 92,4% (22,6 km)
Base da pavimentação –  63%(15,4 km)
Pavimentação (asfalto) – 18,8%(4,6km)

 Lote 2: km 325,00 ao km 351,34 – Construtora Constran
 
Os serviços neste lote estão paralisados desde agosto de 2016. Foram investidos R$ 113,9 milhões, totalizando 70,5%, dos serviços previstos, incluindo:
Terraplenagem – 100% (26,3 km)
Base da pavimentação – 80,9% (21,3 km)
Pavimentação (asfalto) – 34% (8,9 km)

 Lote 3: km 351,34 ao km 373,22 – Construtora Ivaí
Os serviços neste lote estão paralisados desde julho de 2016. Foram investidos R$ 65,6 milhões, totalizando 64%, dos serviços previstos, incluindo:
Terraplenagem – 98,7%(21,6 km)
Base da pavimentação – 92,3% (20,2 km)
Pavimentação (asfalto) – 65%(14,2 km)

Lote 4: km 373,22 ao km 397,20 – Consórcio Trier/CTESA
Neste lote foram investidos R$ 63,4 milhões, totalizando 44,5%, dos serviços previstos, incluindo:Terraplenagem – 100%(23,9 km)
Base da pavimentação – 87,5%(20,9 km)
Pavimentação (asfalto) – Não iniciado

Lote 5: km 397,20 ao km 422,30 – Consórcio Brasília Guaíba/Ribas
Neste lote foram investidos R$ 70,3 milhões, totalizando 41,2%, dos serviços previstos, incluindo:
Terraplenagem – 76,4%(19,1 km)
Base da pavimentação – 56,9%(14,3 km)
Pavimentação (asfalto) – Não iniciado

 Lote 6: km 422,30 ao km 448,50 – Consórcio Pelotense/CC
Neste lote foram investidos R$ 71,8 milhões, totalizando 48,3%, dos serviços previstos, incluindo:
Terraplenagem – 76,4%(19,1 km)
Base da pavimentação – 56,9%(14,3 km)
Pavimentação (asfalto) – Não iniciado

Lote 7: km 448,50 ao km 470,10 – Construtora Sultepa
Neste lote foram investidos R$ 72,6 milhões, totalizando 48,3%, dos serviços previstos, incluindo:
Terraplenagem 97,5%(21 km)
Base da pavimentação 81,8%(17,6 km)
Pavimentação (asfalto) – Não iniciado

Lote 8: km 470,10 ao km 489,00 – Construtora SBS-
Os serviços neste lote estão paralisados desde julho de 2017. Foram investidos R$ 107,5 milhões, totalizando 77,2%, dos serviços previstos, incluindo:
Terraplenagem – 100%(18,9 km)
Base da pavimentação 83,6%(15,8 km)
Pavimentação (asfalto) – 43,5% (8,2 km)

 Lote 9: km 489,00 ao km 511,76 – Consórcio MAC/Tardelli
Os serviços neste lote estão paralisados desde julho de 2017. Foram investidos R$ 111,1 milhões, totalizando 75,5%, dos serviços previstos, incluindo:
Terraplenagem – 96% (21,8 km)
Base da pavimentação – 85,5%(19,4 km)
Pavimentação (asfalto) – 77,3% (17,5 km)
(Com dados da assessoria de imprensa do Dnit-RS)

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