Greve dos caminhoneiros provocou perdas de US$ 3,5 bilhões nas exportações nas quatro últimas semanas

José Augusto Castro, presidente da AEB

A greve dos caminhoneiros provocou uma perda de US$ 3,5 bilhões nas exportações do país, entre as duas últimas semanas do mês de maio e as duas primeiras semanas do mês de junho, segundo avaliação da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

De acordo com José Augusto de Castro, presidente da entidade, ainda não é possível precisar os volumes de carga que foram suspensos, cancelados ou adiados devido ao desarranjo na cadeia de exportações provocado pela paralisação dos caminhoneiros. Por isso, a entidade prefere emitir sua nova projeção sobre a balança comercial apenas no mês de julho, quando, faz a sua tradicional revisão anual.

Para este ano, a AEB havia projetado um volume de exportações de US$ 219 bilhões, aumento de 1,1% em relação ao montante de US$ 216,462 bilhões estimados para 2017, e importações em US$ 168,625 bilhões, aumento de 11,7% em relação aos US$ 150,995 bilhões estimados para 2017, e superávit de US$ 50,341 bilhões, queda de 23,1% em relação ao recorde histórico de US$ 65,467 bilhões de 2017. De qualquer forma, a predominância das commodities em mais de 70% das exportações vai amortecer as perdas, segundo prevê.

“Podemos recuperar alguns embarques que foram perdidos devido ao atraso na entrega de cargas em navios, mas vai demorar algum tempo até esses navios voltarem”, pontuou. “Assim, ainda É cedo para uma avaliação mais concreta sobre as exportações deste ano”.

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