Lei Orçamentária de 2018 prevê escassos recursos para a infraestrutura gaúcha

Congresso Nacional/Divulgação

A Lei Orçamentária Anual (LOA) da União prevê para 2018 um volume de recursos abaixo do esperado para as obras de infraestrutura do Rio Grande do Sul, segundo informou Ricardo Portella, presidente do Sindicato da Indústria da Construção de Estradas, Pavimentação e Terraplenagem (Sicepot-RS).
Marcada para ser votada em 19 de dezembro próximo, a  proposta da LOA para a BR-116 estabelece uma dotação de apenas R$ 41 milhões, sem contar os R$ 81 milhões da emenda impositiva encaminhada pela bancada federal gaúcha. Com pouco mais de 50% da obra física concluída, Portella estima que para a entrega aos usuários seriam necessários cerca de R$ 600 milhões, “números que demonstram, por si só, quão longe estão da realidade atual”.
Em sua opinião, a conclusão da duplicação da BR-116 deveria ser considerada uma prioridade indiscutível pelo estado, devido à sua importância logística, cujo custo deverá sofrer uma redução de até 10%, segundo estimativas do presidente do Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti.
De acordo com o dirigente, além da BR-116, outras obras importantes do estado estão sendo prejudicadas pelo Ministério do Planejamento do governo federal.  Para a nova ponte do Guaíba deverá ser carreado apenas R$ 80 milhões, Contorno de Pelotas:R$ 15 milhões, e para a Travessia Urbana de Santa Maria somente R$ 31 milhões, faltando R$ 170 milhões para a sua conclusão.
“Isso reflete, na prática, a falta de planejamento do governo federal que deveria assegurar verbas para obras de extrema relevância para o estado e que pelo ritmo atual, imposto pela restrição orçamentária, poderão levar até seis anos para a sua conclusão,como, por exemplo, a duplicação da BR-116 e a nova ponte do Guaíba, o Contorno de Pelotas e a Travessia de Santa Maria.”
“Fazemos votos que a atual calamidade das finanças públicas não se deteriore ainda mais, pois isso resultaria numa perda maior de investimentos em setores vitais da economia como a infraestrutura. Nesse sentido, é importantíssimo o bom encaminhamento da reforma da Previdência no Congresso Nacional. Em caso contrário, a única prioridade do governo passaria ser apenas a folha do funcionalismo. Até que ponto continuará sendo sacrificando o futuro do país? Ao longo da história, não faltam exemplos de que, no Brasil, se alguma coisa não for urgente, mesmo que seja importante, acaba sempre ficando para depois. Só quando o problema se torna crítico é que sua solução ganha prioridade”, finaliza Portella.

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