Randon cria área de logística e pretende reduzir custo em 7% neste ano

Sérgio Lisbão Moreira de Carvalho/ Crédito: João Lazzarotto

Os gastos com frete das empresas Randon, de Caxias do Sul, deve alcançar o montante de R$ 95 milhões neste ano e vai representar uma economia de 7% em relação a 2016. O motivo é a criação, em outubro do ano passado, da área de gestão de logística integrada, uma novidade em mais de seis décadas de atuação do grupo. Denominada de Torre de Controle de Fretes, o objetivo vai além da redução de custo de transporte. Busca a padronização e criação de procedimentos nas operações, melhoria dos fluxos logísticos, consolidação de cargas, busca de modais mais competitivos, redução de tempo de trânsito, redução de estoques e avaliação da performance das transportadoras.

 Sérgio Carvalho, COO da divisão autopeças, informa que 70% de implantação do projeto já foi atingido. Segundo ele, considerando entradas e saídas de caminhões, a Randon gera aproximadamente 13 mil conhecimentos de frete por ano. Em fevereiro entrou em operação o Alltranport, software dedicado a gestão de fretes – integrado ao SAP – que permite a automação dos lançamentos de fretes, auditoria, escrituração e contabilização do Cte’s, performance dos transportadores, relatórios gerenciais, histórico de modificação das tabelas, simulador de fretes, arquivamento do XML e consulta de validade no sistema SEFAZ e gerenciamento de crédito de impostos.

Gestão e sinergia

 O executivo assinala que a empresa está trabalhando na implantação de um portal que permite planejar a consolidação das cargas, roteirização de entrada e saída de matérias e gestão do fluxo de materiais em trânsito para gerenciamento da entrada dos pedidos até a entrega do produto no cliente. “Os dois grandes pilares dessa nova visão logística são gestão e sinergia. Antes era comum mandar três caminhões para um cliente fazer entrega para a Master, para a Fras-Le e para a Castertech. Hoje estamos operando com o conceito de consolidação de carga, migrando de fracionada para full”, explica Carvalho.

Desafio

 Outro benefício relevante destacado foi estabelecer agendamento de rotas estáticas para coleta de insumos e matérias primas para todas as empresas do grupo. Um dia antes é feito a reserva de espaço nos caminhões a fim de determinar o tipo de veículo adequado aos volumes e definir lugar para o armazenamento dessa carga. “Como trabalhamos com muitas transportadoras faltava alguém que fizesse a sincronização”, conta o gerente de logística. “Nosso maior desafio é conciliar vários tipos de cargas em frete otimizado. Para isso, preciso ter as unidades alinhadas, porque na outra ponta nós temos o compromisso de fazer entregas dentro dos prazos firmados com nossos clientes”, ressalta Carvalho.

 O conceito de Torre de Controle Logístico assemelha-se aos procedimentos de uma torre de controle aéreo, cujas atribuições são de transmitir informações e autorizações às aeronaves sob seu controle, garantindo um tráfego aéreo seguro, ordenado e rápido. “É a primeira imagem que todo mundo faz”, diz Carvalho, acrescentando não ter dúvida de que é uma tendência para empresas de grande porte. A Torre de Controle da Randon é formada por uma equipe de dez profissionais.

Por Guilherme Antônio Arruda

 

 

 

 

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