Venda de ativos faz parte do plano de recuperação da CEEE

O secretário de Minas e Energia do RS, Lucas Redecker, em reunião do Grupo Temático de Energia (GTE), do Conselho de Infraestrutura (Coinfra), da Fiergs, anunciou em 7 de julho que o futuro da CEEE vai depender mais dos funcionários da empresa do que de um plano da secretaria. “A questão da privatização, tantas vezes mencionada por órgãos de imprensa, está descartada pelo governador José Sartori. Além disso, quem poderia apresentar algum interesse em uma empresa que fatura R$ 5,5 bilhões e detém um déficit de R$ 750 milhões por ano?”, indagou o secretário.
Num primeiro momento, segundo Redecker, a companhia está focada na renovação da concessão da CEEE-D, que venceu em 8 de julho. Acrescentou que conta muito para isso o esforço em colocar os indicadores DEC e FEC, nos patamares exigidos pela Aneel. O DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) indica o número de horas que o consumidor fica sem energia, e o FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) indica quantas vezes, em média, houve interrupção na unidade do consumidor. “Depois de cinco anos com dados negativos, estamos conseguindo reverter esses indicadores exigidos pela Aneel. o que vai contar muito para a renovação da concessão”, disse o secretário.       De acordo com Redecker, além de um Plano de Demissão Voluntária (PDV), está em estudos a venda de ativos da companhia, como o Horto Florestal Carola, localizado em Charqueadas, de 1.080 hectares, dos quais 80% eram utilizados para a produção de postes madeira que estão sendo substituídos por postes de concreto.
Redecker admitiu também que o plano de recuperação da empresa poderá incluir a venda do Centro Administrativo Engenheiro Noé de Mello Freitas, do Grupo CEEE, localizado próximo à Avenida Ipiranga. Com uma área de 33 hectares, o Centro conta com 21 prédios que abrigam atividades operacionais, técnicas e de escritórios da companhia, em um total de 53.465,57m² de área construída. “Nossa pauta é renovar a concessão da CEEE-D e sanear as finanças da empresa. Para isso, indicamos profissionais qualificados em gestão e estratégia. Contamos com o apoio da estrutura dos funcionários da empresa, cuja participação será fundamental para esses objetivos”, indicou.

 

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