Com a venda da UTE Pampa, Engie Brasil Energia privilegia fontes limpas e renováveis

UTE Pampa/ Maquete/Divulgação Engie

 A Usina Termelétrica Pampa Sul, de 340 MW, em implantação no Rio Grande do Sul, está em fase de negociação, confirmou ontem, em nota à imprensa, o presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini.  Com investimento estimado em cerca de R$ 1,8 bilhão, a UTE Pampa foi arrebatada pelo grupo GDF Suez S.A. – o segundo maior do mundo no ramo de energia, segundo o Global 500 2010 da revista Fortune -, no leilão de energia A-5, realizado em 28 de novembro de 2014, quando a Tractebel Energia adquiriu o direito de operação da nova usina por 25 anos, a partir de janeiro de 2019.
No Brasil, a empresa iniciou suas atividades por meio da Gerasul, depois Tractbel, e agora Engie Brasil Energia, o maior produtor privado de energia do país, dono de 28 usinas, correspondente a 6% da geração do país.

A UTE Pampa está sendo construída pela empresa chinesa Sdepci, que detém larga experiência na construção de termelétricas com a tecnologia de leito fluidizado circulante, que está enquadrada como de combustão limpa do carvão.

Hoje, dos 10.212 MW instalados no Brasil pertencentes à Engie, 90% são produzidos a partir de fontes limpas e renováveis, um indicador de que a empresa estaria se afastando das fontes fósseis. Isso porque, além da UTE Pampa, ela também iniciou negociações para a venda do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, de 857 MW, em Santa Catarina.

Balanço do trimestre
No primeiro trimestre de 2017, a companhia teve lucro líquido de R$ 450,7 milhões (R$ 0,6905 por ação), valor 29,8% superior ao alcançado no mesmo período do ano passado. O Ebitda atingiu R$ 885,5 milhões, um aumento de 11,7%, e a margem Ebitda cresceu 55,1%, equivalentes a 5,6 pontos percentuais, ambos na comparação com o 1T16. Houve discreta elevação na receita líquida de vendas, que aumentou 0,2% (R$ 3,3 milhões), totalizando R$ 1.605,9 milhões no 1T17.

De acordo com Sattamini, a evolução do Ebitda reflete principalmente o resultado das transações realizadas no mercado de curto prazo e o decréscimo no consumo de combustíveis.  Acrescentou que a evolução do lucro líquido foi influenciada por diversos fatores, principalmente, a redução de R$ 56,5 milhões das despesas financeiras líquidas.

Expansão e modernização

A expansão e evolução do parque gerador da Companhia são fatos importantes do primeiro trimestre. O Complexo Eólico Santa Mônica, no Ceará, teve sua montagem e comissionamento concluídos e já está operando com sua capacidade instalada total de 97,2 MW. Em março, foi concluída a modernização da Usina Hidrelétrica Salto Santiago, no Paraná. A obra resultou na ampliação de 3,6% no rendimento da usina, que vai gerar mais energia utilizando menos água.

Biomassa

Em 30 de março, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a proposta de projeto de P&D da Engie Brasil Energia, de sistemas de armazenamento de energia com baterias eletroquímicas, incluindo uma estação de recarga rápida para veículos elétricos. O projeto será desenvolvido em cooperação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em 36 meses, com orçamento de R$ 25,4 milhões.

Na área de sustentabilidade, um destaque foi o encerramento, em março, do ciclo de emissões de CERs (Certificados de Redução da Emissão de Carbono) na Usina de Cogeração Lages (SC), que gera energia elétrica com resíduos da indústria madeireira. Em dez anos de vigência do projeto, a usina reduziu a emissão de 2,5 milhões de toneladas de CO2e (toneladas de dióxido de carbono equivalente).   O CO2, também conhecido como gás carbônico, é um composto químico gasoso e um dos gases que pode desestabilizar o equilíbrio energético no planeta, produzindo um fenômeno conhecido como aquecimento global.
Lajes foi o primeiro projeto do braço internacional de energia do grupo Engie a ser registrado no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima.

 

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