Abrapch adverte para a carbonização da matriz energética brasileira

Paulo Arbex, presidente da Abrapch/Foto/ Divulgação

Paulo Arbex, presidente da Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas  (Abrapch) está otimista em relação às perspectivas da Terceira Conferência Nacional de PCHs, que se realiza de 8 a 10 de maio, no Parque Barigui, em Curitiba.

“Tivemos de ampliar a área reservada a stands. Uma vez com cobertura de área adicional e outra com a parte da área de um dos restaurantes do parque, e, mesmo com essas duas ampliações, só temos dois ou três espaços vagos”, informou.  Também está garantida a presença de representantes do governo federal do setor elétrico da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e do Ministério de Minas e Energia (MME), empreendedores, do setor financeiro e de representantes de associações.

Entre os painéis que fazem parte da programação, Arbex destacou a questão ambiental, mercado e a falta de isonomia do setor em comparação a outras renováveis , nas áreas tributária, de alocação de custos e riscos, subsídios e favorecimentos desbalanceados entre as fontes.  “Na área ambiental há uma profunda desinformação e uma difamação injusta e desconectada da realidade contra as hidrelétricas, que estimulou uma pré-disposição negativa do setor ambiental e do Ministério Público contra as pequenas centrais. O resultado foi um enorme crescimento das fontes fósseis, infinitamente mais danosas, e a consequente deterioração de nosso meio ambiente, o inverso do pretendido”, pontuou o dirigente.

“Nos últimos 20 anos, o Brasil multiplicou a participação das térmicas na matriz de aproximadamente 5% para 26%. Com isso, as emissões de CO2 do setor elétrico explodiram em 700% E as emissões das térmicas são apenas a ponta do iceberg dos danos ambientais causados pela carbonização da nossa matriz. Enquanto o mundo todo luta para descarbonizar sua matriz, o Brasil carboniza a sua a uma velocidade absurda. Estamos indo na contramão da história e da preservação ambiental e vemos pouquíssimas ONGs, autoridades ambientais e membros do Ministério Público se mobilizarem para reverter esse quadro”.

 

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