A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em resolução autorizativa do dia 20 deste mês, declarou de utilidade pública, em favor da Usina Termelétrica Cambará S.A., a área de terra de 32m de largura, necessária à passagem da Linha de Transmissão, circuito simples, 138 kV, com aproximadamente 41,1km de extensão, que interligará a Subestação UTE Cambará à Subestação São Francisco de Paula, localizadas nos municípios de Cambará do Sul e São Francisco de Paula, estado do Rio Grande do Sul.
Ainda no dia 24 de setembro passado, a empresa UTE Cambará S.A. encaminhou à Fepam pedido de Licenciamento de Instalação da LT, o que, uma vez emitida, poderá permitir o início das obras.
Vencedora no leilão A-6, de dezembro de 2017, a obra de 50 MW, que utilizará biomassa de madeira como combustível, irá demandar investimentos de R$ 300 milhões, com recursos por meio de financiamento externo complementado por recursos nacionais. A unidade será viabilizada por meio de uma parceria da Omega Engenharia, de Porto Alegre, com a Urbana, do grupo Moinho Estrela, de Canoas (RS).
Com contratos de energia de 25 anos comercializados no Leilão de 2017 e tecnologia nacional, o empreendimento devera gerar cerca de 400 empregos diretos durante a fase da obra e 40 na operação.
Carlos Eduardo Trois de Miranda, diretor da Omega Engenharia Miranda, lembra que empreendimentos como o da UTE Cambará mudam o perfil de desenvolvimento de municípios a partir do incremento da oferta de emprego e demanda por serviços de qualidade. Além dos investimentos, o projeto deverá viabilizar receitas entre RS$ 17 milhões e R$ 32 milhões por ano aos cerca de 20 fornecedores de madeira da região, que além de Cambará do Sul inclui municípios como Jaquirana, Bom Jesus e São Francisco de Paula.