Avanço da economia dos Estados Unidos deve impulsionar exportações da Exicon em 2024

Grande parte das exportações da Exicon é despachada no Porto de Itajaí (SC)

Com um inicio de ano animador que mostra uma recuperação nas exportações, o grupo Exicon, de Porto Alegre, traçou para 2024  uma meta de crescimento entre 15 % e  20 %, em relação ao ano anterior.  “A maioria dos nossos clientes baixou os estoques e vem encaminhando pedidos  como móveis, calçados , madeiras e compensados de pinus,  principalmente para os USA e Europa”, relatou à MODAL o diretor geral da Exicon,  Alexandre Bücker de Souza.

“Do lado das importações também vemos uma movimentação interessante, indicando que o mercado interno vai andar bem”, acrescentou o empresário que prevê para este ano para o Brasil um acréscimo do PIB  “perto de 1,5%”.

Em termos de logística, no mundo,  ele relata que no Mar Vermelho, mais de 150 navios com diversas cargas estão desviando do caminho original para evitar ataques dos rebeldes Huthis do Yêmen,   causando atrasos e aumento de custos e riscos  restritos à  rota comercial marítima da Europa e Ásia.

Pedidos mais fortes

Um dos fatores para o otimismo com as exportações neste ano, segundo Souza, é a economia americana que “vai andar melhor que no ano passado, o que já está sendo mostrado pelo aumento do PIB. Mesmo com juros altíssimos, o crescimento está robusto, ao redor de 3% ao ano, com  sinais de que a inflação está controlada e que os juros não sobem mais,  podendo até ceder pela metade do ano”, afirmou.

“ Devido a esses indicadores, os clientes estão mais confiantes em efetuar novas compras e já estamos vendo os pedidos entrarem um pouco mais fortes” .

 

Sobre os efeitos de uma eventual vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos, o empresário entende que se Trump efetivamente vencer as eleições, o mercado será mais protecionista, afetando mais a relação com a China.

O grupo Exicon encerrou 2023 com uma queda de 15% na corrente de comércio em comparação ao ano anterior, com um total de US$ 226 milhões, dos quais 25% exportações e 75 % importações.   Nas exportações, madeiras  respondeu por 52% dos embarques, seguido de calçados masculinos e femininos em couro (22%); móveis de pinos (20%), e mel (6%) e outros. Aço vergalhão e fio máquina respondeu por 35% das importações, seguido por aços planos 15%, fios de aço e cordoalhas 4%, pneus de carga e passeio 12%,moto peças 1%, máquinas e equipamentos 7% papel 1% e outros 25%.

De acordo com Souza, em 2023  a empresa adotou uma politica  conservadora  nos negócios devido a possíveis inadimplências, dado que até mesmo o governo lançou o programa Desenrola para amenizar a questão das dívidas das pessoas físicas e jurídicas, explicou.

 

Incerteza

“O ano iniciou com uma grande quantidade de incertezas. Além do novo governo havia ainda os efeitos  da pandemia e pós- pandemia. Foi um ano em que foi muito difícil fazer qualquer previsão quanto ao nível de atividade econômica no Brasil e no mundo”, relatou

Praticamente todos continentes ao longo de 2023 combateram a inflação via politica monetária, juros altos gerando muita insegurança quanto aos efeitos nas economias desses países, acrescentou.

“Além disso, os Estados Unidos enfrentaram uma severa crise em bancos regionais, a Europa com estagflação, preços do gás natural altíssimo devido à guerra e afetando sua economia e competitividade. E a China com crescimento pífio, enfim uma série de problemas que felizmente foram sendo administrados e solucionados mês a mês. Foi um ano que todos os economistas erraram quanto ao PIB. Falaram em crescimento de 0,5% e de 0,9% e, no final do período, foi de quase 3 %, esperaram o pior e veio o melhor”.

 

Ainda em 2023, a Exicon  venceu  pela vigésima primeira vez o prêmio ADVB exportação. Em Marrakeh, na reunião anual da  FCI, rede mundial que de garantia de crédito comercial, foi contemplada como destaque  de comércio exterior.

 

 

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