Bid Energy vai agregar ao seu portfólio pelo menos três centrais hidrelétricas

Leandro Parizotto, presidente da Bid Energy

A Bid Energy, de São Paulo, que desde junho do ano passado atua na comercialização de energia no mercado livre, deverá  agregar ao seu portfólio pelo menos três centrais hidrelétricas, segundo informou o presidente da empresa, Leandro Parizotto.
Em seu planejamento estratégico, a empresa deverá definir um novo aporte em seu capital social, que atualmente é de cerca de R$ 5,5 milhões, para preparar a sua entrada no segmento de geração e também como investidor em projetos em desenvolvimento. “Estamos em fase de negociações para a aquisição do controle de pelo menos três PCHs e CGHs”, afirmou.
A empresa, que com 300 MW médios atingiu seu teto de comercialização em outubro do ano passado, atualmente compra energia de usinas hidrelétricas convencionais, e entre 10% e 15% de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradores Hidrelétricas (CGHs). “Temos interesse na energia incentivada de PCHs e CGHs de pequenos empreendedores que geram emprego e tributos para pequenos municípios do interior dos estados”, diz Parizotto. “Trata-se de um mercado que tende a crescer muito com a superação de entraves regulatórios e ambientais por meio da união de vontades”.
De acordo com o presidente da Bid Energy, além de contribuir para o desenvolvimento do IDH de pequenos municípios, as centrais hidrelétricas atuam de forma significativa no meio ambiente por meio de máquinas limpa grades que removem lixo de rios poluídos das águas que passam pelas turbinas das usinas. “São toneladas de lixo que são removidos dos rios, o que mostra o papel importante que as PCHs desenvolvem no meio ambiente”.
Atualmente, a empresa compra energia de centrais hidrelétricas em sua maioria localizadas em São Paulo, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Ele vê de forma positiva a proposta de aprimoramento do marco regulatório que incluiu uma redução dos limites de acesso ao mercado livre e  assegura que esse segmento tem condições de avançar até 40% do total utilizado em todo o sistema elétrico no país.
“ O mercado livre de energia teve problemas com as comercializadoras no ano passado, mas as que restaram estão muito sólidas”, afirmou. “Nosso problema, no Brasil, é que as soluções são corretivas, elas aparecem depois que o estrago já foi feito. É preciso encarar que a energia é um produto financeiro. Quando isso for compreendido, aumentará a segurança e a liquidez do setor”, acrescentou.   No caso da Bid Energy, o empresário informou que a empresa possui contratos de compra e venda de energia até 2015, com negociações para até 2030.

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