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Eólica

Com nova capacidade instalada de linhas de transmissão, RS almeja atrair investidores para passar a exportador de energia, diz Marjorie Kauffmann

O RS poderá passar de estado importador a exportador de energia dado ao seu sistema de transmissão que deverá receber um incremento de 4.940 MVA a partir do próximo ano, quando se encerram as obras de cinco lotes contratadas por meio de leilão da Agência Nacional de Energia (Aneel), em 20 de dezembro de 2018. “A indisponibilidade de escoamento de energia era um ponto que dificultava a nossa competitividade e hoje não temos mais esse entrave. As obras de linhas de transmissão foram antecipadas em dois anos e devem estar concluídas totalmente em 2024”, afirma secretária  do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann. A secretaria defende que o estado precisa atrair investidores para se tornar autossuficiente e exportar energia, e isso pode ser viabilizado por meio dos projetos de energia eólica onshore que já contam com Licenças Prévias (LPs) e os de offshore que ainda dependem de regulamentação, acrescenta. Estimulado pelo aumento da capacidade instalada de seu sistema de transmissão que passará a contar com um total 13,7 GW, o governo do RS pretende contar com outro trunfo a fim de atrair novos players em energia eólica. Trata-se de uma série de incentivos que hoje se encontram em estudos na Secretaria de Desenvolvimento Econômico. “Identificamos que sem incentivos não haverá a instalação de indústrias e cadeia de serviços nessa área que inclui inovação e capacitação de pessoas”, diz Kauffmann. Fábrica de turbinas A secretaria admite que grande parte da evolução da região Nordeste na geração de energia eólica deveu-se, além dos ventos mais intensos do que os da região sul, ao fato de contar com a proximidade de indústrias de turbinas e de outros equipamentos, o que se soma a linhas de financiamento. “ A intenção é trazer uma fábrica dessas para o RS, porque além de reduzir as emissões serve para desenvolver regiões que precisam de receitas e estão desesperadas por indústrias.. Muitas não têm nem mesmo recursos para os serviços básicos “ ,assinala.  “Eu sei muito bem o que é ter indústrias em uma cidade como moradora de Lajeado, que é hoje um dos municípios mais desenvolvidos do RS”. Uma fábrica de pás, feitas de poliéster reforçado com fibra de vidro ou epóxi, ou pelo uso de compostos de madeira,  também é mencionada pela secretária que cogita até mesmo a possibilidade de transformação de uma indústria para esta finalidade. “É só chegar com o projeto” “O licenciamento é expedito” Hoje, o estado representa 7,7% da potência eólica instalada no Brasil, na quinta posição. Ao todo são 1.836 MW instalados, em 80 parques distribuídos em nove municípios gaúchos. São 61 projetos onshore em fase de licenciamento, localizados em 31 municípios, que somam 56,7 GW, correspondendo a um potencial de cerca de R$ 90 bilhões em investimentos, e outros 21 projetos offshore no litoral gaúcho. Outro fator importante que facilita a atração de investimentos em energia eólica, segundo Kauffmann, é a o zoneamento ambiental de áreas propícias para a instalação de empreendimentos eólicos que inseriu a Fepam na vanguarda do setor. “Esse zoneamento diz onde existem menores sensibilidades ambientais, e isso faculta licenciamento expedito”, explica a secretária. ” É só chegar com o projeto para instalar”, diz.   “Essas informações são vitais para os investidores porque  oferecem maior segurança aos empreendimentos”.

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Ventos do Atlântico cadastra para o leilão de energia projeto que reúne as características onshore e offshore

Os leilões de energia A-4 e A-5, marcados para o dia de 8 deste mês, deverão contar com a concorrência de um projeto único que reúne as características onshore e offshore, dada as proximidades com o oceano Atlântico, de um lado, e de outro a Laguna dos Patos. Desenvolvido pela empresa Ventos do Atlântico Energia Eólica S.A (VDA), de Porto Alegre, o empreendimento de 516 MW de potência instalada está previsto para o município de São José do Norte,  correspondente a um investimento de cerca de R$ 4 bilhões. A poligonal licenciada é uma área de 15.800 hectares. O projeto está com a Licença Prévia vigente, com pedido de Licença de Instalação junto ao órgão ambiental. De acordo com a avaliação do mercado, os  resultados existentes mostram que a energia eólica offshore é mais uniforme e disponível do que a energia eólica onshore. Isso porque os ventos offshore são normalmente mais fortes durante o dia, permitindo uma produção de energia mais estável e eficiente quando a demanda do consumidor está em seu pico. A maioria dos recursos eólicos terrestres são mais fortes à noite, quando a demanda por eletricidade é menor. Pertencente à família Azevedo, controladora da Florestadora Palmares Ltda. ( Flopal), que atua  nos municípios de Palmares do Sul, Mostardas, São José do Norte, Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, no litoral médio e sul do RS, a VDA surgiu em 2011 com potencial estimado em 800 MW. Atualmente,  a Enerfín/Elecnor  opera o Parque eólico de Palmares, em uma das fazendas da Flopa, com 25 torres e capacidade nominal de 50MW. Além de sua característica de conciliar os ventos da energia eólica offshore e onshore,  o projeto da VDA  é reconhecido como de alta relevância social em razão de localizar-se no município de São José do Norte, que detém um dos menores IDH do RS e que ainda vive sob o impacto da descontinuidade dos projetos de expansão dos estaleiros, que resultou em uma grave crise social, com desemprego e perda de receita da prefeitura local. Luiz Elody Lima Sobreiro, diretor da VDA, lembra que a região detém grande potencial de energia eólica. No caso do projeto da empresa, a conexão será feita por uma linha de transmissão do local de instalação do parque eólico até a subestação de Povo Novo, pertencente à Transmissora  Sul Litorânea de Energia S.A.,  distante 59 K  

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Com R$ 6 bilhões de projetos em tramitação, Epcor Energia sinaliza crescente interesse por projetos eólicos no RS dirigidos ao mercado livre

Um crescente apetite de players do setor por projetos eólios no RS  está sendo percebido pela Epcor Energia, de Porto Alegre, especializada no desenvolvimento e estruturação de projetos de fonte eólica. “Com a previsão de entrada em operação das novas Linhas de Transmissão e o incremento da capacidade de conexão, o estado voltou à agenda dos empreendedores”, disse a MODAL o CEO da empresa, Nilo Quaresma Neto. Atualmente, a Epcor conta em sua carteira com um volume de 430 MW de projetos eólicos com Licenças Prévias (LPs) emitidas e mais 869 MW em processo de licenciamento ambiental de LPs junto à Fepam, num global equivalente a R$ 6 bilhões em investimentos. Com atuação tradicionalmente voltada para os leilões de energia, a Epcor passa por uma revisão em seu planeamento devido ao interesse dos empreendedores dirigido ao mercado livre. “Neste ano de 2021 estamos direcionando nossos projetos eólicos para o mercado livre, devido ao avanço de algumas negociações com players do setor”, acrescenta. “Acreditamos que os leilões sejam uma alternativa complementar”. Sobre a tramitação dos pedidos de licenciamento, Quaresma não poupa elogio ao órgão ambiental. “A fonte eólica se apresenta como uma prioridade para o estado do Rio Grande do Sul e nessa linha o órgão ambiental tem realizado um trabalho exemplar”, afirma . “Ao longo dos tempos, houve um aprendizado contínuo nesses processos,  dada a posição importante do setor eólico para o desenvolvimento do RS, considerando que os investimentos são totalmente do setor privado”. Em relação às novas tecnologias, o empresário informa que atualmente os projetos da empresa vem sendo desenvolvidos com aerogeradores de 5 MW . Isso permite, segundo ele, um “melhor aproveitamento das áreas, minimizando a ocupação do solo e obtendo um incremento de performance  de geração de energia”. Ao avaliar os cenários do RS em termos de conexão,  ele diz que  o estado  já possui plenas condições de competir com os demais,  diante da expansão prevista para o seu sistema que “mostra um horizonte promissor com relação a viabilidade dos investimentos”. Empresa pioneira no RS, na área de desenvolvimento de projetos de energia elétrica, fundada em 1995, a Epcor desenvolve, no momento, mais 2,3 GW de projetos eólicos somente no RS  e outros 1 GW no estado da Bahia. No RS, a empresa desenvolveu e estruturou dois parques eólicos:  o Complexo Eólico Corredor do Senandes, com 180 MW, cuja primeira fase está operando comercialmente desde 2014,  totalizando 40 aerogeradores de 2,7 MW, pertencente ao grupo NC, localizados ao sul da praia do Cassino em Rio  Grande. E o Complexo Eólico Povo Novo, com 52,5 MW, totalizando 25 aerogeradores de 2,1 MW, com obras em andamento, localizado no distrito do Povo Novo (Rio Grande /RS) , pertencente à CEEE-GT. Um terceiro projeto  desenvolvido e estruturado pela Epcor, o Complexo Eólico Dom Pedrito 220 MW, situado entre os municípios de Bagé e Dom Pedrito,  foi adquirido por um fundo de investimento. A unidade se encontra com LI emitida e em negociação de comercialização de energia no mercado livre.

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Casa dos Ventos e Energisa Comercializadora fecham contrato de longo prazo para compra e venda de energia

A Casa dos Ventos assinou contrato de compra e venda de energia (PPA) com a Energisa Comercializadora, do grupo Energisa. O acordo com duração de 15 anos prevê o fornecimento a partir de 2023 e amplia a participação de energia renovável no portfólio da comercializadora. O contrato encerra a rodada de comercialização da energia referente à primeira fase do Complexo Eólico Rio do Vento, que entra em operação no segundo semestre deste ano, com 504 MW de capacidade. A segunda terá potência adicional de 534 MW e já vem sendo transacionada. “Temos novos acordos em etapa avançada de negociação para a próxima fase de Rio do Vento e para o complexo Babilônia Sul, na Bahia. Esperamos concluir a venda de 100% da energia desses parques nos próximos meses, enquanto também iniciamos a estruturação de novos projetos dedicados ao mercado livre”, adianta Lucas Araripe, diretor de Novos Negócios da Casa dos Ventos. Após a conclusão das duas fases, Rio do Vento será o maior complexo eólico da América Latina, além de ser maior do que qualquer outro complexo eólico em operação hoje no mundo. “O acordo com a Casa dos Ventos está alinhado com o objetivo da Energisa Comercializadora de atender as necessidades dos clientes com soluções de fontes de energia diversificadas e competitivas, unindo conveniência, simplicidade e economia. Além de ajudar nossos clientes a crescerem através do consumo consciente de energia, queremos incentivar o crescimento da matriz energética renovável, alinhado com a agenda ESG no país”, ressalta Pedro Vidal, presidente da Energisa Comercializadora.  

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WEG lança primeiro aerogerador nacional

Turbina eólica instalada em Tubarão (SC ) faz parte do projeto do primeiro aerogerador nacional, que tem por objetivo desenvolver tecnologia para a fabricação e instalação de equipamentos de grande porte no país. O aerogerador está instalado no parque experimental de pesquisa e desenvolvimento da Engie e é resultado de um projeto estratégico com recursos de P&D da companhia com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e das Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A (CELESC). Teto  tem por objetivo  desenvolver e incentivar a tecnologia nacional em energia eólica para reduzir a dependência de outros países, por meio do fortalecimento da cadeia brasileira de fornecedores de componentes e prestadores de serviços para a fabricação e instalação de aerogeradores de grande porte. Uma nova turbina, com 4,2 MW de potência foi instalada a 600 metros de outro aerogerador, de 2,1 MW, resultado da primeira etapa do projeto que entrou em operação em 2015. A análise do seu desempenho contribuiu para o desenvolvimento do novo aerogerador, mais adequado às condições de vento do Brasil. A energia elétrica gerada será futuramente fornecida ao Sistema Interligado Nacional (SIN), que faz a conexão entre as unidades de geração e os consumidores de energia elétrica. A estrutura de testes montada pela WEG é a maior do tipo das Américas e está apta a atender futuras plataformas de até 6MW. “O investimento da Engie neste projeto é superior a R$ 80 milhões e busca incentivar o mercado nacional para a energia eólica”, diz diretor de Novos Negócios, Estratégia e Inovação da empresa, Guilherme Ferrari. Segundo ele, o desenvolvimento de tecnologia brasileira pode trazer benefícios socioeconômicos para diversas regiões, aumentar a competitividade do país no fornecimento destes equipamentos no exterior e pode vir a reduzir o custo da energia gerada, trazendo benefícios diretos para o consumidor”, acrescenta. Elbia Gannoum, presidente da ABEEólica, afirmou a MODAL que é  uma grande alegria ver que as empresas seguem inovando e que hoje é possível ver nascer, pelas mãos da WEG, o primeiro aerogerador inteiramente nacional, resultado de uma P&D da Aneel. “Este é um avanço que mostra a força da cadeia produtiva nacional, os aprendizados da indústria e principalmente o fato de que temos uma grande competência tecnológica no setor eólico”, acrescentou.  

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Tradener espera melhora da economia e normalização da oferta de aerogeradores e pás para investir em parques eólicos

Um total de 248 MW de projetos de implantação de parques eólicos da Tradener (PR) está na dependência de oferta de aerogeradores e de pás para começar a andar.  Ao lado disso, a empresa aguarda uma melhor sinalização sobre o desempenho da economia para definir esses investimentos. Walfrido Ávila, presidente da Tradener, afirmou a MODAL que o mercado de equipamentos para usinas eólicas está “muito difícil” devido à desativação de fabricantes no Brasil. No segmento de aerogeradores para energia eólica foi encerrada a unidade da Wind Power Energia (WPE), controlada da Impsa, do grupo argentino Pescarmona. No de pás eólicas, a Wobben Windpower Indústria e Comércio Ltda e a Tecsis também encerraram a produção. “Estamos esperando uma janela para a compra dessas máquinas e avançar com esses projetos, o que também depende do crescimento da economia no país”, disse Ávila.  Para este ano, a empresa não pretende cadastrar nenhum projeto de energias renováveis nos leilões. Primeira comercializadora do país a entrar em operação no mercado livre, a Tradener é uma tradicional investidora em energia hídrica que nos últimos anos vem diversificando seus investimentos em outras fontes renováveis “para melhor atender a seus clientes”. Rio Grande do Sul Com 368 MW de projetos em energia eólica, ela detém 120 MW em operação, com o restante ainda na dependência do mercado. Entre esses, dois estão no Rio Grande do Sul: Chicolomã, de 90 MW, que será localizado em Osório e demandará investimentos de R$ 400 milhões; e Gran Sul, de 211 MW, previsto para as proximidades da Lagoa dos Patos, que também está na dependência da conclusão de obras de linhas de transmissão.  Nesse empreendimento que irá demandar cerca de R$ 800 milhões, a Tradener participa com 20%, com o restante da  espanhola Enerfin. Além de energia eólica, a Tradener também está atuando no mercado de energia solar por meio da compra de energia  junto a investidores. Até o momento foram adquiridos 350 MW que serão comercializados no mercado livre. “Nós damos o PPA e os empresários fazem os investimentos”, explicou.  “Isso é uma novidade que trazemos para quem  deseja investir em energia, mas desconhece as regras do setor”. Goiás Depois de inaugurar  a PCH Tamboril, de 15,8 MW, em novembro do ano passado, no estado de Goiás, a empresa vai investir em mais três unidades com potência total de 45 MW, todas no rio São Bartolomeu. Em janeiro começaram as obras da primeira  denominada São Bartolomeu, em 1º  de abril devem iniciar as de Salgado e em fevereiro de 2022 a Gameleira. Ao total estão sendo investidos R$ 280 milhões, com recursos por meio de emissão de debêntures de infraestrutura, cujos contratos foram negociados com o Itaú e XP.  O empresário comentou que financiar  obras do setor elétrico  por meio de debêntures é mais fácil, mais rápido e mais econômico. “Uma diferença de dois ou três pontos percentuais na taxa de juros pode decidir um empreendimento”, pontuou. Ávila fez questão de destacar a rapidez no processo de emissão de licenças ambientais em Goiás e reiterou que fora esse estado não é possível investir, na medida em que os órgãos ambientais tornam mais difíceis os trâmites de licenciamento. PDE-2030 A uma pergunta sobre a as projeções do PDE-2030, que previu 1,098 GW de fonte hídrica até  2029, uma estimativa bem inferior em comparação  às fontes eólica e solar, Ávila disse  que devido à questão ambiental o Brasil optou por não dar “facilidades” ao seu maior potencial que são as centrais hidrelétricas. “Trata-se de uma indústria totalmente nacional que gera empregos e movimenta uma grande cadeia setorial, enquanto que dependemos dos chineses na fonte solar e do mundo inteiro na fonte eólica, porque não dominamos essas tecnologias e nem vamos dominar nos próximos 10 anos”, assinalou. “Enquanto isso, as centrais hidrelétricas detêm uma tecnologia fantástica. Por exemplo, nessa obra que inauguramos em Goiás, existem apenas  três operadores; um por turno, mais um vigia e um cachorro.” Atualmente a Tradener comercializa no mercado livre cerca de 750 MW médios por mês, o que deve elevar-se em torno de 10% em 2022, segundo prevê Ávila. Ao total, opera com uma potência própria de 100 MW que deve chegar a 200 MW em 2022. Fundada há 22 anos pelo próprio Walfrido Ávila, a empresa é de capital fechado. Sobre a possibilidade de vir a emitir ações, o empresário argumenta que para abrir o capital é preciso cumprir uma série de etapas. “Ainda não estamos prontos, mas a ideia é essa mesmo”, admite.  

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Certel fecha contrato com a Epi Energia para projeto de viabilidade de parque eólico estimado em 30 MW, na divisa dos municípios Teutônia, Westfália e Imigrante

  A Cooperativa Regional de Desenvolvimento Teutônia (Certel), do RS, fechou contrato com a Epi Energia, pertencente ao grupo alemão EAB New Energy, para medição de ventos, projeto de viabilidade técnico-econômica e suporte ao licenciamento ambiental do Parque Eólico Certel. Com uma potência estimada de 30 MW, a construção da usina deverá abranger uma área total de 700 hectares nos morros Harmonia e Tico-Tico, na divisa dos municípios Teutônia, Westfália e Imigrante. O projeto é um sonho antigo da Certel, que há mais de 10 anos contratou a Camargo Schubert, de Curitiba – a mesma empresa que produziu o primeiro Atlas Eólico do RS, em 2002 -, para  elaborar o Atlas Eólico da área da Certel. Na ocasião, os ventos foram medidos a 50 metros de altura, de acordo com a potência média dos aerogeradores  de 600 kW. A nova medição será feita entre 100 metros e 110 metros de altura, equivalente ao avanço da tecnologia, que originou geradores acima de 4 MW. “A revisão era necessária, pois ao longo dos anos houve evoluções tecnológicas nos modelos meteorológicos que fazem as estimativas, além do conhecimento técnico adquirido no período anterior de medição de ventos”, disse o diretor de geração, comercialização e mercado da Certel, Julio Salecker. Ele conta que a área em que poderá ser instalado o Parque Eólico Certel já era conhecida, tendo sido diagnosticada no Atlas Eólico do RS, de 2002, devido ao seu potencial.  “A Certel foi uma das apoiadoras do Atlas, no qual apareceram esses dois morros, como viáveis de receber um empreendimento”, acrescentou Salecker. A região em que será instalado o parque é  formada por produtores rurais associados à Certel  que irão beneficiar-se do aluguel mensal de arrendamento de parte de suas terras pela instalação de turbinas eólicas.  Além da qualidade dos ventos, a região escolhida é de fácil acesso por meio da rodovia Rota do Sol, o que deve reduzir os valores a serem investidos para a logística e o transporte dos equipamentos. Sobre a estratégia de  investimentos da Certel, que reúne 80 mil associados em 48 municípios na encosta inferior do nordeste do RS, Salecker assinalou que a cooperativa atua em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)  da Organização das Nações Unidas. Os 17 ODS nasceram na Conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável no Rio de Janeiro em 2012. O item sete está relacionado à energia limpa e acessível.  “Da mesma forma que os ODS, da ONU, queremos distribuir para nossos associados uma energia econômica, confiável, sustentável e renovável para todos”, enfatiza Salecker. “Nesse sentido, vamos continuar a investir em energias renováveis”. A Epi Energia, com sede em Porto Alegre,  detém 1.3 GW de projetos eólicos e 900 MW de solar. Na América Latina, a parceria Epi Energia-EAB New Energy desenvolveu o projeto do Parque Eólico de Peralta, atualmente o segundo maior do Uruguai. Com operações nos mercados gaúcho, argentino e uruguaio de renováveis, a Epi Energia expandiu sua área de atuação no Brasil para região Norte e Nordeste, lançando a Epi Norte, com sede em Palmas, no Tocantins.  

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Sari confirma participação de projetos eólicos do RS nos leilões de energia previstos para junho e setembro de 2021

Guilherme Sari, presidente do Sindicato das Indústrias de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS),  prevê a participação de projetos eólicos do estado nos leilões previstos para junho (A-3 e A-4) e setembro (A-5 e A-6) de 2021. “Vamos voltar a participar dos investimentos em energia eólica em um novo cenário do setor elétrico que traz importantes mudanças, como a questão da disponibilidade horária, bandeira tarifária e mercado livre como principal formato de contratação de energia”, afirma ele. Com cerca de 7 GW de projetos eólicos com Licenças Prévias (LPs) e Licenças de Instalação (LIs), ele acredita que o número de projetos do estado pode até mesmo superar o volume de 1.939.7 MW cadastrados no 30º Leilão de Energia Nova para contratação de energia para o Ambiente Regulado (cativo), que ocorreu em 18 de outubro do ano passado. Segundo o empresário, os empreendedores em energia eólica do RS recentemente voltaram a ter margens com a nova infraestrutura de conexão, em fase de obras,  que permitirá escoar uma grande capacidade de potência em aproximadamente  dois mil quilômetros de linhas de transmissão e subestações, com prazo de entrega, em sua grande maioria, no primeiro semestre de 2023. “O atraso nas obras de conexão prejudicou o estado que vê agora novas oportunidades para retomar aqueles projetos que ficaram suspensos”, diz ele. “Muitos players estão de olho nessa nova infraestrutura de conexão do sul e, dependendo de alguns fatores, deve predominar a estratégia de direcionar os investimentos com uma parte no mercado regulado e outra no mercado livre para ter preços melhores. Esta é uma tendência”, pondera o presidente do Sindienergia do RS. Grande parte dos projetos a serem cadastrados para os leilões de 2021  contempla regiões do RS, que passarão a contar com as novas linhas de transmissão, com destaque para regiões: Litorânea, Costa Doce, Campanha e Fronteira Oeste, projeta o empresário.  Somente o Lote 10,  vencido pelo Consórcio Chimarrão, com obras para a região do Escudo Rio-grandense, Litoral Sul e Costa da Lagoa dos Patos, que tem previsão de início de operação em 2022, irá permitir o escoamento de 6.475 MW de energia eólica. O  líder das energias renováveis no RS  também prevê  uma disputa acirrada para os certames do próximo ano. “Como não tivemos leilões neste ano devido à pandemia da covid-19, certamente serão leilões muito disputados. A grande questão será sobre os preços e o apetite dos empreendedores, pois leilão regulado tem significado preços baixos”, diz.  “O crescimento do setor de renováveis é uma realidade, assim como a competitividade entre as fontes desse segmento”, pontua o empresário. A contratação de novos parques, segundo ele, também irá mostrar uma nova realidade no âmbito do setor eólico nacional. Trata-se da mudança da potência nominal que estará presente nas próximas contratações de energia de empreendimentos eólicos. Isso envolve turbinas mais robustas a partir de 4MW, podendo chegar a 6MW, em comparação às atuais que, em média, atingem 2MW. “Todo esse avanço tecnológico deve ser visto com bons olhos pelos técnicos frente a questões de licenciamento ambiental, uma vez que haverá uma diminuição de densidade de aerogeradores devido à elevação de potência unitária”, destaca. “Ainda há a questão logística que envolve essas grandes máquinas e pás que podem superar os 70m de comprimento, o que torna desafiador a movimentação desses componentes. Neste caso, o RS se destaca pelos acessos rodoviários e principalmente pela estrutura do Porto de Rio Grande”, acrescenta. O empresário lembra ainda  de outro fator que pode influir na atração de investimentos para o RS  de projetos de energia eólica.  Recentemente, o estado aprovou a Resolução 433, do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), que envolve licenciamentos desses empreendimentos. Uma das entidades que participou ativamente do processo de estudos e debates sobre as novas regras, o Sindienergia-RS avalia a ferramenta  como uma garantia  de segurança jurídica para a expansão do setor de energia eólica. “Foi uma verdadeira vitória para o setor que conseguiu aprovar, de forma unânime, um novo regramento que possibilita maior segurança nos projetos de energia eólica, respeitando um zoneamento ambiental e as regiões de diferentes níveis de sensibilidade ambiental”, enfatiza Sari. “Desde a realização do zoneamento ambiental, sempre tivemos receio dos estudos que seriam exigidos, exatamente pela inexistência de um regramento claro e objetivo. Agora foi possível, por meio dessa resolução, aproximar muito mais esses estudos do ideal. Obviamente existem pontos de atenção que, em algum momento, serão melhor avaliados. Mesmo assim, foi uma grande vitória para o setor”, conclui o presidente do Sindienergia.  

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Empresa gaúcha ganha mercado com identificação de riscos em projetos de energias renováveis

A complexidade do sistema elétrico nacional, não raro, retrai potenciais investidores. Foi pensando nisso que o empreendedor gaúcho Guilherme Wenzel, dono de uma bagagem de mais de 15 anos no setor elétrico, criou a microempresa TREE Energy Consultoria Ltda. Com uma abordagem diferenciada que permite ao  investidor  quantificar os riscos envolvidos em contratos de comercialização de energia, a empresa oferece  aos clientes uma visão global de todas as áreas relacionadas ao desenvolvimento de projetos. Para Wenzel, a definição de um layout para um projeto eólico, por exemplo, não é apenas conhecer o recurso eólico do local. É também preciso entender todas as condições de contorno, desde o fundiário, ambiental, aspectos regulatórios até a tecnologia do aerogerador e processo de financiamento. “Cada input das áreas relacionadas com o projeto,  reflete na elaboração do layout com o aerogerador que resulta no menor custo de energia e menor risco de geração para um dado PPA”, ensina. Com sede em Cerro Largo, a 500 quilômetros de Porto Alegre, a empresa com apenas um ano de atividades, completado em outubro passado,  já é referência até mesmo no exterior, onde desenvolve para um cliente projetos onshore e offshore no Japão e nas Filipinas. No Brasil, entre os diferentes tipos de serviços oferecidos, já avaliou perto de 2 GW de projetos eólicos, desde análise de impacto ambiental até a revisão de projetos operacionais. Sobre os impactos ambientais dos aerogeradores que afetam a população que vive próxima a um projeto eólico, os mais pronunciados são o ruído e o shadow flicker – a sombra intermitente da passagem das pás na orientação solar, diz Wenzel. Ele assinala que  alguns órgãos ambientais, como o Ibama, vêm solicitando a apresentação desses estudos durante o processo de licenciamento. Todavia, em projetos licenciados no âmbito estadual, eles não são requeridos, ao contrário de  investidores com capital estrangeiro que seguem as recomendações do IFC ( International Finance Corporation). Em relação às recentes mudanças regulatórias no setor elétrico,  Wenzel lembra que os atuais contratos de venda de energia, tanto no mercado livre como no regulado,  elevaram o risco dos desenvolvedores, que agora têm um compromisso de entrega de energia para cada hora durante a vida útil do projeto. “A contabilização da energia é mensal e irá considerar, a partir do próximo ano, os preços horários do PLD ( Preço de Liquidação das Diferenças). Caso o projeto não entregue o montante vendido, o desenvolvedor será penalizado ao PLD horário” adverte. Para minimizar esses risco, nas análisesde geração produzidas pela TREE é dimensionado o montante de energia que poderá ser vendida em cada tipo de contrato, o que é feito  por meio de uma análise estatística do recurso eólico de longo prazo no local do projeto, explica. De acordo com o empresário,  em geral a produção de energia real de parques eólicos em operação fica abaixo das estimativas pré-construtivas e identificar o que leva à baixa performance é sempre um desafio. Na análise da TREE, as maiores fontes de erro são geralmente atribuídas a dois fatores: perdas por interferência – efeitos de esteira e bloqueio pela presença do parque eólico- e modelagem do recurso eólico. Com parcerias estratégicas capazes de oferecer um pacote mais amplo de serviços conforme a necessidade do cliente, a TREE, além de seu fundador, opera com dois colaboradores: o engenheiro ambiental Djonathan Lenz, especializado em avaliações de energia eólica, e o engenheiro elétrico Luis Scher que atua com foco em avaliações de energia solar e analise de dados operacionais.

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Retomada do RS no setor eólico “depende de excelentes projetos e de processos claros de licenciamento ambiental”, diz Pedro Mallmann da Renobrax

Um volume de projetos de excelente qualidade técnica com o processo de licenciamento ambiental claro e organizado. Esse é o caminho para que o Rio Grande do Sul retome sua condição de protagonista no setor eólico nacional, na opinião de Pedro Mallmann, diretor da Renobrax, de Porto Alegre. “O estado sofreu um forte impacto pela indisponibilidade de conexão devido ao atraso nas obras das linhas de transmissão. Essa situação trouxe prejuízos que não são percebidos em uma primeira análise, como o deslocamento da indústria eólica para o nordeste. Logo, para a retomada do setor precisamos reverter esse movimento com um volume de projetos que justifique isso”, acrescenta Mallmann.  (Segundo o Sindienergia-RS, o estado conta com 5 GW de projetos de energia eólica ainda na fase de licenciamento) Otimista com os novos cenários, mesmo em uma conjuntura ainda sob o efeito da pandemia da Covid-19, Mallmann lembra que o Brasil ainda é um país com um baixo consumo per capita de MWh.  Por isso, há espaço para os projetos do nordeste e do sul.  Além disso, com as mudanças que estão acontecendo no setor, os agentes devem passar a ter uma visão de portfólio, ou seja, com projetos de diferentes fontes e em diferentes regiões do país, acrescenta. Outro fator para seu otimismo são as mudanças na legislação ambiental do RS que, em sua opinião, tornam mais claros os processos de licenciamento.  “Devemos ter em conta que os investidores de energia são agentes, de modo geral, globais. Por isso, a nossa disputa por investimento não é com o nordeste, mas global por recursos destinados à energia renovável”, assinala. Sobre a reforma do setor elétrico, ainda em discussão no Senado, Mallmann defende a sua modernização. Hoje, o Brasil, segundo ele, não existe  uma regulação clara para serviços ancilares e não permitem que projetos híbridos compartilhem a mesma conexão. “Além disso, a retirada do desconto da TUST/TUSD para projetos de fonte renováveis precisa ser bem discutida, na medida em elas já possuem maturidade e não precisarem desse tipo de auxílio. Todavia é preciso que essa retirada não seja feita em só uma fonte. É preciso que as diferentes fontes sejam tratadas de forma isonômica.” Já em relação ao novo Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), que entra em vigor em janeiro de 2021, Mallmann prevê  uma nova dinâmica no mercado. “ A precificação da energia será de uma forma mais justa e os projetos do Rio Grande do Sul podem se beneficiar”, afirma. “Para que o Brasil assuma a liderança nas questões ambientais é preciso que os atributos de cada fonte sejam precificados como coloca a MP 998/20. Esse tipo de mecanismo nos permitirá entender os reais custos e benefícios de cada fonte, que hoje não são precificados.” Entre os empreendimentos desenvolvidos pela empresa, se destacam cinco projetos de energia eólica no RS – Canelões, Jaguarão, Serra dos Antunes,  Santa Helena e Três Divisas – e um de energia fotovoltaica –   Chateau Fort, em São João do Piauí (PI). Além disso, desenvolve  seis outros projetos eólicos no RS e três solares fotovoltaicos no Piauí.  

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Sindienergia estima que o RS passará a atuar como estado exportador de energia a partir de 2025

Passar de importador para exportador de energia era considerada uma possibilidade improvável no RS até recentemente. Todavia tal perspectiva começa a ganhar corpo, a partir da expansão da infraestrutura de conexão, o que permitirá um aumento da margem de potência instalada acima de 5 GW em novos projetos de geração. Segundo Guilherme Sari, presidente do Sindienergia-RS, a perspectiva é de que o RS passe a exportador de energia entre os anos 2023 e 2025. Ele imagina que, após a conclusão das obras dos cinco lotes das novas linhas de transmissão, inicie um período de expansão de projetos de energia que deve amadurecer em 2023, demarcando de forma definitiva a mudança do perfil do RS, de importador para exportador de energia. “No primeiro momento, ainda em pequenos volumes. Entretanto, com as novas linhas estruturantes, deverá aumentar essa condição nos anos seguintes”, pontua. Com um sistema elétrico de complexidade maior do que os demais estados, devido ao seu elevado número de usinas de consumo privado, e por se constituir em um estado periférico, o RS  importa hoje do Sistema Interligado Nacional (SIN), em determinados momentos, cerca de 2 GW médios, segundo dados do Organizador Nacional do Sistema (ONS). Potencial do RS O potencial energético do RS, estado que detém uma das mais diversificadas fontes de energia entre as unidades da Federação, Sari considera de difícil estimativa. Ele está convicto, porém, de que será mesmo a fonte eólica que irá catapultar a sua expansão energética. “Somente em energia eólica existem cerca de 10 GW em projetos, em alguma fase de licenciamento ambiental no RS, sem falar em seu grande potencial hídrico, além dos estudos de bacias para PCHs e CGHs.” Reeleito em 25 de setembro para novo mandato de três anos, Sari comemora o fato de a transição do Sindieólica  para Sindienergia-RS ter obtido uma “boa resposta”, em meio à comunidade do setor.   Hoje com um total de 40 associados, a entidade mantém a meta de alcançar, ainda este ano, a marca de 50 empresas. “Estamos buscando este crescimento e de aumento de representatividade para esse processo e acreditamos que o ano de 2020 deverá terminar de forma positiva”, antecipa. A pegada das renováveis Uma boa parte do aumento dos associados à nova entidade deve-se à sua abrangência que passou a representar, além do setor eólico, igualmente as fontes hídrica, solar, GD e as bioenergias.  “A entidade cresce na pegada das renováveis que deve avançar no Brasil, independentemente das políticas do governo federal, que, aliás, são favoráveis”, diz o líder do setor energético no RS, que enfatiza o fato de a entidade também acompanhar de perto o mercado do gás natural que deve ganhar protagonismo no país a partir de seu novo marco legal. Sari baseia seu otimismo no próprio potencial do RS, no contexto de renováveis no país: “O estado está entre os três maiores na geração distribuída solar, entre os cinco tops na geração de energia eólica, entre os quatro principais estados em número de pequenas centrais hidrelétricas em operação, sem falar no mercado de bionergias, em crescimento, e de boas perspectivas para os próximos anos”, destaca.

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RS vai ganhar um novo atrativo para investimentos em energia eólica, com resolução específica de licenciamento ambiental e atualização do zoneamento

O Rio Grande do Sul vai ganhar um novo atrativo para os empreendedores de energia eólica, a partir da aprovação de uma resolução de Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), que dispõe sobre os critérios e diretrizes gerais, bem como define os estudos ambientais e os procedimentos básicos a serem seguidos no âmbito do licenciamento ambiental daquela fonte. Em discussão por consulta pública, desde 8 deste mês e encerrada no dia 18, os termos da resolução ainda devem passar por avaliação e ajustes até a sua aprovação pelo Consema, segundo afirmou Marjorie Kauffmann, presidente da Fepam, em live com Daniela Cardeal, do comitê de Meio Ambiente do Sindienergia-RS, em 17 deste mês. O rascunho da resolução teve a colaboração de uma série de entidades que fazem parte do Consema e contou ainda com o GT de energia eólica formado pela Sema, Sindienergia-RS,  federações empresariais e sindicatos patronais, entre outros. A consulta foi a primeira realizada dentro dos objetivos do novo Código Ambiental, em vigor desde janeiro deste ano, “que se propõe a ouvir antes de deliberar sobre algum assunto”, como definiu Kauffmann. Hoje qualquer empreendedor que pretende investir no setor eólico, no RS, acessa a página da Fepam, na qual encontra um hall com orientações de portarias e outras informações. Além de ser incompleto, segundo Cardeal, não é claro para os investidores externos. “Todavia, a partir de uma resolução do Consema, específica para o setor eólico, haverá maior segurança jurídica e melhor entendimento, além de adquirir maior permanência”, afirma. Entre as inovações, a resolução sobre os licenciamentos de energia eólica irá trazer uma matriz de sustentabilidade para o enquadramento de empreendimentos. Haverá ainda, tal como na Resolução nº 388/2018 do Consema, que trata dos processos de licenciamento de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), licenças unificadas, podendo ser emitidas LPs e LIs de forma conjunta. A resolução também deverá trazer maior clareza sobre riscos e melhor orientação no caso de EIA-RIMAS, afirma Cardeal. Dentro das premissas da nova gestão da Fepam, Kauffmann reiterou  que os zoneamentos precisam de constantes atualizações, devido ao fato de que os componentes sociais, econômicos e ambientais não são estanques. Nessa linha, afirmou que o zoneamento do setor eólico será a próxima etapa a ser perseguida pelo órgão ambiental Cardeal destacou que o RS é o único estado que conta com um zoneamento eólico, o que, por si só, é uma atratividade para o investidor. Perto de ingressar em uma nova etapa de atualização, o primeiro zoneamento do setor ocorreu em 2014, se constituindo em um case apresentado em diversos fóruns do setor. “Para a elaboração do novo zoneamento, o Sindienergia-RS deverá contribuir com dados de campo de seus associados, o que contará com o apoio da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abbeólica).” Ainda na live do Sindienergia-RS com Marjorie Kauffmann foi abordado um tema a ser aprofundado pela entidade no próximo ano. Trata-se da energia eólica offshore que tem despertado o interesse de vários players do setor. Kauffmann afirmou que a Fepam vem acompanhando os processos de licenciamento ambiental emitidos pelo Ibama, de modo a qualificar-se nesses empreendimentos da mesma maneira que ocorre nos complexos eólicos terrestres. Hoje, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil conta um total de 16,7 GW de projetos eólicos offshore em diferentes fases de produção.  Entre esses, faz parte um projeto da Neoenergia, no RS, de 750 MW, projetado para o litoral dos municípios de Capão da Canoa e Xangri-lá. Para 2021, o Sindienergia-RS pretende intensificar estudos sobre projetos offshore nas lagoas Mirim e dos Patos, uma alternativa diferenciada em relação a projetos marítimos.  

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Guilherme Sari será reeleito presidente do Sindienergia-RS em eleição remota no dia 25 deste mês

O empresário Guilherme Sari, em assembleia de associados por via remota, deverá ser reeleito presidente do Sindicato das Indústrias de Energias Renováveis do RS (Sindienergia-RS )— período 2020-2023 —, em eleição marcada para o dia 25 deste mês. “Foi com muita satisfação que recebi de nossos associados, a informação de que não haverá concorrência para a eleição de renovação da diretoria. Acredito que o trabalho está sendo bem feito”, disse Sari a MODAL. Responsável pela condução da transição da entidade, fundada em setembro de 2012, e que tinha como foco a fonte de energia eólica e passou a abranger todas as fontes renováveis — como eólica, solar, hídrica e bioenergias—, Sari destaca o avanço da instituição que reúne hoje um total de 35 empresas, em comparação a menos de uma dezena que faziam parte da fundação do antigo Sindieólica-RS. Equipe A própria formação da equipe da nova gestão, que inclui chapa, diretorias por fontes, de comitês e conselhos temáticos, composta por 30 pessoas, reflete uma maior representatividade do Sindicato, diz Sari, que estabelece a meta de alcançar até o final deste ano um total de 50 associados. “O desafio é grande, assim como foram todas as mudanças realizadas e as conquistas já obtidas”, afirma. Entre os mais recentes associados, o Sindienergia-RS  conta com empresas de energia solar e bioenergia e também do setor de gás, que é uma das áreas em que a entidade deverá trabalhar nesta próxima gestão e onde já participa do GT (Grupo de Trabalho), instituído em fevereiro, pela Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura-RS (Sema-RS). Seu objetivo é avaliar o consumo potencial do gás natural no estado e suas alternativas de suprimento. Também em nível de convênios e parcerias, o Sindicato vem avançando por meio de acordos entre entidades empresariais, como Fiergs e Farsul, e com associações setoriais, como ABeólica, Absolar, Abiogás e AGPCH, entre outras. Relações institucionais Além de uma presença quase constante em programações do setor, em nível nacional, programados por meio de lives e webinars, a entidade também comparece a eventos sociais do setor de energia. “São oportunidades em que uma entidade regional marca presença e consegue mostrar os avanços que o RS deverá obter em termos de infraestrutura de transmissão, processos de licenciamentos ambientais e seu significado na melhoria do ambiente de negócios”, pontua Sari. Metas Entre outras metas a serem realizadas pela nova gestão, o líder do setor de energia do estado aponta a necessidade de assegurar, depois dos lotes 10 a 14, o fortalecimento de linhas estruturantes, já pensando em novas margens de conexão e planejamento junto à EPE (Empresa de Pesquisa Energética), que tem por finalidade prestar serviços na área de estudos e pesquisas destinadas a subsidiar o planejamento do setor. “Temos o compromisso de viabilizar os atuais projetos de energia, mas precisamos também pensar no que vem depois. Não podemos deixar acontecer o hiato que tivemos entre os anos de 2014 até agora. Precisamos aprender com esses tropeços”, avalia Sari. As novas linhas de transmissão previstas para o RS, no leilão programado para este ano pela da Aneel, que alimentarão a região metropolitana de Porto Alegre, devem garantir maior estabilidade e consequente confiabilidade para o sistema, acrescenta. Ainda na próxima gestão, o presidente do Sindienergia-RS dará continuidade aos estudos sobre o potencial de energia eólica offshore, setor no qual o RS possui diferencial principalmente nas lagoas dos Patos e Mirim, as quais contam com baixo calado em determinadas áreas e infraestrutura mais competitiva em comparação a outros do setor. “Denominamos esses empreendimentos em lagoas como nearshore, pela proximidade da costa e diferencial de projetos”. Meio ambiente Em relação à questão ambiental, Sari informou que uma nova regulamentação sobre o enquadramento dos empreendimentos de geração de energia eólica, no estado, deverá trazer “maior clareza ao investidor e também maior segurança para os técnicos do órgão ambiental”. “Vamos ter uma agenda intensa nos próximos três anos— continua Sari —, que deve incluir a criação de uma diretoria específica de sustentabilidade, alinhada com os coordenadores especialistas das respectivas áreas de energias. Isto vai nos garantir uma atividade de diagnóstico e de contribuição ao planejamento do setor energético estadual, em sintonia com o desenvolvimento sustentável almejado pela gestão.”  

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Vestas opera a plena capacidade para atender demanda do novo modelo de turbina V150-4.2 MW

A companhia dinamarquesa Vestas, que lidera no mundo o segmento de turbinas eólicas, está com sua capacidade de produção do modelo V150-4.2 MW comprometida até 2021. Desde que a empresa anunciou a produção local sob as regras do Finame, em novembro de 2019, ela recebeu pedidos para mais de 700 unidades da  nova turbina, totalizando mais de 3 GW, “um recorde para a empresa e para o setor de energia eólica”, afirmou a MODAL Eric Gomes, diretor de vendas da Vestas no Brasil, em entrevista por e-mail. De acordo com Gomes, as turbinas são fabricadas na fábrica da Vestas, em Aquiraz, no Ceará, onde foram investidos cerca de R$ 110 milhões. O processo de entrega  é relativamente rápido. Porém, o prazo varia de acordo com a preparação do parque para recebimento dos equipamentos e da sua entrada no cronograma da linha de fabricação e montagem. Apesar da pandemia do Covid-19, Gomes explicou que como resultado do investimento no setor eólico, foi possível seguir fornecendo energia limpa para manter em atividade hospitais e outros serviços essenciais  durante os últimos meses. “Enquanto fontes fósseis oscilaram bastante no período, vimos uma maior estabilidade das renováveis em geral”, revelou. Sobre as vantagens dos investimentos em turbinas de maio porte, o executivo explicou que o ponto mais importante no caso de projetos eólicos não é a diferença de valor entre os modelos e sim a adequação da customização da turbina ao perfil de vento e o custo de energia nivelado ao final. Nesse sentido, a V150-4.2 MW continua a fazer diferença no mercado brasileiro ao oferecer um custo de energia nivelado muito competitivo, que resulta em um investimento atrativo de longo prazo para nossos clientes, acrescentou. “A V150-4.2 MW quebrou a barreira dos 4 MW no Brasil e trouxe uma nova gama opções de investimentos no setor eólico brasileiro, que é cada vez mais competitivo. A Vestas foi pioneira em trazer essa gama de produtos para o país, e com a ampliação do leque de modelos à disposição, podemos oferecer ainda mais soluções aos nossos clientes. O custo de energia nivelado da V150-4.2 MW é muito competitivo, e, portanto, torna-se um investimento de longo prazo interessante para nossos clientes”. Para a produção local da V150-4.2 MW, conforme Gomes, a Vestas obteve a certificação do BNDES, de acordo com as regras do Finame. “Esse certificado comprova que a produção segue as regulações do processo de manufatura usando conteúdo local. Dessa maneira, temos acesso a linhas especiais de crédito para aquisição de novo equipamento”. Para o diretor de vendas da Vestas no Brasil, o avanço do segmento mostra que o país está no caminho certo para a descarbonização do setor elétrico. “Devido à atual crise climática é necessário que a energia renovável siga tendo os alicerces para se desenvolver ainda mais”. A continuidade das entregas  mesmo durante a crise mostra  o vigor do setor de energia renovável, o que sinaliza animadoras perspectivas futuras no Brasil cujo mercado é essencial para o segmento eólico mundial, completou. Sobre o adiamento de leilões ele acredita que isso pode levar a um maior fluxo de investimento no mercado livre. Todavia acredita que a estabilidade mostrada pela energia eólica durante a pandemia irá fazer com que haja mais negócios no mercado regulado assim que os leilões retornarem.  “Portanto é um futuro que deve seguir dois caminhos paralelos, mas que só traz benefícios ao setor eólico brasileiro e para a população em geral, que terá mais energia limpa”. Já em relação ao novo PLD horário, ele admite que se trata de um ponto de preocupação para todo o setor, mas ressalta que ainda é necessário mais estudos para que seja possível avaliar os impactos de forma adequada. “Vemos o PLD horário como um elemento representativo da modernização do setor e do fortalecimento da discussão da hibridização de projetos com a complementariedade entre fontes renováveis, como, por exemplo, eólica com solar, e destas com tecnologias de armazenamento, como baterias”. Entre os benefícios do  projeto de modernização do setor, ele destaca a ampliação do mercado livre e a redução do custo ao consumidor. De outro lado, lembra que as mudanças trazem desafios ao setor eólico. “Subsídios que ajudaram no desenvolvimento do segmento no Brasil serão removidos, e por mais que hoje o setor esteja fortalecido e competitivo, é necessário que se criem condições adequadas para que as renováveis sigam crescendo para que haja uma descarbonização do setor elétrico”. Como será o mundo  pós-Covid-19? “O mundo voltará a tratar de temas igualmente sensíveis, como a crise climática. No cenário atual, vimos a força das renováveis para a manutenção da operação de serviços essenciais e é necessário que haja um esforço cada vez maior para que este tipo de fonte esteja mais presente,  a fim de construirmos um futuro sustentável, considerando o meio ambiente e o desenvolvimento socioeconômico”.

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Ômega Geração admite repotenciação das turbinas dos parques eólicos do RS adquiridos junto à Eletrobras

Uma série de ações começa a ser programada pela Ômega Geração nos parques eólicos localizados em Santa Vitória do Palmar e no Chuí, no Rio Grande do Sul, recentemente adquiridos junto à Eletrobras. Thiago Linhares, diretor de operação e manutenção da Ômega, informou à MODAL que a empresa pretende investir em várias frentes. Os parques, segundo o executivo, apresentaram  historicamente um fator de capacidade líquido aproximadamente 10% abaixo da certificação. E, devido ao significativo atraso nas obras de implantação, eles também perderam os contratos de longo prazo regulados, o que levou, não só a sobre custos, como a novas contratações junto a clientes do mercado livre de energia. “O valor do investimento na aquisição, associado ao preço de venda da energia e demais variáveis de custo, levarão a Ômega a ter retornos de mercado se conseguir melhorar o desempenho e margens do projeto, com base em seu plano de negócios para os próximos anos”, explicou.  “Há muito a fazer, todavia entendemos que nossa empresa conta com conhecimento e equipe para atingir esse objetivo”. A ideia da empresa é investir nos parques entre R$ 150 milhões a R$ 200 milhões adicionais ao valor de aquisição. O novo centro de operações será um desses investimentos. Sua função principal será centralizar equipes de operação e manutenção, consolidando processos, métodos e objetivos, além de estabelecer um estoque de componentes comum e infraestrutura de tecnologia e sistemas de ponta que auxiliem a produtividade. Atualmente as turbinas eólicas dos parques de Santa Vitória do Palmar e Chuí estão cobertas por contratos de manutenção full scope com fabricantes como Siemens  Gamesa e GE.”Em condições adequadas para terem vida útil conforme especificações técnicas”, acrescentou o executivo. Sobre a perspectiva de repowering das máquinas, Linhares admitiu que isso é uma possibilidade a ser avaliada junto aos fornecedores, ou seja,  aumentar a potência dos aerogeradores sem trocar o conjunto de motor e pás. A Ômega deverá pagar R$ 1 bilhão pela fatia de 78% da Eletrobras no Complexo Santa Vitória do Palmar, e mais R$ 512,7 milhões pela participação nas Sociedades de Propósito Específico (SPEs) Hermenegildo I, Hermenegildo II, Hermenegildo III e Chuí IX correspondente a um total de 582,8 MW. Com as aquisições, a empresa passará a contar com 1.777,7 MW de potência instalada. Segundo a Moneytimes, os especialistas em energia da Credit Suisse opinaram que a Ômega fez bem em querer aumentar seu portfólio “com múltiplos ainda atrativos e bons contratos de longo prazo”. No caso da Eletrobras, a operação também é positiva, visto que ela está em linha com a estratégia da empresa de focar nos ativos principais e reduzir o endividamento. A Omega Geração, uma das empresas líderes em energia renovável no Brasil, é uma plataforma de investimentos em geração de energia renovável dedicada exclusivamente a ativos operacionais. Listada no Novo Mercado (ticker: OMGE3), segmento com as mais rigorosas práticas de governança corporativa da bolsa brasileira, a companhia opera empreendimentos com capacidade instalada de 1.777,7 MW de energia 100% renovável, localizados em sete estados brasileiros: Maranhão, Piauí, Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. De acordo om com seu relatório de sustentabilidade de 2019, a empresa alcançou 289,1 kilotons de emissões de CO2 evitadas, 86% a mais do que 2018. Sua meta é ser uma das principais referências em mitigação de emissão CO2 por geração de energia elétrica renovável do Brasil.

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Pandemia do covid-19 não segura avanço da energia eólica no mercado livre

Nem mesmo a pandemia do covid-19 arrefeceu o ânimo dos investidores no mercado livre de energia eólica. Dados da ABBeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica) indicam que nas últimas semanas as consultas se intensificaram. Na mesma movimentação cresceram as buscas de informações  sobre o mercado de autoprodução de energia. “Os empresários querem entender melhor como funciona esse mercado e quais as suas vantagens”, contou à MODAL Sandro Yamamoto, diretor técnico da ABBeólica. Ele lembrou que a Honda é a pioneira no mercado de autoprodução, no Brasil, com a instalação de um parque eólico localizado em Xangri-Lá, no litoral norte do Rio Grande do Sul, de 27,7 MW, e que, com a construção  de um décimo aerogerador, elevará a sua capacidade para 31,7 MW. “Mesmo com a pandemia, essa tendência deve se intensificar na esteira do mercado livre que oferece ainda vários modelos de contratos, seja por venda direta e com maior ou menor prazo”, acrescentou. Yamamoto indicou que o avanço das eólicas vem se mantendo constante, no Brasil, desde 2018. Hoje representa um total de 16 GW instalados  (5ª posição no ranking mundial em 2019), com 1.84 GW no segmento do mercado livre e os demais no mercado regulado. Nos próximos quatro anos, outros 8 GW  devem entrar em operação no mercado livre e 4,3 GW do mercado regulado, totalizando 12,3 GW, com investimentos de cerca de R$ 50 bilhões. “Fato importante é que 80% da cadeia setorial de energia eólica são produzidos no Brasil correspondendo a mais de 250 mil empregos”, acrescentou Yamamoto. De acordo com a consultoria epowerBay, nos últimos anos o Brasil vem passando por um período de transformação no mercado de energia renovável que sempre foi baseado em leilões de energia para suprir a demanda das concessionárias. O ano de 2019 foi determinante para o Ambiente de Contratação Livre (ACL), onde claramente as empresas começaram a apostar nos contratos bilaterais, com negociação livre entre o consumidor, comercializador e gerador de energia. “Os benefícios econômicos para os consumidores de energia estão fazendo muitas empresas buscarem contratos bilaterais, que representam 30% do consumo total de energia no país”, diz o CEO da consultoria, Fernando Witzel. O levantamento da ePowerBay mostra que recentemente a Casa dos Ventos anunciou a venda de energia para algumas grandes empresas como Vale S.A, Anglo American, Vulcabras e Tivit de projetos eólicos do Rio Grande do Norte e Bahia de mais de 650 MW de potência total.  A empresa negociou energia com a empresa Vale S.A com contrato de 23 anos de  fornecimento, existindo a possibilidade da Vale virar sócia do empreendimento futuramente. O complexo é composto pelos projetos Ventos de São Januário 20, Ventos de São Januário 21 e Ventos de São Januário 22, e se conectam no barramento de 230 kV da SE Senhor do Bonfim II. Já a AES Tietê negociou 76 MW de energia com a Anglo American referentes ao complexo eólico Tucano na Bahia, composto por 13 projetos com 477,4 MW de capacidade instalada total e TUST média de 6,29 R$/kW. Com o valor de fator de capacidade de cada projeto na ficha de dados da Aneel, segundo a consultoria, é possível estimar a garantia física equivalente do cluster: 267,8 MW médios. Os projetos estão conectados na SE Olindina 500 kV e operam com turbinas Siemens Gamesa de 6,2 MW de potência unitárias, rotor de 170 metros de diâmetro e torres de 115 metros de altura. Outro importante contrato foi celebrado pela Voltalia que negociou energia do complexo eólico Ventos da Serra do Mel 1 (VSM1) com a BRF, com fornecimento de energia por 10 anos a partir de 2021 Complexo Ventos da Serra do Mel 1 no RN composto por cinco projetos com 162,9 MW de capacidade instalada total, fator de capacidade médio de 64,4% e TUST média de 8,71 R$/kW, informou a ePowerBay.  

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Tendência mundial pelas renováveis deve turbinar fundo do BRDE para energia eólica, diz Magadan

Um dos pioneiros na instalação de parques eólicos no Rio Grande do Sul por meio de uma parceria com o grupo espanhol Elecnor, que viabilizou a construção do complexo de Osório, de 150 MW, à época considerado o maior em geração de energia da América Latina, o empresário Telmo Magadan acredita que o estado é a “bola da vez” para os investidores em energia eólica no país. Apesar de um histórico recente que deu ao nordeste a liderança no ranking no setor, ele acredita que existe uma série de fatores capaz de reverter a atual situação. Além da nova capacidade de conexão, que o estado deve ganhar a partir da conclusão das obras novas das linhas de transmissão, Magadan cita o fato de que os ventos do extremo sul do país são “excelentes”, o que se soma à infraestrutura que viabiliza uma logística de transporte superior ao nordeste. Com o anúncio de criação de um fundo de financiamento de R$ 200 milhões por parte do BRDE – uma ideia lançada pelo próprio Magadan em reunião do Sindienergia-RS, em 30 de janeiro deste ano, com o secretário Artur Lemos –  ele acredita que o setor eólico local deverá ingressar em uma fase auspiciosa de olho na expansão do mercado livre de energia. “A minha experiência na criação de fundos mostra que, mesmo que você inicie com um valor menor, se o seu objeto conta com toda essa atração que é a energia renovável, é um bom começo”, afirma. Sócio-diretor da Brain Energy-Energias Renováveis, empresa gaúcha de empreendimentos eólicos e solares, com sede em Porto Alegre, Magadan cita o plano de investimentos de US$ 2 trilhões do candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, para zerar as emissões na geração de energia nos próximos 15 anos, como exemplo de que a tendência pelas renováveis é irreversível. “Estamos falando da saúde do mundo e na medida em que um fundo se define com seus objetivos claros, certamente irá agregar outros fundos.” Seja o BRDE o gestor ou outro que for nomeado, ele terá o papel desafiador de angariar fundos nacionais e internacionais, porque é assim que funciona. Nem todos os fundos operam com dinheiro próprio, existem outros que se somam em um pool que irá aumentar a capacidade de financiamento de forma exponencial, acrescenta. “Você pode trazer o BID, o Bird, os fundos europeus, fundos internacionais exclusivos para a questão ambiental.Tendo o instrumento do fundo, você pode desenvolvê-lo e torná-lo importante”. Sobre os cenários da Brain Energy, Magadan conta que a empresa continua operando normalmente, mesmo na atual fase da pandemia. Entre os seus projetos, ele cita o parque eólico de 600 MW, previsto para Tapes, voltado para o mercado livre e que se encontra em “processo avançado em seu cronograma”. Estamos bem otimistas com o mercado livre de energia que deve deslanchar pós-pandemia”, afirmou.

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