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Logística

Concessões rodoviárias e modernização da infraestrutura brasileira impulsionam crescimento da Pavesys Engenharia

Um dos principais players do segmento de concessões no país, a Pavesys Engenharia, de Porto Alegre (RS), encerrou o ano de 2024, com um recorde no número de contratos em 23 anos de história. Em entrevista exclusiva a MODAL, Fernando Pugliero, diretor da empresa, destacou o avanço significativo do programa de concessões rodoviárias do Paraná, com a conclusão bem-sucedida de quatro leilões, nos quais, em parceria com o Banco Mundial, fez parte da estruturação desses projetos, desde a elaboração de estudos de viabilidade até a definição de indicadores de desempenho. Foram cinco anos de estudos para consolidar essas concessões para os próximos 30 anos, nos principais trechos rodoviários do Paraná, relata Pugliero.  Esses projetos de concessão foram baseados na contrapartida de desempenho das rodovias, com indicadores previamente estabelecidos, que serão fiscalizados pela ANTT. A mesma ANTT e a Infra S.A. foram os braços do governo federal em todo o processo, acrescentou. “O programa de concessões do Paraná é um modelo de sucesso que pode ser replicado em outros estados”, afirma Pugliero. “A participação da iniciativa privada, aliada à expertise da empresa, permitiu a elaboração de projetos mais eficientes e a otimização dos recursos públicos.” Ao todo, o pacote de concessões do Paraná engloba 3,3 mil quilômetros de rodovias e mais de R$ 50 bilhões em investimentos, divididos em seis lotes. Santa Catarina Além do Paraná, a Pavesys também está atuando em outros estados do Sul e Centro-Oeste. Em Santa Catarina, a empresa está envolvida em estudos para a viabilização de novas concessões rodoviárias, com o objetivo de melhorar a conectividade e o escoamento da produção. Segundo estudos, o estado promoverá uma concessão conjunta de 1.647 quilômetros de rodovias federais e 1.506 de vias estaduais. “Santa Catarina possui um grande potencial para o desenvolvimento de projetos de concessão, considerando a importância do setor logístico para a economia do estado”, destaca o empresário. Para esse estudo, a Pavesys foi contratada pelo BID e o governo federal, juntamente com outras consultorias. A expectativa é de que os leilões dos primeiros lotes ocorram ainda neste ano. Mato Grosso do Sul Em Mato Grosso do Sul, a Pavesys também está participando de projetos de concessão, voltados para a melhoria da infraestrutura rodoviária e o desenvolvimento econômico da região. Denominado Rota da Celulose,  o projeto prevê a concessão de trechos das rodovias BR-262, BR-267, MS-040, MS-338 e MS-395, com investimentos de R$ 5,8 bilhões. Além desses projetos, a empresa participa da estruturação para o governo federal da concessão da BR-040 (Rio de Janeiro- Juiz de Fora)  que será leiloada neste ano. Pioneira no Brasil, na aplicação do iRAP (International Road Assessment Programme), que promove o aumento dos níveis segurança nas estradas de todo o mundo, a empresa encerrou no ano passado a implementação do Sistema de Gerência de Pavimentos do  Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT)- SGP, abrangendo a rede pavimentada federal, depois de quatro anos de execução. Uruguai A experiência do governo brasileiro induziu o Uruguai a implementar o mesmo programa, cujo projeto deverá igualmente ser conduzido pela Pavesys.  “Esse será primeiro projeto iRAP no Uruguai, o que nos traz muita satisfação por acreditarmos nessa linha de segurança viária”, afirmou Pugliero. “Somos otimistas em relação à evolução dessas tecnologias em países da América do Sul  que ainda não a adotaram.” Para o empresário, o crescimento do mercado de concessões rodoviárias no Brasil abre novas oportunidades para empresas como a Pavesys. No entanto, é fundamental que o setor continue se adaptando aos desafios e buscando soluções inovadoras para garantir a sustentabilidade dos projetos. “Sem dúvida, vivemos o melhor momento em termos de concessões desde que esse processo iniciou no Brasil. Percebemos um número muito grande de grupos e instituições dentro e fora do governo de altíssima qualidade de diversas formações, desde a área da engenharia,  jurídica, econômica, de diversos setores do conhecimento. “ Confraternização de final do ano reuniu os 160 colaboradores da empresa Evolução O empresário também aponta o papel das agências reguladoras nos programas de concessões, o que contribui para a maior segurança dos usuários e redução de custos operacionais. “Todas essas agências estão se consolidando com equipes e pessoas de alta qualidade. Assim, gradativamente, os programas de concessões rodoviárias foram sendo adaptados e melhorados, tornando-se viáveis dentro do que se procura com esse tipo de concessão”. O Brasil – prossegue o diretor da Pavessys- tem evoluído também  com o auxílio dos Tribunais de Contas e de órgãos estaduais rodoviários estaduais.  Dado a esses avanços, existem projetos que incluem rodovias de menor importância e outros, como da Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, um dos ativos mais homogêneos de tráfego intenso. Ao todo, a Pavesys fechou em 2024 um total de 69 contratos, dos quais 12 relacionados com a estruturação de concessões. Apesar do recorde no volume de negócios, Pugliero observa que mais trabalho, em muitas vezes, não significa melhores resultados. “Existem variáveis que influenciam no contexto, como a inflação e taxa de juros elevada,  que  não favorecem as atividades empresariais”, afirma.      

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Boom do e-commerce impulsiona crescimento do setor logístico

O setor logístico brasileiro está vivendo um momento de grande expansão. Entre janeiro e outubro de 2024, o número de vagas abertas cresceu 94,7%, saltando de 34.288 para 66.765 oportunidades, segundo dados do Banco Nacional de Empregos (BNE). As funções que mais demandam profissionais são estoquista (com um aumento de 139,3% nas vagas), motorista (102%) e auxiliar de logística (84,7%). Juntas, essas três ocupações somam 16.699 novas oportunidades, demonstrando a forte procura por mão de obra qualificada no setor A expansão das oportunidades de trabalho na logística é reflexo do aumento da demanda por serviços logísticos, impulsionado por fatores como o crescimento do e-commerce, a recuperação da produção industrial e a necessidade de maior eficiência na distribuição de produtos. “O setor de logística tem uma participação importante na economia brasileira. Em 2023, foi responsável por 2,3 milhões de empregos diretos e indiretos”, explica José Tortato, COO do BNE. Mercado aquecido e desafios para o futuro Dados da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL) corroboram o bom momento do setor. Em 2023, o mercado de operadores logísticos gerou uma receita bruta de R$192 bilhões, com 71% dos operadores reportando aumento no quadro de funcionários. Apesar do crescimento, o setor enfrenta desafios como a necessidade de capacitar a mão de obra para atender à demanda crescente. “A necessidade de formação de profissionais qualificados reforça a importância de investimentos em treinamento e desenvolvimento”, afirma Tortato. Perspectivas positivas A perspectiva é de que o setor continue crescendo nos próximos meses, acompanhando a retomada da economia brasileira. “A logística tem se consolidado como um dos motores da economia brasileira, garantindo a geração de emprego e renda para milhares de brasileiros”, finaliza Tortato.

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Encalhe de navios impulsiona busca de modelo para garantir manutenção e dragagens permanentes das hidrovias gaúchas

O encalhe de um graneleiro com bandeira de Hong Kong,  o  Mount Taranaki, em outubro, cujo incidente causou prejuízos e transtornos, como a paralisação da navegação no canal de Itapuã, pode ter sido o estopim para a definição de um modelo operacional  capaz de deslanchar o modal hidroviário do Rio Grande do Sul. Pelo menos foi o que anunciou o secretário de Logística e Transportes do RS, Juvir Costella, em encontro com empresários do setor, quando assumiu o compromisso de buscar as condições “para garantir a manutenção das vias navegáveis do RS”.   Secretário Juvir Costella Três décadas “Estamos há mais de três décadas discutindo esse assunto e temos todas as razões para confiar no secretário Costella”, afirmou Wilen Manteli,  presidente da Associação Hidrovias RS e consultor portuário, com mais de 40 anos de atuação no setor da navegação no Brasil. Manteli lembra que a lei que originou a criação da empresa estatal Portos RS definiu como sua responsabilidade a administração e exploração dos portos, hidrovias e vias lacustres navegáveis no estado. Todavia, nunca houve a manutenção e dragagem das lagoas e dos rios Jacuí, Taquari, Sinos, Gravataí e Caí. “O Rio Grande do Sul precisa de uma saída, mas até por ignorância, por desleixo do setor público e da própria sociedade, não conhecemos a importância de uma hidrovia”, afirma. “Já tivemos 1,2 mil quilômetros navegáveis, hoje há cerca de 700 quilômetros”. Investimento Como resultado da repercussão internacional dos encalhes dos navios no canal de Itapuã devido ao assoreamento, no leito do rio Guaíba, no início de novembro o governo do estado anunciou a liberação de R$ 731 milhões, dois quais cerca de R$ 350 milhões para dragagens nas hidrovias gaúchas. O investimento prevê a execução dos serviços de batimetria e dragagem em mais de 320 quilômetros, além de cerca de 40 quilômetros de canais na área portuária de Rio Grande e do seu canal de acesso. Segundo Romildo Bondan, diretor de operações da Portos RS,  os recursos liberados são de origem do  fundo de reconstrução do estado, que foi criado após a tragédia climática de maio,  disponíveis para os órgãos do estado com  projetos ligados a essa finalidade. “ A  Portos RS apresentou o projeto de dragagem da entrada do canal de acesso ao porto do Rio grande e da hidrovia que liga a Porto Alegre. O projeto foi aprovado e liberados os recursos”, explica  Bondan.  “Como já tínhamos licença ambiental, partimos para a contratação de empresa para a dragagem emergencial e do desassoreamento da hidrovia”, disse ele. “Havíamos feito a dragagem emergencial do canal de acesso,  mas com caixa próprio da Portos RS, de R$  80 milhões, para retomar o calado original de antes das enchentes”. Romildo Bondan Custo alto Ele prossegue:  “Ficou faltando  a dragagem  da hidrovia, que não conta com recursos, na medida em que seu custo é muito alto, em torno de R$ 350 milhões, que foi suprido pelos  recursos do fundo. A partir da liberação para dragagem,  iniciamos o processo  de contratação de emergência, primeiramente  nos pontos críticos”. De acordo com Bondan,  o assoreamento causado pelas enchentes foi o que determinou o encalhe dos navios Mount Taranak e EVA Shanghai. “Nós tínhamos acabado de dragar no porto de Rio Grande da saída da barra, em março,  para 16 metros de profundidade”, acrescenta. “ Em maio depois dos eventos climáticos, alguns locais apresentavam assoreamento de 6 metros de lama e entulho; a mesma coisa aconteceu na hidrovia da Lagoa dos Patos”. O diretor de operações da Portos RS, lembra que depois da criação da estatal foram realizadas quatro dragagens do canal de acesso do porto de Rio Grande . “Ocorre que, para a dragagem e manutenção da hidrovia,  o custo é muito alto, além do que as tarifas cobradas dos usuários  atualmente não são suficientes, e dificilmente será possível chegar a um nível de tarifa que possibilitará essa dragagem .  Isso vai depender de uma decisão da sociedade gaúcha ou até do governo federal  porque a dragagem da hidrovia não se sustenta com as tarifas portuárias”. Bondan lembra que normalmente, as dragagens de hidrovias são subsidiadas ou pelo governo federal ou pelo estadual.   “Nos Estados Unidos, o Exército responde pelos serviços de dragagem e sinalização de todo o vasto sistema hidroviário americano.  Cada país tem seu modelo”, afirma.  “A sociedade gaúcha terá de fazer essa discussão se ela quiser usufruir dos benefícios da hidrovia”. PPPs Wilen Manteli Diz Manteli: “O que propomos ao governo e ao setor empresarial, especialmente aos usuários do transporte fluvial é estudar todas as possibilidades para se construir um modelo para a prestação permanente dos serviços de dragagem. Por exemplo, se fala muito em privatizar esses serviços, o que já está se discutindo muito no Brasil sobre essa alternativa. Caberia estudar-se os vários tipos de concessão, como PPPs, patrocinada ou administrativa,   para aferir qual seria a melhor alternativa. Em qualquer caso, a busca de uma solução deverá ser discutida,  principalmente com os usuários desse modal, com ampla transparência, para evitar que se crie maiores ônus e dificuldades para o setor”. Em 2023, foram movimentadas, no modal,  cerca de 6,7 milhões de toneladas e 50.341 contêineres.      

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COSUD reivindica inclusão no grupo de trabalho do MT que trata da renovação da concessão da Malha Sul

  Em reunião do COSUD, realizada em Florianópolis, os estados membros manifestaram interesse em participar ativamente das discussões sobre a renovação das concessão da Rumo Malha Sul. O secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias de Santa Catarina, Ivan Amaral, destacou a importância da inclusão de representantes estaduais no Grupo de Trabalho instituído pelo Ministério dos Transportes para tratar do tema. Segundo ele, os estados têm projetos de novas ferrovias que necessitam de integração com a malha existente, e a participação nos debates é fundamental para garantir a atratividade para novos investimentos. Diante disso, os estados do COSUD solicitaram a inclusão desse ponto na Carta dos Governadores e a criação de um Grupo de Trabalho específico sobre ferrovias dentro da câmara temática de desenvolvimento econômico do próximo COSUD. Além disso, foi definida a criação do Plano de Logística e Transporte Regional, com a contratação da INFRA S.A. para a elaboração dos planos estaduais do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Participaram da Reunião de Ferrovias o secretário da SPAF, Ivan Amaral, o secretário-executivo do Gabinete de Projetos Especiais do RS, Clóvis Magalhães, a chefe do Departamento de Gestão e Planejamento de Infraestrutura e Logística do PR, Josil Voidela e o assessor do governador do RJ, Alex Castellar, além dos técnicos da Seplan-SC. Com informações de Rafael Mattos (SPAF/SC)

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Paraguai planeja utilizar portos de Santa Catarina para ampliar comércio com o Brasil

A intenção foi manifestada ao secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias (SPAF), Ivan Amaral, durante reuniões no Ministério de Relações Exteriores do Paraguai e no Porto de Assunção, na última quinta-feira. O avanço nas negociações depende de autorização do governo do Brasil, informou secretário  Ivan Amaral que  esteve no Paraguai, junto com uma comitiva  da Fiesc, Facisc e Movimento Pró-Ferrovias. O grupo participou da Expo Paraguay-Brasil 2024, encontro organizado pela Câmara de Comércio Paraguay Brasil e que é considerado o maior evento de negócios entre os dois países. Atualmente o país vizinho tem convênios com o Brasil para utilização somente dos Portos de Santos (SP), Paranaguá (PR) e Rio Grande (RS). Durante a reunião com o vice-ministro de Relações Exteriores, embaixador Víctor Alfredo Verdún Bitar, também foram discutidos projetos de infraestrutura para facilitar a logística. “Fomos entender a logística desta hidrovia e ver como esta carga pode chegar aos portos catarinenses. O vice-ministro vai pedir em Brasília que através de uma carta de intenções seja possível discutir com Santa Catarina obras estruturantes para viabilizar o comércio internacional”, relata Amaral. Atualmente o país opera uma hidrovia de 3,5 mil quilômetros no rio Paraguai até Montevideo. Entre as possibilidades do plano está a construção de uma ponte rodoferroviária, que permitirá ampliar as discussões sobre um projeto ferroviário conectando Paraguai, Argentina e Santa Catarina, no Brasil. “Hoje o grão do Mato Grosso percorre 1,8 mil quilômetros para chegar até o Oeste catarinense. Esta ponte permitiria trazer este importante insumo para a agroindústria, encurtando as distâncias para 300 quilômetros. Ou seja, temos diversas possibilidades e oportunidades para discutir e que beneficiariam tanto o Paraguai como o Brasil”, completa o secretário Amaral. Com informações de Rafael Matos – Assessor de Comunicação da SPAF-SC  

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Tecon Rio Grande bate recorde nos nove primeiros meses do ano

Uma série de novas soluções além de parcerias com a companhia marítima sul-coreana, HMM,   e a operadora de feeder cingapuriana, BTL,  levaram o Tecon Rio Grande, do grupo Wilson Sons,  a bater todos os recordes de movimentação de contêineres nos primeiros nove meses do ano. No acumulado, foram movimentados 616.581 TEUs, o que representou um aumento de 29% em relação ao mesmo período do ano de 2023. Ao todo houve uma alta de 10% nas exportações, com destaque para o transporte de madeira, celulose e utensílios domésticos. A importação também cresceu 17%, devido ao aumento nos desembarques de resinas, partes e peças e plásticos. O transbordo cresceu 335%. No ano deu-se o início das operações das linhas FIL (Far East-India-Latin America Service) do armador Hyundai Merchant Marine (HMM); e RBM (Rio Grande-Buenos Aires-Montevidéu) do armador Bengal Tiger Line (BTL), responsáveis pela concentração de cargas na região do Prata,  favorecendo a tendência de elevação  nos volumes de transbordo para a região. Setembro foi o melhor mês da história do terminal, com 79.997 TEUs e 45.140 contêineres movimentados, representando um crescimento de 45% comparado ao mesmo período de 2023. Além disso, os transbordos registraram um aumento expressivo de 498%, e as importações cresceram 32%. Paulo Bertinetti, diretor-presidente do Tecon Rio Grande, afirmou que com base na análise de mercado, o Tecon ofereceu soluções  não convencionais de serviço, além de novas parcerias,  o que alavancou novos negócios. “Buscamos aprimorar a eficiência dos serviços prestados aos embarcadores do sul do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, estabelecendo um marco histórico para a logística marítima do Cone Sul”, completou Bertinetti. O Tecon Rio Grande atualmente conta com mais de 3 mil clientes, entre importadores e exportadores, e recebe as principais linhas que escalam o Brasil, com  serviços semanais para todos os trades a partir de 15 clientes armadores. Considerado o terminal de contêineres mais automatizado do Brasil e com localização estratégica, o Tecon Rio Grande tem capacidade para  operar 1,4 milhão de TEUs e receber embarcações New Panamax com seus 900 metros de cais.          

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Global 5 fechou o semestre com monitoramento de cargas no valor de R$ 36 bilhões

A Global 5, de Curitiba (PR), uma das empresas homologadas pela FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), tem mostrado resultados expressivos no mercado  de transporte de cargas. No primeiro semestre deste ano, a empresa monitorou cargas avaliadas em aproximadamente R$ 36 bilhões, com uma taxa de sinistralidade baixa de 0,000035%, comprovando a eficácia de suas estratégias de segurança. Ferramentas inteligentes  A operação da Global 5 começa com a análise detalhada da apólice de seguros do cliente, criando um Plano de Gerenciamento de Riscos (PGR) personalizado. Esse plano traduz a linguagem técnica das apólices em ações práticas e claras, permitindo que o transportador entenda suas responsabilidades e saiba como cumpri-las de forma eficiente. Entre as ferramentas utilizadas, destaca-se a pesquisa cadastral avançada, que permite uma análise minuciosa do histórico de motoristas, veículos e outros envolvidos no transporte. A ferramenta é essencial para identificar potenciais riscos, como processos judiciais pendentes ou documentações irregulares do motorista ou do dono do caminhão. “Realizada em fontes públicas e oficiais, a pesquisa garante que a carga seja transportada com segurança, minimizando as chances de problemas durante a operação. Essa análise detalhada é fundamental para que o transportador não coloque sua carga nas mãos erradas”, ressalta Filipe Eduardo Dell Aira, especialista em gerenciamento de riscos da Global 5. Para certificar que todas as exigências sejam cumpridas, a Global 5 utiliza ainda um sistema de monitoramento de carga robusto capaz de atender 1,5 milhão de veículos e gerenciar mais de 2 milhões de viagens. Entre as tecnologias empregadas estão rastreadores via GPRS, 4G, 5G e satélite, que permitem o acompanhamento em tempo real de cada viagem, garantindo que os caminhões sigam as rotas preestabelecidas e alertando para qualquer desvio ou parada não programada. Além disso, para cargas de alto valor, a empresa utiliza iscas eletrônicas – pequenos rastreadores escondidos na mercadoria – que permitem localizar a carga mesmo em caso de desvio do caminhão. “Essas estratégias, combinadas com um software integrado que oferece controle detalhado e indicadores em tempo real, asseguram uma proteção pouco vista no mercado, minimizando riscos e melhorando os resultados para as empresas de transporte”, afirma o especialista.    

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IA impulsiona a eficiência na cadeia de suprimentos

A PwC revela que a Inteligência Artificial está transformando a gestão da cadeia de suprimentos, automatizando tarefas, otimizando rotas e melhorando a tomada de decisões. Todavia, de acordo com o resultado da pesquisa global da PwC com 4,7 mil líderes empresariais, incluindo o Brasil, a implantação da IA ainda enfrenta desafios como a qualidade dos dados, a integração de sistemas e a falta de capacitação. “Além de reduzir custos, melhorar a eficiência e criar resiliência, os investimentos digitais potencializam muito a qualidade da tomada de decisões e a visibilidade no setor”, afirma o sócio da PwC Brasil Rodrigo Damiano. Conforme o empresário,  com base em análises preditivas, as empresas antecipam entraves e tendências de mercado, por meio de ajustes proativos nas estratégias do setor.  ‘Essa capacidade de prever e se adaptar rapidamente a mudanças representa um diferencial competitivo importante em um ambiente muito volátil, como o atual, acrescenta. Obstáculos e soluções. A Pesquisa sobre Tendências Digitais em Operações 2024, da PwC, indica que, para 69% dos líderes, os investimentos em tecnologia não geraram os resultados esperados. O levantamento também revela que, das 70% das empresas que experimentaram ou utilizam a IA generativa, apenas 20% delas relatam o amplo uso desta tecnologia nas suas operações. O sócio da PwC alerta que as dificuldades do uso de IA  na cadeia de suprimentos, embora complexas em uma primeira análise, é uma transformação possível de realizar quando bem estruturada. As empresas devem abordar a adoção da tecnologia com uma estratégia abrangente, que inclua uma gestão de mudanças eficaz e um investimento contínuo em capacitação digital. “Uma vez bem-sucedida, a IA vai além da adoção de tecnologias avançadas e requer transformações mais profundas na cultura organizacional”, observa  Damiano.  A PwC Brasil lista abaixo questões que as empresas devem dar atenção ao implantar uma estratégia de IA na cadeia de suprimentos : Qualidade e disponibilidade de dados. Esse é um tema crucial para a eficácia no uso de IA. Dados de baixa qualidade podem resultar em decisões inadequadas e afetar negativamente as operações. Portanto, é fundamental manter uma boa qualidade dos dados, a fim de assegurar a precisão, completude e relevância das respostas propostas pela IA.   Integração de sistemas. Há uma grande necessidade de integração entre diferentes sistemas de TI, tanto internos quanto externos (fornecedores e clientes). A diversidade desses sistemas e a necessidade de interoperabilidade entre plataformas complicam a adoção de soluções de IA de forma eficaz. O processo de integração não é apenas técnico, mas também estratégico. Ele exige uma gestão de mudanças eficiente, que muitas empresas ainda negligenciam.   Relação custo-benefício. A frustração com o alto grau de investimento em IA que não se traduz imediatamente nos ganhos esperados pode desencorajar a continuidade e a expansão do uso da tecnologia.   Visão limitada. Há uma tendência nas empresas de se concentrar na redução de custos, em vez de explorar inovações e novos modelos de negócios baseados na IA. Esse foco limitado pode restringir o potencial de transformação e melhorias nas operações.   Capacitação. A falta de capacitação adequada é uma barreira difícil de superar. Muitas vezes, a formação e o  aprimoramento contínuo são negligenciados, o que deixa as equipes despreparadas para aproveitar as novas tecnologias. É importante envolver e treinar as pessoas dentro das organizações para o futuro do trabalho.    

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O custo de não fazer

É com orgulho que a MATITA PEREÊ EDITORA LTDA. acaba de imprimir o livro O custo de não fazer. Escrito pelo empresário Nelson Sperb Neto, em parceria com o jornalista Milton Wells, a publicação revela os impactos da falta de infraestrutura no nosso dia a dia. Por meio de exemplos reais do Rio Grande do Sul, os autores mostram como a falta de planejamento e de investimentos afeta a vida de cada um de nós.   Congestionamentos, acidentes, perda de tempo e oportunidades, estagnação econômica, subdesenvolvimento são reflexos da falta de infraestrutura, denuncia o autor.  “Os exemplos narrados têm em comum  certa unidade que deriva da necessidade de olhar a infraestrutura como uma questão de Estado e não de governo”, resume Sperb.    

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Abertura do Contorno Viário de Florianópolis é a superação de grande desafio logístico, diz Fiesc

Apoiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a maior obra rodoviária que estava em andamento no Brasil, o Contorno Viário da Grande Florianópolis, foi inaugurada nesta sexta-feira, 9. A cerimônia de inauguração em Palhoça, Santa Catarina, contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dos ministros Rui Costa (Casa Civil), o Renan Filho (Transportes) e da diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa. A estimativa é que a nova via reduza em até 1h20 o tempo da travessia na região com impacto em 30 mil veículos por dia e em ao menos nove cidades, entre Santo Amaro da Imperatriz e Tijucas. O contorno, que recebeu R$ 3,9 bilhões em investimentos, também diminuirá os custos operacionais de transportadoras. Abertura ao tráfego do Contorno Viário da Grande Florianópolis no trecho norte da BR-101 traz alívio a um dos principais corredores logísticos do Brasil, responsável pelo transporte de mercadorias da região Sul para os demais estados brasileiros e pela mobilidade de pessoas pelo litoral. Estratégico para o setor produtivo, por seu acesso a portos e a grandes mercados consumidores no Brasil e no exterior, o corredor rodoviário litorâneo de Santa Catarina também é essencial para o desenvolvimento de atividades como o turismo. “Para a sociedade de Santa Catarina, em especial da Grande Florianópolis, a inauguração do Contorno traz a expectativa de redução dos congestionamentos. Para o setor produtivo, é um gargalo a menos a ser enfrentado na rodovia, já que a expectativa é de maior fluidez no trânsito para a movimentação de cargas na orientação Norte e Sul e de melhoria da segurança”, diz o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar. “Superado este desafio, Santa Catarina precisa enfrentar os demais gargalos logísticos que tem pela frente. E são muitos, não só na BR-101, mas também nas demais rodovias e modais de transporte”, completa. Uma das grandes batalhas levantadas pela FIESC nos últimos 15 anos, a execução do Contorno Viário motivou estudos técnicos e muita articulação institucional da entidade. A Federação chamou atenção para o assunto em 2010, quando lançou o primeiro estudo sobre a concessão. Unindo forças com a sociedade catarinense e demais entidades representativas do setor produtivo, além dos veículos de comunicação do estado, a Federação vem monitorando as obras e participando de forma ativa nas discussões que envolvem melhorias nas condições das rodovias catarinenses. Desde a concessão do trecho Norte da BR-101, em 2008, a FIESC realizou diversas análises no Contorno, avaliando tecnicamente o andamento e qualidade da obra. “O Contorno Viário é um projeto que orgulha os engenheiros de todo o país. Suas obras de arte especiais, como os túneis e viadutos, não deixam nada a desejar em relação às rodovias mais modernas do mundo”, avalia o engenheiro e consultor da FIESC Ricardo Saporiti. Responsável pelas análises expeditas, Saporiti acompanhou a luta dos catarinenses pela conclusão do Contorno na primeira fila. “Fico muito satisfeito em ver que, a despeito da espera, temos um trecho de rodovia muito bem executado, de primeira qualidade”, afirma. Para o presidente da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, Egídio Martorano, a saga do Contorno Viário da Grande Florianópolis traz lições importantes para SC. A principal delas é a necessidade de uma gestão eficiente e integrada das áreas lindeiras, ou seja, aquelas que fazem divisa com rodovias. “Agora precisamos seguir vigilantes para evitar que a região do Contorno sofra com o mesmo problema que vemos hoje na BR-101 nos trechos em que ela corta cidades litorâneas, como a Grande Florianópolis, Balneário Camboriú e Itajaí, onde a rodovia se transformou numa via de trânsito local. As cidades afetadas pelo contorno precisam planejar e agir de forma coordenada para evitar a multiplicação de acessos, garantindo a manutenção do Contorno como uma via expressa”, destaca. Outro aprendizado, segundo ele, é a necessidade de iniciativas conjuntas que priorizem o transporte público, especialmente em regiões metropolitanas. “O Contorno deve reduzir os congestionamentos e a lentidão, mas não é solução definitiva para o volume de tráfego naquele trecho da rodovia. A perspectiva de incremento da frota de veículos leves nos próximos anos, alinhada com o crescimento populacional da região, pode tornar esse alívio mais temporário do que gostaríamos”, salienta

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Governo de SC assina protocolo de intenções para obras de alargamento e aprofundamento da Baía da Babitonga estimada em R$ 300 milhões

  O governador Jorginho Mello, de SC, assinou nesta segunda-feira, 3, um protocolo de intenções que tem o objetivo de buscar alternativas para viabilizar a obra de alargamento e aprofundamento da Baía da Babitonga. O Porto de São Francisco do Sul e o Porto Itapoá integram o acordo, que envolve definir o modelo de financiamento, licenças ambientais, contratação, execução e acompanhamento dos trabalhos. O protocolo de intenções é a primeira etapa para viabilizar o custeio da obra, orçada em aproximadamente R$ 300 milhões, em modelagem inédita no Brasil. O governador Jorginho Mello disse que esse passo dado nesta segunda-feira será fundamental para aumentar ainda mais o potencial dos portos da região Norte.   “A infraestrutura de Santa Catarina já está diferente e será ainda mais eficiente no nosso governo. Estamos falando em entregar duas grandes obras: o alargamento da Baía da Babitonga e também o alargamento da praia de Itapoá”, acrescentou.   A próxima etapa prevê  o seguimento do processo no Ministério dos Portos e Aeroportos (MPor) e na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). A ideia, segundo o governo do estado, é licitar a contratação da obra ainda no ano de 2024.   ‘’É uma obra de fundamental importância para garantir a competitividade dos portos diante da modernização que o mercado vem vivenciando. Além disso, esta parceria entre o governo do estado e a iniciativa privada servirá de exemplo para que outros projetos de grande porte possam ser executados’’, reitera o secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins.   Com a obra de dragagem de aprofundamento e alargamento do canal externo que dá acesso aos Portos de São Francisco do Sul e de Itapoá a profundidade passará dos atuais 14 metros para 16 metros e permitirá a navegação de embarcações de até 366 metros de comprimento. Hoje o complexo portuário recebe navios com até 310 metros de comprimento.   O presidente do Porto de São Francisco do Sul, Cleverton Vieira, reforça que a obra permite que o Estado preserve a sua condição logística diferenciada, mantendo as cargas que movimenta hoje e possibilitando a atração de novos negócios. ‘’Isso gera receita, renda e desenvolvimento para o Estado, uma vez que vai permitir que o Porto Itapoá receba os maiores conteineiros que navegam na costa brasileira. E para o Porto de São Francisco é uma obra extremamente relevante já que vai assegurar uma maior segurança à navegação, assim como a possibilidade de ganhos de eficiência na movimentação de navios de grande calado, tanto graneleiros, quanto de carga geral’’.   Para o presidente do Porto de Itapoá, Cássio José Schreiner, esse projeto vai se refletir em mais renda, geração de empregos e o desenvolvimento ainda maior de toda a região. “Essa obra vai trazer um grande avanço para os próximos anos nas operações portuárias. A indústria que é muito forte em Santa Catarina precisa dessa estrutura para escoar a produção. Aumentando essa área do canal vai permitir a chegada de navios maiores. Além disso, a areia que for dragada com a obra será usada no alargamento de faixa de areia”, destacou Schreiner. Porto de Itapoá A obra já conta com licença ambiental prévia, emitida pelo Ibama. A primeira etapa será a suavização da curva do canal para melhorar a segurança da navegação. Depois haverá o alargamento do canal de acesso externo e o realinhamento do seu trecho inicial, executando o aprofundamento para 16 metros. Parte da areia dragada será utilizada para o engordamento da faixa de areia da orla do município de Itapoá que, nos últimos anos, tem sofrido com erosão marítima. Será a primeira vez no Brasil que os sedimentos de uma dragagem portuária terão como destino o alargamento de uma praia.     (Assessoria de imprensa SPAF)

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Luft Logística lança campanha de doações para comunidades afetadas pelas cheias no RS

A Luft Logistics, fundada em 1975 em Santa Rosa (RS),  está presente no apoio às comunidades atingiadas pelas recentes enchentes  no Rio Grande do Sul.  A empresa lançou uma ampla campanha emergencial de doações e passou a receber, em seu centro de distribuição (CD) emergencial em Cajamar (SP), a partir de 5 de maio, toneladas de doações. O objetivo foi o de fornecer apoio essencial às comunidades afetadas. Entre os itens recebidos para envio ao RS constam água, roupas, alimentos e cestas básicas, colchões, cadeiras de rodas, medicamentos, materiais de limpeza, kits de higiene pessoal, fraldas, leite infantil e ração. Até agora, 1170 toneladas de suprimentos vitais já foram levadas ao RS pela Luft, em 8 carretas, 22 rodotrens e 2 vans. A assistência tem sido direcionada às áreas gravemente afetadas, como Cachoeirinha, Canoas, Eldorado do Sul, Passo Fundo, Porto Alegre e Vale do Taquari. Mais de 30 colaboradores dedicados trabalharam incansavelmente na triagem, organização, processamento e envio dos donativos. Foram 516 toneladas de água, 73 toneladas de cestas básicas, 43 toneladas de alimentos, 2.884 colchões, 0,8 tonelada de medicamentos, 5,8 toneladas de produtos de higiene e limpeza, 160 cadeiras de rodas, 8,6 toneladas de ração, 4 toneladas de leite infantil, 28 toneladas de roupas, 58 pallets de fraldas, 4 toneladas de roupas de cama e 45 toneladas de outros itens. Ação coordenada com a Defesa Civil e entidades locais  Os envios das doações têm sido feitos de acordo com as necessidades da Defesa Civil do RS e de entidades locais, como a ACIR (Associação do Comércio e Indústria da Restinga), a Sociedade Libanesa de Porto Alegre e a Associação de Jovens Empresários de Porto Alegre (AJEPOA). “A magnitude desta tragédia exigiu uma resposta imediata e abrangente. Inspirados pela missão de servir, lançamos uma campanha de doações sem precedentes. Agradecemos o empenho dos nossos colaboradores e a ajuda de todos os doadores e voluntários, que foram muitos, desde pessoas físicas até empresas dos mais diferentes portes”, afirmou Luciano Luft, CEO da Luft Logistics. Devido às generosas doações, o CD atingiu sua capacidade máxima e a operação no CD emergencial da companhia está focada em entregar as doações que ainda não foram enviadas, de acordo com um trabalho coordenado com a Defesa Civil e entidades locais do RS. A Luft Logistics segue comprometida em continuar apoiando o Rio Grande do Sul durante este período desafiador. “Este esforço conjunto é um testemunho do espírito resiliente do povo brasileiro”, conclui Luciano Luft.  

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A infraestrutura brasileira de contêineres está no limite”, diz a ANTAQ

“A infraestrutura brasileira de contêineres está no limite” Foi o que afirmou Maurício Medeiros de Souza, chefe da regional Florianópolis da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), durante reunião na Federação das Indústrias de SC (FIESC). “Qualquer situação climática, qualquer pequeno acidente em um terminal gera caos. Precisamos investir em novas instalações, aumentar a capacidade de armazenamento, fazer o investimento em dragagem. Nem o básico está sendo feito”, acrescentou. Para o diretor executivo do Centronave, Cláudio Loureiro de Souza, a situação é  “dramática”. O representante da associação que reúne as 19 maiores empresas de navegação de longo curso em operação no Brasil explicou que os portos brasileiros estão 15 anos defasados e atrasados em seis gerações em relação aos navios hoje disponíveis, considerando também os cargueiros encomendados e em produção em estaleiros. “Hoje estamos operando com navios que comportam 11,5 mil TEUs. Mesmo esses navios menores, em relação ao resto da frota mundial, entram no país com capacidade de carga reduzida, o que os torna menos eficientes não só no volume de cargas mas também no consumo de energia”, explicou. Na avaliação de Luiz Carlos dos Santos Bertechini, gerente comercial da Evergreen, o armador também sofre com os problemas enfrentados hoje nos portos catarinenses. “Quando temos um navio colocado em espera para atracar, atrasamos não só as cargas que seriam destinadas àquele porto, mas também todos os demais”, explicou. A falta de janelas de atracação dos navios, motivadas por eventos climáticos, falta de dragagem ou ainda questões operacionais dos portos são situações que também prejudicam os armadores. Integração A líder para a América Latina da Maersk, Ana Carolina Albuquerque, explica que toda a cadeia é afetada pela falta de investimentos em expansão e melhorias nos portos catarinenses. “Precisamos de soluções integradas para termos confiabilidade dos serviços. O problema não está na frota. O maior problema é a infraestrutura”, destacou. A percepção foi reforçada pelo presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, que destacou a necessidade de se pensar na logística de forma integrada. “Não podemos esquecer de que as nossas rodovias precisam estar em boas condições e com capacidade adequada para atender a demanda e fazer a conexão entre o setor produtivo e o porto”, salientou. No caso das rotas operadas pela Maersk em SC, os navios trabalham com menor capacidade, dadas as restrições de calado. “A dragagem é essencial para navios carregarem mais contêineres, mas situações como a limitação noturna em Itapoá, Itajaí em período de transição, greves de servidores e a falta de licenças também afetam a operação dos armadores”, explicou Ana Carolina. Medidas em curso Para minimizar os impactos para a indústria, os armadores têm tomado medidas como a negociação de contratos com clientes em caso de “demurrage”, entre outras situações. Para Loureiro, da Centronave, os armadores não têm intenção de dificultar a relação comercial e estão  abertos a negociar situações emergenciais. No caso da Evergreen, as duas linhas que operam ligando SC à Ásia estão sofrendo mudanças, numa tentativa de mitigar os recorrentes problemas de atrasos, janela e problemas de atracação. Reduzir escalas está entre as alterações que estão sendo implementadas. A Maersk também está realizando ajustes operacionais para priorizar carga cheia, numa iniciativa de favorecer a vazão na produção. A empresa também alterou escalas em outros lugares do mundo para continuar atendendo SC. “Estamos reforçando com as autoridades as necessidades de licenças e de aprofundarmos as dragagens para 17m, para que navios maiores e mais eficientes possam atracar”, destacou. A Maersk explicou que, com a dragagem adequada e investimentos para ampliar o calado, poderia-se aumentar a oferta de movimentação de contêineres em 2500 TEUs por escala. O secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias de SC, Beto Martins, explicou que o estado está se mobilizando para ajudar Itapoá a encontrar uma solução para a Baía da Babitonga. “Estamos construindo um modelo de parceria entre o poder público e o privado em um case que pode ser referência em infraestrutura pro Brasil”, afirmou. (Assessoria de imprensa FIESC)

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Porto Itapoá passa a operar com um dos maiores pátios de contêineres do país, com capacidade de 2 milhões de TEUs

O Porto Itapoá, de Itapoá (SC), passou a operar com um dos maiores pátios de contêineres do país, com uma capacidade de movimentação para 2 milhões de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) por ano. Essa ampliação faz parte da terceira fase do programa de expansão do terminal, que demandou recursos de RS$ 815 milhões, cujos recursos foram  aplicados na ampliação de 200 mil m² de pátio, para 455 mil m², e a construção de um armazém de 8 mil m². O investimento inclui também a aquisição de grandes equipamentos  –  é o primeiro porto da América do Sul a operar RTGs (guindastes sobre rodas) híbridos controlados remotamente – e ampliação dos berços de atracação de 800m para 1.210m. O  Porto Itapoá já investiu R$ 2,5 bilhões e para os próximos anos estão planejados mais de R$ 2 bilhões. “Já estamos planejando as obras para adicionar mais pátio, mais píer, mais equipamentos e ainda muito mais pessoas”, informou o presidente do Terminal Cássio Schreiner. Schreiner aponta que para esses investimentos se concretizarem é fundamental que projetos estruturantes sejam priorizados. “Temos trabalhado em conjunto com          governo federal, governo estadual e autoridade portuária de São Francisco do Sul para viabilização do projeto de dragagem do canal de acesso à Baía da Babitonga  – que movimenta mais de 60% das cargas portuárias do estado de Santa Catarina”, relatou. Ranking O Porto de Itapoá situa-se na 4ª posição no ranking Desempenho Aquaviário 2023 de acordo com a ANTAQ (Agência de Transportes Aquaviários). Foi o terminal de contêineres de uso privado com maior crescimento do Brasil no ano de 2023, com um aumento de 20,3% na movimentação em relação a 2022. Os investimentos não pararam nos últimos anos, atendendo a demanda e conferindo um ritmo de crescimento acelerado ao empreendimento. Em dezembro chegaram novos equipamentos do Terminal: um novo portêiner, de 50m de altura, e dez novos RTGs híbridos controlados remotamente, os quais totalizaram investimentos de US$ 40 milhões. Com as obras de ampliação de sua estrutura física, passando pelos significativos investimentos em tecnologia e inovação, o Porto Itapoá ultrapassou a marca de 1 milhão de TEUs movimentados em um ano Carga Do total de cargas movimentadas pelo Porto Itapoá, cerca de 50% são de empresas de outros estados que buscam a eficiência do terminal catarinense, principalmente para a importação de eletrônicos, entre outros itens. A outra metade da movimentação é de cargas de companhias de Santa Catarina, incluindo automóveis e autopeças, motores elétricos, metal mecânica, linha branca e exportação de carga frigorificada, atendendo a forte agroindústria do estado. Especialistas em inteligência de mercado estimam que, em 10 anos, a área de influência direta do Complexo da Babitonga tem potencial de saltar de 16 para 48 empresas portuárias e retroportuárias com investimentos privados diretos que podem chegar à casa dos R$ 15 bilhões, passar de uma geração de renda anual de R$ 300 milhões para R$ 1,8 bilhão e saltar dos atuais 8.500 empregos para 45 mil oportunidades de novas vagas. Futuro Para suportar esse crescimento do Complexo Portuário da Babitonga  e habilitar-se aos maiores navios da navegação comercial mundial, estão sendo definidos grandes projetos de infraestrutura logística. O Porto Itapoá trabalha em parceria com o Porto de São Francisco do Sul, que está à frente do projeto de dragagem de aprofundamento do canal de acesso à Baía. Essa obra vai ampliar de 14 metros para 16 metros a profundidade do calado dos navios, permitindo receber grandes embarcações de até 400 metros. Serão necessários investimentos de R$ 300 milhões. (Com assessoria de imprensa do Porto de Itapoá).

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Investimentos privados recuperam a infraestrutura do Brasil

  Desde 2021, os investimentos em infraestrutura no país vêm crescendo ano a ano. Essa melhora é resultado direto da participação de empresas privadas, conforme aponta a análise da Tendências Consultoria sobre as perspectivas de investimentos no setor, feita com base em dados prévios do BNDES e da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB). Em 2023, 78% dos investimentos em projetos de Transporte e Logística, Saneamento Básico, Energia Elétrica e Telecomunicações partiram de empresas privadas, enquanto apenas 22% vieram do setor público. Segundo Walter de Vitto, sócio da Tendências Consultoria, o país investe entre 15% e 16% do PIB em projetos de infraestrutura, valor abaixo do considerado ideal pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para um país emergente, que seria entre 20% e 21% do PIB nacional. Ele explica: “Podemos dizer que esse cenário, proporcionado pela iniciativa privada, está diretamente atrelado às melhorias do ambiente macroeconômico e à continuidade dos avanços na esfera regulatória, como a aprovação de importantes marcos setoriais, como os de saneamento, gás e ferrovias”. Com o novo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e a retomada de investimentos do governo federal (PEC da Transição e novo Arcabouço Fiscal), a perspectiva é de crescimento para os investimentos em infraestrutura, com suporte de juros em queda, mercado de capitais ativo e perspectiva de crescimento moderado do PIB. “Com um ritmo moderado de crescimento e os juros reais recuando de uma média de 8,3% em 2023 para 4,5% em 2028, a expectativa é aumento dos incentivos para investimentos e consumo”, antecipa Walter. Setor privado garante 58% dos investimentos do Novo PAC  O anúncio do Novo PAC, realizado em agosto do ano passado, reforçou a expectativa da coexistência entre investimentos públicos e privados. De acordo com a análise da Tendências Consultoria, 58% dos investimentos previstos no plano virão da área privada, 22% do setor público e 20% de investimento estatal. “A intenção é que haja a contratação de R$ 1,7 trilhão em investimentos, dos quais R$ 1,4 trilhão seriam executados até 2026. Parte dos investimentos privados previstos no Novo PAC advém de concessões já definidas em leilões que ocorreram nos governos anteriores. Para os setores de ferrovias e aeroportos, por exemplo, quase a totalidade dos investimentos privados previstos referem-se a concessões existentes”, explica Matheus Ferreira, economista e consultor da Tendências. Em termos regionais, dados da Tendências apontam que o Sudeste e o Nordeste terão maior concentração de investimentos através do Novo PAC. Pernambuco deve receber mais de R$ 130 bilhões em investimentos, sobretudo nos setores de Petróleo e Gás e Transmissão de Energia. Já no Sudeste, o estado do Rio de Janeiro deve receber mais de R$ 340 bilhões em investimentos, principalmente no setor de Petróleo e Gás. São Paulo e Minas Gerais receberão investimentos para os setores de Energia, Habitação, Saneamento e Mobilidade Urbana. Impactos da reforma tributária no setor de infraestrutura   Segundo a Tendências, existe uma expectativa de que a reforma tributária será benéfica para a indústria, que tem uma cadeia produtiva longa. As maiores dúvidas recaem sobre os setores, projetos e empresas que (i) apresentam cadeias menores; (ii) possuíam benefícios tributários que poderão não contar com um substituto na regulamentação em curso; e/ou (iii) não integram o rol de atividades com regime específico que prevê reduções sobre a alíquota de referência. O setor de infraestrutura é um exemplo: segmentos relevantes como saneamento básico, concessões de rodovias e aviação civil comercial ficaram de fora do regime específico. Diante disso, a reforma irá afetar os contratos já existentes, tenham eles ou não previsão de Reequilíbrio Econômico-Financeiro (REF). “Entendemos que o caminho ideal seria garantir um regime de transição com a alíquota efetiva inalterada enquanto durar o projeto. Ou então, até um movimento antecipado do setor para definir as métricas e o arcabouço necessário para que os REFs sejam implementados tempestivamente”, explica André Paiva, consultor da Tendências. Nesse sentido, a indefinição do texto-base da reforma quanto a aspectos específicos que afetam a mecânica de incidência dos tributos sobre tais contratos traz incertezas sobre a elaboração de projeções, a forma de modelagem financeira e os mecanismos de reequilíbrio a serem considerados. Fábio Tieppo, consultor da Tendências, destaca alguns pontos que podem afetar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos do setor, entre eles o que poderá ser considerado para o cálculo do REF: “O impacto mais direto está relacionado com a alteração da alíquota efetiva. Mas não podemos esquecer que existirão outros, como os efeitos na composição dos preços da cadeia, que irão alterar a estrutura de custos dos projetos; custos adicionais relacionados à adaptação, como aquisição e integração de sistemas etc.; além de efeitos indiretos dentro do próprio fluxo de caixa, como a alteração na base e o cálculo do IR/CSLL, a necessidade de capital de giro, entre outros”.

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Estados do Cosud definem posição sobre renovação da Malha Sul em agenda no Ministério dos Transportes no dia 14 de maio

 Reunidos nesta quinta-feira em Curitiba,no Palácio Iguaçu, os estados do Cosud  (Consórcio de Integração Sul e Sudeste) decidiram elaborar um termo de referência para a contratação de um estudo de demanda  de cargas da Malha Sul. Dados disponíveis do Anuário Ferroviário da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) indicam trechos com tráfego interrompido, sem atividade por razões diversas. Somados, chegam ao total de 2.280 quilômetros, o que corresponde a 31,6% da extensão total. Entre 2006 e 2023 o transporte de carga em toda a Malha Sul sofreu uma redução em 26%. Os estados também pretendem apresentar uma proposta para o processo da nova concessão ao Ministério dos Transportes. O atual contrato da iniciativa privada com o governo federal, de 7.223 quilômetros de extensão, se encerra em fevereiro de 2027. “Vamos analisar em conjunto uma proposta a ser apresentada para o governo federal”, destacou o vice-governador do Paraná, Darci Piana. “Uma boa malha ferroviária é boa inclusive para imprevistos. Com o volume de chuvas que tivemos recentemente, por exemplo, o setor produtivo acabou prejudicado. Se tivéssemos um sistema ferroviário mais eficiente teríamos sofrido muito menos”. Gabriel Souza, vice-governador do RS, destacou a necessidade urgente de novos investimentos nesse modal. “Queremos melhorar a eficiência da Malha Sul”, afirmou. NOVA LICITAÇÃO “Está claro que estamos abaixo de 50% de utilização e isso está causando grandes custos para a nossa economia”, disse  o secretário da Portos, Aeroportos e Ferrovias de Santa Catarina, Beto Martins. “Contribuímos muito para o Brasil, com indústrias fortes, logística de peso nos aeroportos e portos e estamos com uma trava na área ferroviária que precisa ser resolvida”. O GT das Ferrovias foi criado na última reunião do Cosud realizada em março, em Porto Alegre, com o objetivo de buscar a união dos estados em torno do desenvolvimento deste modal, considerado de fundamental importância para a logística de transportes. (Com assessorias de imprensa do Paraná e Santa Catarina)    

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Professor Senna é o novo articulista do portal MODAL; o abismo da infraestrutura brasileira: desafios e perspectivas

Um dos maiores conhecedores do setor de infraestrutura do país, o professor Luiz Afonso dos Santos Senna, PhD pelo Institute of Transport Studies (ITS), da University of Leeds, 67 anos, que atua como consultor na mesma área, é o novo articulista do portal MODAL. Com artigos mensais, o professor vai trazer para a discussão grandes temas da infraestrutura, além de contribuir para o seu desenvolvimento em municípios, estados e país. Senna também pretende escrever sobre benchmarks nacionais e internacionais que balizem os tomadores de decisão, públicos e privados, a produzirem a melhor e mais atualizada infraestrutura. “Sem ser excessivamente ambiciosos, buscaremos produzir textos que inspirem e façam a diferença”, diz. Déficit colossal O professor Senna traça um panorama preocupante da infraestrutura nacional, classificando o hiato como “absurdamente grande”. A situação precária das rodovias, com apenas 12% pavimentados, muitos dos quais em mau estado, ilustra o desafio.  “Essa carência limita o crescimento econômico e impacta negativamente a União, estados e municípios”, assinala. Novo PAC: investimentos aquém do necessário Embora o Novo PAC, de R$ 1,7 trilhão a serem aplicados até 2026, represente um passo positivo, os investimentos ainda estão distantes do ideal, segundo Senna. Dos R$ 185,8 bilhões previstos para rodovias, R$ 50,8 bilhões se referem a concessões já existentes. No setor ferroviário, a situação se repete: R$ 88,2 bilhões dos R$ 94,2 bilhões previstos estão atrelados a concessões preexistentes. Em resumo, observa Senna, os investimentos realmente novos são insuficientes para suprir o déficit colossal de infraestrutura do país. O paradoxo da crise fiscal Senna reconhece que a situação fiscal do país limita os investimentos, mas propõe alternativa. Uma ideia seria semelhante à  reserva de dinheiro público para o financiamento de campanhas eleitorais.  Ressalta, todavia, que a escala dos investimentos necessários é muito superior ao montante aprovado para este ano de R$ 4,9  bilhões. “O fato é que o parlamento precisa assumir um papel proativo e priorizar a infraestrutura como um investimento fundamental para o futuro do Brasil”, assinala.      

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PAC da Integração’ mobiliza 11 estados brasileiros, com financiamentos de cerca de US$ 10 bilhões de bancos multilaterais

O governo brasileiro intensificou as negociações com países vizinhos para afinar a agenda de integração sul-americana, também conhecida como “PAC da Integração”. O plano consiste na criação de cinco rotas para incentivar o comércio nacional com países da América do Sul e a reduzir de forma significativa o tempo e o custo do transporte de mercadorias para a Ásia, via oceano Pacífico. O projeto foi desenhado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), que mapeou as rotas com o apoio dos 11 Estados brasileiros que fazem fronteira com países sulamericanos – e agora busca a validação desses países para fazer eventuais ajustes e avançar nessa agenda. As obras – que incluem rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias – serão financiadas por bancos e instituições multilaterais: Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), além do brasileiro BNDES, que juntos separaram US$ 10 bilhões (por volta de R$ 50,1 bilhões) para esses projetos. Serão US$ 3,4 bilhões (R$ 17 bilhões) do BID, US$ 3 bilhões (R$ 15 bilhões) de CAF e de BNDES e mais US$ 600 milhões (R$ 3 bilhões) do Fonplata. Os recursos do BNDES são restritos a obras no Brasil, que já estão listadas no PAC, uma vez que o banco não tem autorização atualmente para financiar obras no exterior. A rota do “PAC da Integração” desenhada propõe a integração de quatro estados brasileiros (AM, AP, PA e RR) com os vizinhos ao norte. Um dos projetos é a revitalização da BR-174, em Roraima, que está prevista no PAC e ajudará no escoamento da produção do Estado e dos produtos da Zona Franca de Manaus. Dentro da Guiana, a demanda é pela pavimentação de uma rodovia de 330 quilômetros que sai de Bonfim (RR) e ajudaria nesse escoamento. A rota 1 contempla ainda o Porto de Santana, no Amapá, também conhecido como Porto das Guianas, cuja concessão está prevista para este ano. Também faz parte dessa rota a extensão do linhão de Tucuruí até Boa Vista, com o objetivo de integrar Roraima ao sistema elétrico nacional. Além da questão ambiental – uma vez que hoje o Estado é abastecido por termoelétricas, que são caras e mais poluentes –, essa medida também tem o potencial de baratear a conta de luz para toda a população, que hoje paga subsídios. A expectativa de conclusão, após acordo de compensação com comunidades indígenas, é 2026. Outra obra prevista no PAC é a alça de acesso à ponte binacional de Porto Murtinho, na divisa do Mato Grosso do Sul com o Paraguai. “Ela está 55% concluída e vai ficar 100% concluída no primeiro semestre de 2025. É a primeira obra financiada por Itaipu fora de Itaipu”, diz o secretário. Ela integra a rota 4, que parte de Campo Grande, cruza o Paraguai, passa pelo norte da Argentina e desemboca nos portos chilenos, ajudando o escoamento de produtos pelo Pacífico, sobretudo grãos. Deverá ser a primeira das cinco rotas a ser entregue, com previsão para 2025. “A alça de acesso à ponte é uma das maiores obras do PAC. São R$ 425 milhões e a ordem de serviço foi assinada em dezembro”, afirma. Lagoa Mirim A rota 5, que contempla os pampas, já existe, porém será revitalizada. Já foi dada a ordem de serviço da dragagem da Lagoa Mirim, uma das maiores hidrovias do país. “A gente vai modernizar com a dragagem para permitir o fluxo de comércio e também de turismo: será possível ir de Montevidéu até Porto Alegre por hidrovia”, diz Villaverde. A entrega da rota 5 está prevista para o fim do mandato de Lula, assim como a rota 2, que parte de Manaus por hidrovia pela Colômbia até desembocar, por rodovia, no porto de Manta, no Equador. Já as obras da rota 3, que integra Acre, Rondônia e Mato Grosso com portos do Peru e do norte do Chile, passando também pela Bolívia, são as mais longevas e devem ser concluídas até o final da década. O Estado de S. Paulo. ANNA CAROLINA PAPP MARIANA CARNEIRO  

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Nordeste impulsiona o boom do transporte rodoviário de cargas fracionadas no Brasi

O mercado de transporte rodoviário de cargas no Brasil está em franca expansão, especialmente no segmento de cargas fracionadas. O Nordeste, em particular, se destaca como um dos principais motores desse crescimento, impulsionado pelo e-commerce e pela necessidade de entregas rápidas e eficientes. Particularmente expressivo foi o desempenho nas rotas que ligam São Paulo às capitais da Região Nordeste, segundo Célio Martins, gerente de novos negócios da Transvias. Martins relata um aumento expressivo no volume de consultas e movimentações, especialmente para Salvador, Fortaleza, Recife, São Luís e Maceió, refletindo uma retomada econômica e um aumento na demanda por transporte de cargas fracionadas. O comércio eletrônico, com vendas projetadas em R$ 500 bilhões para 2023 e um crescimento estimado de 20% em relação ao ano anterior, tem sido um motor para o aumento da demanda por transporte de cargas fracionadas, especialmente no Nordeste, onde se espera um crescimento de 25% nas vendas do e-commerce, diz Martins. . Dados da Transvias mostram um crescimento robusto nas rotas de São Paulo para as capitais nordestinas, com aumentos significativos: Salvador (101,12%), Fortaleza (93,20%), Recife (96,97%), São Luís (43,02%) e Maceió (97,24%), entre dezembro de 2023 e março de 2024, comparado ao mesmo período do ano anterior. Este crescimento é atribuído ao aumento do comércio eletrônico e à vitalidade econômica do setor de transporte, que viu o PIB do setor crescer 1,2% no primeiro trimestre de 2023 Martins reforça a importância dos investimentos para acompanhar a demanda crescente, especialmente nas rotas entre São Paulo e o Nordeste “Precisamos garantir que a infraestrutura acompanhe essa demanda crescente”, afirma. “Investimentos em rodovias, tecnologia e eficiência logística serão cruciais para sustentar esse crescimento no longo prazo.” Crescimento expressivo nas rotas para o Nordeste: Salvador: 101,12% Fortaleza: 93,20% Recife: 96,97% São Luís: 43,02% Maceió: 97,24% E-commerce :  Vendas online projetadas em R$ 500 bilhões para 2023: Crescimento de 20% em relação a 2022. Nordeste: crescimento de 25%. Retomada econômica: Aumento da demanda por produtos e serviços. Investimentos em infraestrutura e tecnologia: Cruciais para sustentar o crescimento no longo prazo: Melhoria das rodovias. Adoção de novas tecnologias. Otimização da logística. Oportunidades para o futuro: O Nordeste se consolida como um polo de crescimento: Aumento da demanda por transporte de cargas fracionadas. Investimentos em infraestrutura e logística. Novas oportunidades para empresas do setor.  

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Como o blockchain coopera na transparência e segurança do setor logístico?

O blockchain, mecanismo avançado que permite o compartilhamento seguro de dados de transações na rede de uma empresa e entre comparações, já foi incorporado pelo mercado internacional como ferramenta essencial para garantir transparência e segurança aos envolvidos em transações comerciais. A tecnologia revolucionou diversos setores, entre eles a Logística. Com sua capacidade de criar um registro imutável e descentralizado de transações, o blockchain oferece uma série de benefícios para a cadeia de suprimentos, tornando-a mais eficiente, transparente e segura. Ao “blindar” as operações de uma operação logística, criando blocos interligados, não há como excluir ou modificar informações sem a autorização da rede de envolvidos, impossibilitando ações não autorizadas. Sendo assim, é uma tecnologia que auxilia com grande eficiência no monitoramento compartilhado de pedidos, pagamentos, documentos, evolução da operação logística, entre outros processos. Este é um dos assuntos que será tratado no Interlog Summit, evento de conteúdo que acontece na Intermodal South America, que será realizado entre os dias 5 e 7 de março de 2024, no São Paulo Expo, em São Paulo (SP). A feira é o maior encontro do setor de transporte de cargas, logística, intralogística, soluções em tecnologia, equipamentos e serviços e Comex da América do Sul e reúne este ano mais de 500 marcas expositoras de 15 países. No Interlog Summit, evento composto pelo Congresso Intermodal e pela Conferência Nacional de Logística, que tem curadoria da ABRALOG (Associação Brasileira de Logística), serão tratados diversas temáticas relacionadas às principais tendências do setor, entre elas a tecnologia e a inovação. 5 principais benefícios do blockchain na Logística O blockchain traz uma série de benefícios para a logística, desde a rastreabilidade e transparência na cadeia de suprimentos até a redução de intermediários, custos e aprimoramento da segurança e gestão de estoques. Com sua capacidade de criar um ambiente confiável e descentralizado, o blockchain está transformando como os negócios são conduzidos no setor, trazendo eficiência, segurança e inovação. Rastreabilidade e transparência Uma das maiores vantagens do blockchain na logística é a capacidade de rastrear e verificar a procedência de produtos ao longo de toda a cadeia de suprimentos. Com o uso de registros imutáveis e transparentes, é possível garantir a autenticidade e a integridade das informações, eliminando a possibilidade de fraudes e falsificações. Isso traz confiança tanto para os consumidores, que podem verificar a origem dos produtos, quanto para as empresas, que podem monitorar o fluxo de mercadorias de forma mais precisa. Redução de intermediários e custos O blockchain permite a realização de transações diretas entre os participantes da cadeia de suprimentos, eliminando a necessidade de intermediários e reduzindo os custos associados a eles. Com contratos inteligentes, é possível automatizar processos e acordos entre as partes, agilizando as transações e diminuindo os custos operacionais. Além disso, a eliminação de intermediários, também, reduz a burocracia e os prazos de entrega, melhorando a eficiência logística na totalidade. Maior segurança e proteção de dados A segurança é um aspecto crítico na logística, especialmente, quando se trata de informações sensíveis, como dados de clientes, detalhes de pagamentos e registros de transporte. O blockchain oferece uma camada adicional de segurança, uma vez que as informações são criptografadas e distribuídas em uma rede descentralizada. Isso dificulta ataques cibernéticos e garante a proteção dos dados, evitando vazamentos e fraudes. Agilidade nos processos de auditoria A auditoria é uma parte fundamental da logística, mas pode ser um processo demorado e complexo. Com o blockchain, as informações são registradas de forma transparente e confiável, facilitando a realização de auditorias e a verificação da conformidade com regulamentações e padrões de qualidade. Isso permite uma tomada de decisão mais rápida e precisa, além de facilitar a identificação de eventuais problemas ou irregularidades na cadeia de suprimentos. Melhoria na gestão de estoques O blockchain, também, pode contribuir para uma melhor gestão de estoques, permitindo um acompanhamento mais eficiente dos produtos em tempo real. Com a utilização de sensores e dispositivos de Internet das Coisas (IoT), é possível monitorar as condições de armazenamento, a temperatura e o nível de estoque, garantindo a qualidade dos produtos e evitando perdas e desperdícios.

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MRS investe mais de R$ 1 bilhão em vagões no 1º bimestre do ano para renovação da frota e crescimen

  A MRS Logística (MRSA-MB) adquiriu 560 vagões do tipo gôndola da GBMX (Greenbrier Maxion), utilizados no fluxo de transporte da mineração. Esses vagões serão entregues até agosto como parte da renovação da frota ferroviária da empresa. Com mais esta aquisição, a MRS investiu, aproximadamente, R$ 1 bilhão no segmento de material rodante apenas nos dois primeiros meses deste ano, lembrando que a empresa anunciou recentemente a compra de 30 locomotivas, que também serão entregues ainda em 2024.   De acordo com Guilherme Segalla de Mello, presidente da MRS Logística, o objetivo da aquisição é integrar à frota uma nova geração de vagões e aumentar a performance da companhia. “Com os novos vagões, vamos potencializar a operação dos clientes, de portos e terminais de cargas realizando a mesma produção com uma produtividade dos ativos maior, mais eficiência energética e redução do consumo de combustível com menos emissões de gases, contribuindo ainda mais para a sustentabilidade. Essa redução no consumo se dá, por exemplo, devido à maior capacidade de carga dos vagões o que, consequentemente, reduz o número de viagens nas nossas ferrovias”, destaca o presidente da MRS Logística.   A redução de custos também é um resultado que impacta não só em questões financeiras da empresa, mas também no chamado “custo Brasil”. Isso porque quanto mais a MRS for capaz de transportar, com menores custos e mais sustentabilidade, maior será a competitividade do Brasil perante o mercado internacional.   Aquisição de locomotivas   Neste ano, a MRS anunciou a aquisição de 30 novas locomotivas da série Evolution, da Wabtec Corporation, para a renovação da atual frota. O negócio foi avaliado em cerca de R$ 500 milhões, com as primeiras entregas já previstas para 2024.   A compra também faz parte da estratégia de renovação da frota ferroviária e reforça a relação de quase 30 anos entre as duas empresas.   Sobre a MRS – A MRS é uma operadora logística que administra uma malha ferroviária de 1.643 km nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, região que concentra cerca da metade do PIB brasileiro. A companhia está entre as melhores ferrovias de carga do mundo, com produção quase quatro vezes superior àquela registrada na década de 90. A malha ferroviária conecta regiões produtoras de commodities minerais e agrícolas a alguns dos principais parques industriais do país aos maiores portos da região Sudeste, o que gera uma operação de transporte diversificada, como contêineres, siderúrgicos, cimento, bauxita, agrícolas, coque, carvão e minério de ferro. Aproximadamente 20% de tudo o que o Brasil exporta e um terço de toda a carga transportada por trens no país passam pelos trilhos da MRS.   Sobre a Greenbrier Maxion – Nascida a partir da FNV (Fábrica Nacional de Vagões), a Greenbrier Maxion atualmente é formada pela união das empresas norte-americanas The Greenbrier Companies e Amsted Rail Inc., além da brasileira Iochpe-Maxion. Localizada em Hortolândia-SP, possui mais de 80 anos de atuação no Brasil, sendo considerada maior operação ferroviária da América do Sul. Possui capacidade de produção acessível e eficiente, com expertise em projetos de vagões de carga, truques, serviços de reforma, adaptação e modernização de vagões e seus componentes.    

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Mulheres na logística: lideranças femininas do Grupo MOVE3 relatam suas experiências no setor

O Grupo MOVE3, que compõe dez marcas líderes em diferentes setores da logística no Brasil, cresceu ao longo dos anos na contramão da maior parte de sua área de atuação. A partir de políticas de contratações afirmativas e atenção para a equidade salarial, a quantidade de mulheres na equipe se mantém próxima da metade, inclusive nos cargos de gerência: elas são 766 espalhadas pelas empresas do grupo, dentre as quais 67 são líderes — um aumento de 5% em relação a 2023. Essa é uma diferença considerável dos dados mais gerais, como o Raio X da Logística no Brasil, do ano passado, desenvolvido pela startup Trackage. Dentre os respondentes da pesquisa, 76,2% são homens e apenas 23,8% são mulheres. No Grupo MOVE3, essas estatísticas se aproximam entre si: 48,5% dos colaboradores são homens e 51,5% são mulheres.   Juliana Vaz, superintendente de Pós Vendas, diz que a presença feminina no ambiente de trabalho, especialmente nos cargos mais altos, evita a sensação de isolamento e motiva o esforço de outras colaboradoras. “Trabalhar em um ambiente inclusivo estimula a carreira de qualquer profissional. Eu comecei minha jornada aqui coordenando uma equipe pequena, com cerca de cinco pessoas, quando o grupo ainda fazia menos de 500 mil envios mensais. Anos depois, superamos a marca de 10 milhões de envios mensais e eu sou responsável por cerca de 100 profissionais. Sou uma  protagonista da minha carreira”, comenta Juliana. Ela trabalha na MOVE3 há nove anos.   Priscila Feliciano Rocha, gerente de Implantação e Rotas, está há mais de sete anos na Flash Courier, uma das principais marcas do grupo, e entende que as ações voltadas para profissionais femininas são o que resulta no sucesso de tantas líderes. “Além de promover diversidade no ambiente de trabalho, o que melhora os resultados de qualquer equipe já que dá espaço a novas ideias e visões, a equidade de gênero reforça que a organização oferece as mesmas condições de trabalho para todas as pessoas. Ainda por cima, também indica para todo o mercado que a sua posição não está limitada a um gênero”, afirma. A mensagem para o mercado é de grande importância para que o setor logístico comece a mudar em grande escala. Muitas vezes, mesmo quando as empresas buscam mulheres para preencher mais vagas, há poucas candidatas em comparação aos homens. Isso torna a mudança mais lenta. Bruna Campos, Gerente de RH, ressalta que é preciso se empenhar para encontrar as colaboradoras certas e que essa procura costuma valer a pena. “Nós priorizamos as entrevistas com elas justamente para encontrar esses talentos escondidos. Já ocorreu de abrirmos uma vaga para gerente de logística, recebermos 28 currículos de homens e apenas 5 de mulheres, e ainda assim foi uma mulher a escolhida no final”, conta. O exemplo de outras profissionais com trajetórias de sucesso pode fazer a diferença para que cada vez mais mulheres se encantem com a área. Quando não há representatividade, podem surgir receios sobre a carreira, além de dúvidas sobre a própria capacidade. Por isso, esforços como os da MOVE3 trazem impactos que reverberam no mercado inteiro. “É possível fazer ainda mais para ajudar as mulheres a se desenvolverem e se destacarem, como programas de mentoria, por exemplo. Mas o que realmente importa é que elas saibam que sua presença no setor, por si só, é importante. Se eu pudesse dar um conselho para quem está começando na logística, é esse: aproveite ao máximo as oportunidades e nunca subestime seu potencial. Deixe essa síndrome de impostora de lado”, conclui Juliana. Grupo MOVE3 está presente no mercado há mais de 30 anos e é referência em logística no Brasil. Sediado em São Bernardo, no ABC Paulista, opera em um espaço de mais de 40 mil m². Entre as empresas que fazem parte do grupo está a FlashCourier, líder no setor bancário e com uma carteira de clientes composta por agências financeiras, bancos, empresas de ingressos, gestoras de benefícios como vale-alimentação, refeição e transporte, planos de saúde, entre outros segmentos, além da Moove+, Moove+ Portugal, a gráfica JallCard, a fintech M3Bank, a startup goX Crossborder, as transportadoras Rodoê, Carriers e Levoo, além da Rede 1 Minuto. Para uma ideia da proporção da operação, atualmente, a malha de distribuição realiza em torno de 10 milhões de entregas por mês. Nos últimos anos, o Grupo MOVE3 investiu pesado em tecnologia e inovação – como robótica, mobile, big data, automação e sharing economy – e no processo de adaptação às novas exigências do governo, em especial as obrigações de CT-e, MDF-e e SPED que, de maneira geral, têm o objetivo de garantir a transparência e a segurança durante o transporte. Além disso, está licenciada para operar no mercado de logística e distribuição de produtos certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), segmento que tem impulsionado ainda mais o crescimento da empresa.

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