China se mantém como o principal destino das exportações do RS

Em 2023, a China manteve-se como o principal destino das exportações do RS, correspondendo a 24,5% do total de exportado de US$ 22,3 bilhões. . Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve expansão de 14,6% das vendas para o país asiático, representando US$ 694,6 milhões.
A lista dos maiores importadores de produtos gaúchos segue com a União Europeia (13,4%), Estados Unidos (9,0%), Argentina (4,9%), Vietnã (3,2%), México (2,9%), Paraguai (2,7%) e Uruguai (2,4%).

Desde 2008, a China é o país mais relevante para as exportações gaúchas, com destaque para soja em grão, carne suína, celulose e fumo não manufaturado. O cenário se explica, principalmente, pelo crescimento da renda média da população chinesa, cujo padrão de consumo avançou ao longo das últimas décadas.

Apesar da queda de 1,3%, correspondente a US$ 293,2 milhões, em relação a 2022,  o desempenho  das exportações gaúchas em 2023 é o segundo maior valor da série histórica, iniciada em 1997.

Mesmo diante da queda nas vendas externas gaúchas, o Rio Grande do Sul manteve-se na sexta posição entre os principais estados exportadores do Brasil, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso e Paraná. Entre todos os estados, o valor das exportações subiu 1,1% ao longo de 2023, enquanto a participação relativa do Rio Grande do Sul caiu 0,2 pontos percentuais, passando para 6,6% do total dos estados brasileiros.

No balanço do ano, a soja em grão manteve-se como o item mais exportado do Estado, com US$ 4,05 bilhões, seguido pelo fumo não manufaturado (US$ 2,29 bilhões) e farelo de soja (US$ 1,81 bilhão). A lista dos dez produtos mais vendidos inclui ainda carne de frango (US$ 1,45 bilhão), cereais (US$ 1,41 bilhão), celulose (US$ 832,6 milhões), carne suína (US$ 637,4 milhões), partes e acessórios dos veículos automotivos (US$ 625,4 milhões), calçados (US$ 623,4 milhões) e polímeros de etileno, em formas primárias (US$ 519,2 milhões).

Os autores do material estatístico são os pesquisadores Ricardo Leães e Flávia Félix Barbosa, que trabalharam a partir dos dados brutos do Sistema ComexStat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Segundo Leães, dois fatores em conjunto foram decisivos para explicar o desempenho nas vendas do estado. Como fator expansivo, a recuperação parcial da produção de grãos no Rio Grande do Sul, em razão da ocorrência de uma estiagem menos severa em relação  à safra anterior, viabilizou maiores volumes embarcados para o exterior.  Como fator restritivo, houve a queda nos preços internacionais das principais commodities agropecuárias.

Os produtos que registraram as maiores altas absolutas nas exportações do Rio Grande do Sul foram soja em grão (mais US$ 747,7 milhões; 22,6%), farelo de soja (mais US$ 328,7 milhões; 22,2%), fumo não manufaturado (mais US$ 299,7 milhões; 15,1%), bombas, centrífugas, compressores de ar, ventiladores, exaustores, aparelhos de filtrar ou depurar e suas partes (mais US$ 236,8 milhões; 906,8%), bovinos e bubalinos vivos (mais US$ 98,7 milhões; 253,7%),  partes e acessórios dos veículos automotivos (mais US$ 84,7 milhões; 15,7%) e armas e munições (mais US$ 65,0 milhões; 38,9%).

Por outro lado, os três produtos que mais apresentaram queda nas exportações no período foram celulose (menos US$ 378,4 milhões; -31,2%), óleo de soja (menos US$ 308,9 milhões; -39,8%) e cereais (menos US$ 302,1 milhões; -17,7%).

 

 

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