Com R$ 6 bilhões de projetos em tramitação, Epcor Energia sinaliza crescente interesse por projetos eólicos no RS dirigidos ao mercado livre

Complexo Corredor do Senandes

Um crescente apetite de players do setor por projetos eólios no RS  está sendo percebido pela Epcor Energia, de Porto Alegre, especializada no desenvolvimento e estruturação de projetos de fonte eólica.

“Com a previsão de entrada em operação das novas Linhas de Transmissão e o incremento da capacidade de conexão, o estado voltou à agenda dos empreendedores”, disse a MODAL o CEO da empresa, Nilo Quaresma Neto.

Atualmente, a Epcor conta em sua carteira com um volume de 430 MW de projetos eólicos com Licenças Prévias (LPs) emitidas e mais 869 MW em processo de licenciamento ambiental de LPs junto à Fepam, num global equivalente a R$ 6 bilhões em investimentos.

Com atuação tradicionalmente voltada para os leilões de energia, a Epcor passa por uma revisão em seu planeamento devido ao interesse dos empreendedores dirigido ao mercado livre. “Neste ano de 2021 estamos direcionando nossos projetos eólicos para o mercado livre, devido ao avanço de algumas negociações com players do setor”, acrescenta. “Acreditamos que os leilões sejam uma alternativa complementar”.

Sobre a tramitação dos pedidos de licenciamento, Quaresma não poupa elogio ao órgão ambiental. “A fonte eólica se apresenta como uma prioridade para o estado do Rio Grande do Sul e nessa linha o órgão ambiental tem realizado um trabalho exemplar”, afirma . “Ao longo dos tempos, houve um aprendizado contínuo nesses processos,  dada a posição importante do setor eólico para o desenvolvimento do RS, considerando que os investimentos são totalmente do setor privado”.

Nilo Quaresma Neto
Nilo Quaresma Neto

Em relação às novas tecnologias, o empresário informa que atualmente os projetos da empresa vem sendo desenvolvidos com aerogeradores de 5 MW . Isso permite, segundo ele, um “melhor aproveitamento das áreas, minimizando a ocupação do solo e obtendo um incremento de performance  de geração de energia”.

Ao avaliar os cenários do RS em termos de conexão,  ele diz que  o estado  já possui plenas condições de competir com os demais,  diante da expansão prevista para o seu sistema que “mostra um horizonte promissor com relação a viabilidade dos investimentos”.

Empresa pioneira no RS, na área de desenvolvimento de projetos de energia elétrica, fundada em 1995, a Epcor desenvolve, no momento, mais 2,3 GW de projetos eólicos somente no RS  e outros 1 GW no estado da Bahia.

No RS, a empresa desenvolveu e estruturou dois parques eólicos:  o Complexo Eólico Corredor do Senandes, com 180 MW, cuja primeira fase está operando comercialmente desde 2014,  totalizando 40 aerogeradores de 2,7 MW, pertencente ao grupo NC, localizados ao sul da praia do Cassino em Rio  Grande.

E o Complexo Eólico Povo Novo, com 52,5 MW, totalizando 25 aerogeradores de 2,1 MW, com obras em andamento, localizado no distrito do Povo Novo (Rio Grande /RS) , pertencente à CEEE-GT.

Um terceiro projeto  desenvolvido e estruturado pela Epcor, o Complexo Eólico Dom Pedrito 220 MW, situado entre os municípios de Bagé e Dom Pedrito,  foi adquirido por um fundo de investimento. A unidade se encontra com LI emitida e em negociação de comercialização de energia no mercado livre.

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