Daer planeja investir R$ 700 milhões neste ano

Rogério Uberti /Divulgação Daer

O diretorgeral do Daer, Rogério Uberti, ainda não tem certeza sobre os valores a serem investidos pela autarquia neste ano. A expectativa é de aportar cerca de R$ 700 milhões, o que representaria um bom avanço em comparação ao ano anterior, quando foram aplicados exatos R$ 420 milhões. Em 2015 o total investido ficou em apenas R$ 232,6 milhões.
Uma vez confirmado esse investimento, o governo Sartori, em seus três primeiros anos de governo, irá completar o acumulado de R$ 1,352,6 bilhão, o que representa uma média em torno de R$ 450 milhões por ano. Dos recursos a serem investidos, a maior parte provém das linhas de financiamento do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), seguido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Tesouro Estadual.

Crema
Somente o Contrato de Restauração e Manutenção de Rodovias (Crema), de recuperação completa, drenagem, sinalização e serviços de manutenção de trechos pavimentados, deverá absorver um total entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões. Estão previstas obras na Serra, Santa Maria e Passo Fundo, em um total de 700 quilômetros.
Até o momento, do programa Crema assinado com o BIRD, correspondente a um global de US$ 222,4 milhões, foram aplicados US$ 61,1 milhões, restando ainda para investimentos US$ 161,3 milhões, segundo dados do Daer.

Acessos municipais  
O programa de Acessos Municipais, que prevê para este ano um investimento de cerca de R$ 100 milhões, deverá encerrar o ano com a conclusão de 26 obras. Para a próxima administração restarão 71 acessos de um total de 104 cujo programa é remanescente do governo Antônio Brito (1995-1999).
Do total do financiamento previsto de R$ 464,5 milhões para essa rubrica,  o BNDES desembolsou até o momento R$ 352,3 milhões, com um total de R$ 112,1 milhões de restos a pagar.

Faixas de domínio
Até o final deste ano, o Daer deverá operacionalizar a cobrança pelo uso das faixas de domínio da malha estadual, entre 6 mil e 7 mil  quilômetros de extensão. A regulamentação da exploração e utilização das faixas de domínio e áreas subjacentes data de 12 de maio de 2005 cujo decreto foi assinado pelo ex-governador Germano Rigotto. A expectativa, segundo Uberti , é de uma receita de cerca de R$ 140 milhões por ano, a partir de 2018.  No momento, o Daer está em processo de licitação para o levantamento cadastral das faixas de domínio. A expectativa, segundo Uberti , é de uma receita de cerca de R4 140 milhões por ano, a partir de 2018.

Balanças de pesagem
O Daer também prepara licitação para a contratação de empresas a serem responsáveis pela fiscalização de pesagem de veículos nas rodovias estaduais sob sua jurisdição por meio de 11 Postos de Pesagem de Veículos (PPVs), o que deve ser implementado até o final deste ano.  Pelo contrato a ser firmado com as empresas, a autarquia deverá pagar uma taxa, o que, segundo Uberti, será plenamente compensada com a redução do custo de manutenção. “A cada 10% de excesso de peso, perdemos 40% de vida útil de um pavimento. Uma rodovia normal leva cinco anos para se degradar, o que se reduz para um ano e meio naquelas com excesso de peso.  Em média, pagamos cerca de R$ 500 mil numa recuperação de pavimento por quilometro, o que dá para perceber a importância dessa medida”, sustentou.

Reestruturação
Já o Programa de Reestruturação do Daer – Gestão Estratégica, iniciado em março de 2016, desenvolvido pela empresa de consultoria NT Consult, está em sua fase final.  O conjunto de ações terá como meta reorganizar internamente a autarquia, de forma a torná-la mais eficiente e alcançar seu objetivo de ser referência nacional, até 2026, na gestão do transporte rodoviário. A medida faz parte de contrapartida ao financiamento de programas de recuperação de rodovias financiado pelo BIRD. A  Atualmente, o Daer conta com um quadro de pessoal formado por cerca de 1.200 funcionários, dos quais cerca de 40% estão perto da aposentadoria. Para substituição desses funcionários, a autarquia deverá realizar concurso público.

Imagem
De acordo com Uberti, graças ao trabalho que vem sendo desempenhado na administração Sartori, a imagem do Daer está mudando de uma forma positiva, o que é percebida pela sociedade. “Há pouco tempo, o Daer estava ameaçado de fechamento. Esse quadro foi substancialmente modificado, graças ao seu protagonismo cujo maior exemplo é a execução do programa Crema. De acordo com a pesquisa da CNT, nossas estradas melhoraram de forma acentuada. Nosso grande desafio será a conclusão da RS-118, o que nenhuma administração anterior conseguiu fazer.”
Não há mais nenhuma rodovia do Daer como queijo suíço?
“Ainda temos rodovias como queijo suíço, mas até o final do ano não terá mais nenhuma”

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