Descarbonização é a principal transformação econômica desde a revolução industrial

 

Economia ambientalmente sustentável, a digitalização e conectividade e as mudanças na geopolítica de suprimentos, provocada pela Guerra Rússia-Ucrânia são os fatores determinantes para a reinvenção da indústria em todo o planeta. Esse conjunto de aspectos foi citado tanto pelo Embaixador da União Europeia no Brasil, Ignácio Ybáñez, quanto por Elizabeth Reynolds, pesquisadora do Massachusetts Institute of Technology, dos Estados Unidos, os dois palestrantes do primeiro painel do Fórum Radar Reinvenção, promovido pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) e aberto nesta terça (23). “A principal transformação econômica após a revolução industrial é justamente essa transição para a economia de carbono zero”, afirmou Reynolds, demonstrando a importância que o tema tem no cenário global atual.

Segundo a pesquisadora, a guerra Rússia-Ucrânia promoveu uma disrupção irremediável na cadeia global de suprimentos. “Não vamos retornar ao modelo que tínhamos anteriormente”, advertiu. Outro tema que a preocupa no cenário global é a desigualdade social. Elizabeth Reynolds observa que se trata de uma situação que vem crescendo ao longo de décadas e à qual estão associados o descrédito de instituições, a elevação de fake news com relação a resultados eleitorais e a diferença entre o crescimento de produtividade e remuneração da força de trabalho. Já os aspectos relacionados à digitalização e conectividade preocupam a pesquisadora especialmente sob a ótica do desenvolvimento e domínio da tecnologia de semicondutores.

Para Ybáñez, a nova configuração política e econômica global passa pelo que chamou de conectividade sustentável e transição verde e digital. Para ele, o acordo entre a União Europeia-Mercosul será um importante instrumento para o desenvolvimento de ambas as regiões. “É muito mais que um acordo comercial; é uma estratégia de parceria na cena mundial”, destacou. “O comércio internacional deve ser justo e servir como plataforma para modernizar e diversificar as nossas economias”, acrescentou, salientando que o acordo deverá criar oportunidades de crescimento para ambas as partes. “Ele não condenará os países do Mercosul ao extrativismo”, exemplificou.

“A pandemia e os diversos eventos nacionais e globais recentes demandam uma postura e uma atitude de resiliência para continuar empreendendo, exigem a continuidade de investimentos, estimulam a integração entre os membros do ecossistema, provocam um olhar sempre criativo e ousado sobre como fazer negócios no mundo e num país complexo como o nosso”, destacou o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, na abertura do evento. Para ele, reinventar consiste em criar frentes, fortalecer o que está funcionando, unir esforços para conquistar espaços inusitados, continuar construindo um mundo melhor e mais sustentável, acreditar na capacidade das pessoas, continuar sonhando cada vez mais alto, mas principalmente transformando os sonhos em realidade. ( Assessoria de Imprensa/FIESC)

 

COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Email
Publicidade