Dragagem no rio Taquari inicia dentro de 60 dias

Barragem em Bom Retiro do Sul Crédito: Divulgação

A Schein Engenharia e Serviço Aquaviários, inicia dentro de sessenta dias a dragagem de cascalho do Rio Taquari, no trecho entre o PK-110, que fica a montante da ponte da RST-287, e o PK-121 junto a barragem de Bom Retiro do Sul. O trabalho faz parte do Lote 2. A licitação foi homologada no início de abril e o contrato assinado no último dia 4. O objetivo é a dragagem continuada pelo período de cinco anos com volume aproximado de movimentação em 150 mil metros cúbicos ao longo da vigência do contrato. O valor total da obra é de R$ 9.0 milhões.

Região industrializada

“A dragagem do rio Taquari é contínua em vista das características hidrológicas que causam assoreamento dos canais ao longo de todo ano”, diz Elói Spohr, coordenador geral da AHSUL (Administração das Hidrovias do Sul), órgão vinculado ao DNIT. O benefício da dragagem, segundo ele, é assegurar o calado da hidrovia permitindo a navegação em segurança até o porto de Estrela. O calado da hidrovia definido no Plano Hidroviário é de 2,5 metros.

O rio Taquari situa-se em uma ampla região industrializada, permitindo o recebimento e envio de cargas para o porto de Rio Grande. A carga predominante é areia, destinada a construção civil e de granéis, como soja, farelo e trigo.

Hidrovia do Mercosul

O tão aguardado edital para dragagem do canal de Sangradouro, para ligação das Lagoas Mirim e dos Patos, primeiro passo para viabilizar a Hidrovia Brasil-Uruguai, conhecida como Hidrovia do Mercosul, ainda não tem previsão para ser publicado. “A elaboração desse edital é conduzida por Brasília. É um trabalho complexo, pois envolve dois países. Tem participação do Itamaraty, difícil fazer previsão”, comenta Elói Spohr, da AHSUL.

A hidrovia possui 1.860 quilômetros de vias navegáveis, e é constituída pelos rios Jacuí, Taquari, Caí, Sinos, Gravataí, Camaquã e Jaguarão, que se ligam à lagoa dos Patos através do Lago Guaíba, com continuidade no canal de São Gonçalo e na Lagoa Mirim e na bacia do rio Uruguai. A Lagoa Mirim, na fronteira, apresenta interesse binacional, uma vez que 74% de sua superfície estão em território brasileiro e o restante no Uruguai.

Novos editais

De acordo com o coordenador geral da AHSUL, outros editais para balizamento, batimetria e gestão ambiental deverão ser lançados ainda neste mês. Os serviços de batimetria e de balizamento serão desenvolvidos no rio Taquari e o de gestão ambiental no rio Taquari e nas barragens operadas pela AHSUL nos rios Jacuí e Taquari. O investimento estimado para estes editais é de quase R$ 18 milhões, dos quais R$ 3,8 milhões para a gestão ambiental, e de R$ 14,0 milhões para a batimetria e balizamento. “Até o final do ano nós deveremos lançar edital para reforma e modernização do andar ocupado pela AHSUL”, diz Elói Spohr.

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