Empresário defende engajamento do RS a favor dos leilões regionais de energia

Ricardo Pigatto/ Divulgação

Apesar de os empreendedores do Rio Grande do Sul poder figurar com reais chances de contratar novas usinas no segundo semestre do ano, quando está previsto a realização do Leilão de Energia Nova A-6, para contratar novos projetos com entrega em 2024 – até esta data o estado deve ter superado o atraso na implantação das linhas de transmissão de responsabilidade da Eletrosul e Shanghai Electric–, o empresário Ricardo Pigatto afirma que o RS precisa se posicionar perante o governo federal no sentido de pleitear os leilões regionais.

Planejamento do setor elétrico prejudica consumidores

 O planejamento do setor elétrico brasileiro, de acordo com Pigatto, é absolutamente equivocado na questão da localização das fontes geradoras que participam dos certames.   “Os leilões de energia têm apenas o foco no menor preço do MWh, sem levar em consideração onde estará localizada a unidade de geração. Isso fez com que se ampliassem as linhas de transmissão no Brasil triplicado o custo da TUST(Tarifa de uso de transmissão e de distribuição do sistema) aos consumidores, aumentando as perdas do sistema e também os riscos”, argumenta.

Apesar da insistência dos empresários com estudos e demonstrações das externalidades desse planejamento equivocado, Pigatto lembra que o poder concedente nunca discutiu o assunto. Por causa disso, ele defende um intenso trabalho politico/institucional para que o Rio Grande do Sul receba a atenção proporcional à sua potencialidade de geração de energia.

Política de atração de investimentos

Sobre as desvantagens do Rio Grande do Sul em comparação a outros estados nos recentes leilões de energia eólica, o empresário defende uma política ousada e intensa, com vertente tributária e expansionista, oferecendo vantagens atrativas para a atração dos fabricantes de turbinas e pás.

Hoje a Bahia, por ter saído na frente em politica de atração de fabricantes, detém 80% dos fabricantes instalados no Brasil e o RS não tem nenhum. Por isso, o estado precisa buscar os leilões regionais e com isso  atrair os fabricantes, afirma.

“Estamos sendo derrotados pelo Nordeste, apesar de determos 40% do potencial eólico do país. Se nada for feito, em quatro anos iremos regredir de 11% da geração nacional para uma participação de apenas 6%”. Hoje, de acordo com o empresário, o RS  é mais competitivo em geração hidráulica por CGHs e PCHs devido às características de nossos rios.

“Entretanto, por mais que tenhamos evoluído na questão dos licenciamentos ambientais, ainda estamos aquém com relação a outros estados, como, por exemplo, Santa Catarina”, conclui.

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