Enerbio começa o ano com obras em duas usinas de biomassa e uma CGH de 1 MW

Luiz Antõnio Leão, CEO da Enerbio

O ano de 2022 promete ser de grandes realizações para a Enerbio-Energia e Meio Ambiente, de Porto Alegre (RS). Em 2021, a empresa obteve a Licença de Instalação para a Usina Termelétrica Litoral Norte, de 5,0 MW, em Capivari do Sul, com casca de arroz como combustível, cujo projeto está programado para iniciar ainda no primeiro semestre.

Nos planos da empresa ainda está incluída outra usina à biomassa com o mesmo insumo, em Uruguaiana, de 5,0 MW de potência instalada. E uma nova CGH, de 1,0 MW, em São Sepé, com início de obras previsto para o segundo semestre.

Na área de centrais hidrelétricas, ela ainda aguarda a emissão de licenças prévias para as CGHs Fortaleza, Di Franco, Serrinha II e São Miguel, além da PCH Duque de Caxias. Os principais investidores são a Creral, Agrosilos, Olfar e Nova Participações.

Em 2021, a empresa cresceu 30% em suas receitas em comparação ao ano anterior, em grande parte devido ao desenvolvimento de projetos de biomassa. Para este ano, a meta é de crescer na faixa de 20%, informou o CEO  Luiz Antônio Leão.

Insumos

Sobre o aumento dos insumos e seus efeitos na construção de PCHs, Leão nota que essas unidades são de pequena escala e qualquer custo adicional repercute no retorno do investimento. “Por isso os projetos devem ser muito bem estudados e planejados, além de exigir uma venda de energia nas melhores condições para garantir os resultados esperados”, indica.

Escassez hídrica

A escassez hídricaé mais um fator que obriga os investidores a um melhor preparo para dimensionar seus investimentos, diz Leão. “Cada vez mais será importante dimensionar um projeto de maneira adequada para que seja possível suportar essas variações na hidrologia, as quais  podem ser previstas e minimizadas”.

O empresário observa ainda que  a recente promulgação da Lei 14.300, chamada Lei da GD, Lei da Geração Distribuída, que normatiza esse segmento, deve atrair investimentos não somente em energia solar fotovoltaica, mas também em CGHs.

“Mesmo que os projetos de geração hidrelétrica tenham alternativas de comercialização de energia no mercado livre e por meio de leilões, as CGHs poderão negociar na GD dentro das regras estabelecidas, o que se configura como mais uma alternativa de comercialização de sua energia gerada”.

Leão permanece otimista quanto aos cenários do setor elétrico para este ano e lembra que está previsto o avanço de temas importantes, como a transição energética, a criação dos prossumidores de energia (instalação de unidades de geração elétrica no estabelecimento do consumidor), a segurança energética devido ao aumento da geração de fontes renováveis em áreas de menor carga no país.

Sobre a participação de projetos de PCHs e CGHs do Rio Grande do Sul nos leilões deste ano, ele diz que o quadro não é alentador.  “Temos poucos projetos com licenças ambientais emitidas, o que ainda permanece como um gargalo. Trata-se de uma luta permanente da agPCH, na busca de uma maior atratividade para os investimentos no setor elétrico do RS”.

Segundo Lão, dos 80 processos que estavam em tramitação na Fepam desde janeiro do ano passado, foram emitidas cinco Licenças Prévias, nove Licenças de Instalação e seis Licenças de Operação.
 

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