Epi Energia avança com sistemas fotovoltaicos no setor rural

Sistema fotovoltaico instalado em área rural/Foto/Divulgação

Um produtor rural com custo anual de energia elétrica de cerca de R$ 61 mil, teve sua conta reduzida para R$ 686,00 depois da implantação de um sistema fotovoltaico que demandou um investimento de R$ 307 mil. Em cinco anos, o investimento deverá ser totalmente pago, com a vantagem de ter reduzido a conta de energia elétrica em cerca de 90%.

Com exemplos como este, a instalação de energia solar no meio rural é um dos segmentos que mais crescem no país, informa a engenheira Luiza da Costa Ramanauskas da Epi Energia, de Porto Alegre, do setor de energias renováveis. Na zona rural, tanto na agricultura como na pecuária, a conta de energia elétrica é alta apesar do custo da tarifa de energia ser baixo. Por isso, vale a pena a instalação desses sistemas que geram economia para o produtor. Na maioria dos projetos conseguimos reduzir todo o consumo, deixando apenas a tarifa básica da conta de energia elétrica, acrescenta.
Tempo de retorno

De acordo com Ramanauskas,  uma  das restrições do projeto fotovoltaico solar é a falta de área disponível para instalação das placas, o que geralmente não acontece na área rural, sendo comum o uso de galpões com telhados ou áreas terrestres.  “O tempo de retorno do investimento em sistemas fotovoltaicos depende da localização geográfica, tanto pelo fato da irradiação solar ser diferente em cada parte do mundo, como depende também do valor dos equipamentos, de tecnologia e do custo da energia elétrica. No Brasil, em sistemas conectados à rede no meio urbano, o tempo de retorno pode variar de cinco a oito anos”.

Ela lembra que  o aumento das tarifas de energia elétrica com reajustes muito acima da inflação, pressionam os consumidores a buscarem alternativas e isso contribui para o crescimento de demanda de um setor que vem apresentando uma redução de custos em seus equipamentos.

De janeiro de 2019 a julho de 2019, de acordo com Ramanauskas, houve uma redução média de 8,9 % no preço final dos sistemas fotovoltaicos solares. Somente em junho deste ano, os kits fotovoltaicos tiveram redução média de 4% em relação a janeiro do mesmo ano. Valor impactado, entre outros motivos, pela redução do preço dos módulos fotovoltaicos e variação cambial.
Cenário
Por outro lado, a alta competitividade entre os fornecedores de aerogeradores nacionais e internacionais, atrelado ao desenvolvimento tecnológico, propiciou uma queda de aproximadamente 40% nos preços destas máquinas, desde 2008. Esse fator potencializa a competitividade dos projetos eólicos, agregando viabilidade aos novos empreendimentos.  No cenário energético nacional, este aspecto dentre outros, refletiu sobre a redução dos preços de energia advinda de fontes eólicas em leilões de energia, acrescentou.

“Neste quarto trimestre do ano, estamos começando a instalar em nossos projetos de energia solar os módulos fotovoltaicos com tecnologia bifaciais, permitindo que a energia seja gerada a partir da parte frontal e traseira do módulo. Quando os módulos estão instalados em superfície altamente reflexiva, módulos bifaciais podem ter um ganho de geração de até 30%”, informa Ramanauskas.

Para a engenheira, a redução de custos dos projetos de energia solar é notória. Ela lembra que o volume instalado no 1º semestre de 2019 se aproximou do total instalado em 2018. “A potência acumulada de sistemas fotovoltaicos conectados à rede corresponde a 86,8% de todas as fontes da Geração Distribuída. Isso mostra como o setor cresceu e tende a crescer”.
Conjuntura

Ao fazer uma avaliação da conjuntura do setor elétrico nacional, o engenheiro Jéferson Ferronato, colega de Ramanauskas, diz que existe um cenário otimista no que se refere a novos empreendimentos. Conforme ele, a agenda programada para realização de quatro leilões de energia nova em 2020 e 2021, além do A-4 deste ano e o A-6, a ser realizado no dia 18 de outubro, é um grande avanço para a estruturação do setor.

Dentro deste quadro, uma das maiores adversidades para a viabilização de projetos é o escoamento da energia gerada. Espera-se que com a expansão da rede básica planejada até 2027, aumento de aproximadamente 38% do sistema, seja possível alcançar uma capacidade de geração no Brasil de 220 GW. Esse cenário abordado é estimulante e acaba sendo atrativo, deslumbrando um futuro ainda mais promissor às energias renováveis, avalia.

A Epi Energia deverá encerrar o ano com um crescimento de 15%, em comparação ao ano anterior. Hoje, a empresa detém 1.3 GW de projetos eólicos e 900 MW de solar. Na América Latina, a parceria Epi Energia-EAB New Energy desenvolveu o projeto do Parque Eólico de Peralta, atualmente o segundo maior do Uruguai. Com operações nos mercados gaúcho, argentino e uruguaio de renováveis, a Epi Energia recentemente expandiu sua área de atuação no Brasil para região Norte e Nordeste, lançando a Epi Norte, com sede em Palmas, no Tocantins.

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