Evento da CCEE conclui sobre a necessidade de mudança de cálculo do PLD

A necessidade de implementação do preço horário da energia elétrica, uma vez que o ONS e CCEE possuem todo o conhecimento e tecnologia para tal, além de que com o preço utilizado pelo modelo é extremamente difícil de simular a realidade do mercado, não só por não existir um algoritmo perfeito, mas também porque é dependente de variáveis com grau de intensidade questionável ou eventualmente artificial foram as principais conclusões do III Fórum de Debates CCEE 2019, promovido em São Paulo, em 25 de julho.

Segundo o presidente do Conselho de Administração da AbraPCH, engenheiro Valmor Alves, as apresentações dos palestrantes-  Edson Luiz da Silva, da Engie; Alexandre Viana, da Thymos Energia e Luiz Barroso, da PSR  -, fortaleceu a opinião da entidade sobre a necessidade urgente de mudanças no cálculo do PLD (Preço de Liquidação das Diferenças),  além dos limites de mínimo e máximo.

No modelo matemático para o cálculo do PLD, que têm por objetivo encontrar a solução ótima de equilíbrio entre o benefício presente do uso da água e o benefício futuro de seu armazenamento, o algoritmo usa informações de previsão de vazões dos principais reservatórios das hidrelétricas, quando, na opinião da AbraPCH, se deveria usar a vazão média real afluente efetivamente realizada, acrescentou Alves.

Valmor Alves pontuou ainda que a implantação do preço horário deverá favorecer às fontes de energia elétrica com pouca intermitência, assim como as hidrelétricas e termelétricas.

Disse ainda que o resultado do crescimento das fontes de energia elétrica com intermitência intraday é o indiscutível aumento de preços da energia ao consumidor e de custos e riscos aos produtores de energia elétrica de fonte hidráulica, via pagamento de GSF.

Segundo os palestrantes presentes no evento, a grande volatilidade do PLD também não ajuda no planejamento do setor elétrico brasileiro, dificultando, muitas vezes, o investimento de empresas que ainda não possuem operação no Brasil.

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