Faque Assessoria Empresarial, de Porto Alegre, avança no mercado de biomassa com empresas dos ramos industrial e agroindustrial

Fábio Quevedo/ Revista Modal

Geração próxima ao centro de carga, transformação do resíduo em fonte de energia limpa, alta viabilidade econômica se planejada de forma adequada do ponto de vista logístico são fatores que estão levando cada vez mais empresas dos ramos industrial e agroindustrial a investir em biomassa de casca de arroz, cavacos ou restos de madeira. Pelo menos são esses os cenários da Faque Assessoria Empresarial, de Porto Alegre, que tem essa fonte de energia como carro chefe de seus negócios, graças ao seu fundador Fábio Quevedo, que acumula 20 anos de experiência no setor.

“A biomassa detém um grande potencial, que infelizmente caminha a passos lentos por irresponsabilidade de alguns projetos de grande escala que geram uma sensação de que não tem viabilidade ou espaço, o que é um equívoco”, assinala Quevedo.

Sazonalidade
Em sua opinião, essa fonte poderia contribuir de forma significativa para a matriz energética se fosse dada mais atenção aos resíduos de casca de arroz e de madeira que não enfrentam a sazonalidade como a geração com bagaço de cana de açúcar que predomina largamente no país devido à participação do complexo sucroalcooleiro.

Ele agrega que entre os projetos de biomassa que vem desenvolvendo, a redução de custos na conta de energia pode alcançar, em alguns casos, até 40%, além de permitir a cogeração e até mesmo a venda do excedente no mercado livre.

Built Suit Transfer surge como alternativa
No ano passado, a empresa encaminhou uma série de operações que ainda se encontram na esfera negocial e devem avançar no decorrer do ano. Entre esses, Quevedo cita uma onda de investidores com aptidão para obter resultados por meio de aportes em projetos de geração de energia, eventualmente sem relação direta com o setor. “Com esse perfil, há uma modalidade de empreendedor que opera com modelos de negócios chamados de BTS (Built Suit Transfer), uma  excelente alternativa tanto para quem investe como para quem futuramente terá um ativo de geração sem aporte imediato de capital”, explica.

Criada em 2013, a Faque oferece um portfólio de serviços que vai desde a avaliação de viabilidade de projetos até a de ativos e planos de negócios para fusões e vendas. Em 2019, as receitas mantiveram o mesmo perfil de anos anteriores, se dividindo entre assessoria e desenvolvimento de negócios. Estes serviços são contratados em regime de confidencialidade, principalmente quando o escopo é análise de viabilidade, estruturação e captação da solução financeira.

Já na área de assessoria ao gerenciamento de projetos ou usinas são utilizados “modelos contratuais que estabelecem indicadores, metas e padronização das atividades de O&M para que se atinjam os dados de eficiência e performance”.

Nos últimos anos, a atuação da empresa se fortaleceu no RS, tendo sido criadas oportunidades nos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Acre, mesmo que com demandas pontuais.

Renováveis

Sobre as tendências do mercado de energias renováveis, Quevedo afirma que essas fontes possuem dificuldades que chama de “reconhecimento”, pois sempre que há uma possível redução hidrológica ou aumento do consumo de energia, a primeira ação é despachar UTE’s  de combustível fóssil, ou seja, não há entendimento e reconhecimento que o país conta com fontes limpas que podem contribuir e equilibrar melhor a matriz. Existe ainda a questão ambiental que necessita uma atitude proativa para que se tenha de fato crescimento econômico e geração de negócios, obviamente que com a maior responsabilidade e respeito ao meio ambiente, acrescenta. “Ocorre que os prazos e exigências passam por momentos de demasiado grau de questionamentos, às vezes desmedido e infundado”.

Mercado livre

À pergunta sobre as expectativas em relação à abertura do mercado livre, Quevedo vê com otimismo. Segundo ele, é uma “excelente alternativa que facilita negociações, abre um leque de oportunidades e traz benefícios para ambos os lados  – comprador e vendedor. “Em nossas análises de viabilidade de negócios,  priorizamos avaliar alternativas do mercado livre, sempre de acordo com o perfil do cliente”, acrescenta.

 

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