Incremento das exportações de móveis do RS deve ficar abaixo dos embarques nacionais

 As exportações de móveis do Rio Grande do Sul deverão fechar o ano com um incremento de 6% em comparação ao ano anterior, abaixo da estimativa prevista para os embarques nacionais de 11,9%, segundo informou o diretor internacional da Movergs (Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul), Marcelo Haefliger.

De acordo com o executivo, o primeiro semestre de 2018 foi melhor na comparação com 2017. No entanto, em maio houve uma queda de 34%,enquanto que junho, devido ao represamento da greve, registrou alta de 60%. Em julho houve queda novamente de 20%, fechando os primeiros sete meses do ano com um total de US$ 103 milhões

Os cinco principais destinos das exportações gaúchas de janeiro a julho de 2018 foram o Uruguai (15,3%), Peru (14,4%), EUA (14,3%), Reino Unido (14,1%), Chile (9,4%). Mas houve algumas surpresas: o Equador que dobrou a demanda, a África do Sul teve um acréscimo de 50%, Porto Rico de 70%, Arábia Saudita registrou aumento de 100%, Espanha alta de 30% e El Salvador aumentou 50%.

Sobre o fator câmbio, o dirigente afirmou que somente ele é favorável aos exportadores quando está estável, enquanto que em épocas de oscilação gera incertezas e prejudica o planejamento das empresas. “O aumento do câmbio, em tese, beneficia a exportação. Nosso produto fica mais competitivo do que o concorrente de outros países. Entretanto, junto ao dólar alto, alguns insumos dos componentes utilizados na fabricação dos móveis, que são importados, sofrem reajuste de preços. Soma-se a isso o aumento significativo dos fretes dos contêineres até os portos. Logo, toda a diferença cambial que poderia ser mais favorável acaba não sendo.”

A logística é outro fator que deve ser considerada como adverso para as exportações gaúchas de móveis. Conforme Haefliger, em passado recente algumas empresas gaúchas  enviavam seus produtos para o Portonave (SC). “Entretanto, com o aumento dos fretes essa medida pode ter sido repensada, mesmo diante das dificuldades de acesso ao Porto de Rio Grande em razão das péssimas condições das rodovias, uma vez que o aumento dos custos acaba sendo repassado ao produto.”

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