Grupo Exicon entra no embalo do avanço do mel brasileiro e abre mercado no exterior

Mel é recolhido na sede do produtor em tonel e despachado por navio em contêiner/ Divulgação

O grupo Exicon, de Porto Alegre, iniciou 2021 com um novo produto em seu portfólio de exportações.  No embalo do avanço do mel brasileiro no exterior, a empresa embarcou cerca de US$ 800 mil dólares de janeiro abril, podendo chegar a US$1 milhão ainda no primeiro semestre do ano. A cadeia é formada por dezenas de pequenos e médios (PMEs) apicultores dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

O mel exportado é 100% orgânico, produzido por abelhas da espécie apis melífera, altamente produtivas, e é despachado in natura por navio.

As exportações de mel são destinadas aos Estados Unidos, Canadá, Holanda e Reino Unido.  Espanha, Alemanha, França são outros países que estão sendo prospectados

A South Service Trading, empresa de comércio exterior do grupo, garante todos os serviços necessários  para os embarques, como coleta do contêiner, encaminhamento ao porto acordado, documentação de exportação, financiamento e encaminhamento ao cliente final.

“Para maior garantia nos negócios são enviadas amostras aos clientes finais que aprovam a qualidade antes do fechamento dos contratos , o que conta com apoio da Apex- Brasil”, diz Alexandre Bücker de Souza, diretor-geral do grupo Exicon.  “Este é mais um exemplo da proposta de valor da empresa de oferecer soluções customizadas de comércio exterior e doméstico para seus clientes, mesmo nessa gravíssima crise sanitária da Covid-19”, acrescenta.

O mel brasileiro apresenta incremento constante em suas exportações. Em 2020 os embarques totalizaram 45.600 toneladas, com um incremento de 50% em relação a 2019, quando o volume ultrapassou 30 mil toneladas, segundo dados da  Associação Brasileira dos Exportadores.

A Confederação Brasileira de Apicultura estima que há cerca de 350 mil apicultores no país, a maioria agricultores familiares que movimentam um mercado avaliado em US$ 360 milhões e que continua em expansão. O setor responde por 450 mil ocupações diretas no campo, com mão de obra predominantemente familiar, e gera outros 16 mil empregos diretos na indústria de processamento, máquinas e equipamentos.

Quadrimestre
No quadrimestre as exportações da empresa cresceram 21% em reais em relação a igual período do ano anterior, com um total de cerca de R$ 87 milhões. Entre os produtos tradicionais,  calçados teve maior destaque em termos de crescimento, além de uma boa retomada  de móveis e madeiras que mantêm estabilidade, com perspectivas de maior evolução  no mercado americano devido  à acelerada vacinação. “A impressão é que o mercado deve melhorar bastante no varejo, no segundo semestre, o que deve favorecer os embarques do Brasil”, diz Souza.

Sobre as perspectivas de importações de aço, Souza afirma que a empresa tem apoiado seus clientes a fim de “propiciar uma opção estratégica, além do mercado interno”. Ele admite que o incremento de aços planos e longos é forte e que se deu a partir do segundo semestre de 2020, devido à demanda reprimida provocada pela mudança e assimilação do novo patamar da cotação do dólar.

Sobre os cenários da empresa para o atual exercício, o empresário admite ser difícil ainda fazer projeções.  “O importante é que estamos tendo uma retomada forte e voltando a contratar pessoas”, avalia.

 

 

 

 

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