Lixo sólido urbano transformado em energia vai iluminar a cidade de Bento Gonçalves

Crédito: Divulgação

A prefeitura de Bento Gonçalves, na serra gaúcha, vai economizar cerca de R$ 300 mil mensais para levar produção de 110 toneladas diárias de lixo sólido urbano até o aterro sanitário localizado na cidade de Minas do Leão, distante 200 quilômetros. Numa projeção otimista, a partir de agosto de 2019, entra em funcionamento a Usina de Resíduos Sólidos, que transformará os detritos em 11 megawatts de energia, suficientes para abastecer a iluminação pública, os prédios da administração municipal, e ainda gerar pequeno superávit, já que a usina produzirá 12,7 megawatts.

Nesta sexta-feira (20), o prefeito Guilherme Rech Pasin, assina a autorização para a publicação do edital que escolherá a empresa que terá a concessão pelo prazo de 35 anos para explorar a operação sob regime de PPP – Parceria Público Privada. Sílvio Bertolini, secretário de Desenvolvimento Econômico de Bento Gonçalves, ressalta que esta é a primeira PPP neste formato – aproveitamento do lixo sólido em energia elétrica – no Rio Grande do Sul. “Até o final deste mês o edital estará na rua, e em 45 dias nós conheceremos o vencedor”, estima Bertolini.

O meio ambiente agradece

O investimento na construção da usina é de R$ 55 milhões. Ela ficará na mesma área onde, atualmente, é feito o transbordo do lixo que segue para Minas do Leão. “Serão quatro caminhões a menos na estrada, sem contar a contribuição que estamos dando para o meio ambiente. Por maior que seja a proteção que se dê aos aterros, sempre há o risco de ocorrer vazamento e, em alguns casos, danificar os lençóis freáticos”, comenta o secretário de Desenvolvimento Econômico.

O modelo escolhido para a Usina de Resíduos Sólidos foi o da empresa Planex, de Belo Horizonte, vencedora entre sete candidatos que se cadastraram após a prefeitura abrir um PMI – Procedimento de Manifestação de Interesse, sendo que apenas três tinham proposta de negócio. Silvio Bertolini ressalta o apoio dado pela FEPAM no auxílio técnico dos projetos. “A empresa vencedora também vai cuidar do lixo orgânico. Haverá espaço maior para as recicladoras e melhores ganhos salariais para os trabalhadores”, adianta o secretário municipal.

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