Ludfor dribla a pandemia e cresce no mercado livre de energia acima do previsto

Ana Paula Loss e Guilherme Lemos, em entrevista à MODAL

Mesmo com a pandemia da covid-19, a Ludfor Energia, de Bento Gonçalves (RS), deverá fechar o ano com uma evolução em comparação ao ano passado. Apenas no primeiro semestre, a empresa teve um incremento de 21,02% em comparação a igual período de 2019. Até o momento, a previsão é de que no segundo semestre 170 novos clientes ingressem no mercado livre sob a gestão da Ludfor. Isso representará um crescimento de 56,52% em relação a 2019.

“Com o isolamento adotado a partir de março, havia uma expectativa de que, no máximo, seria possível encerrar o ano com números iguais aos do ano passado. Todavia, os negócios acabaram indo em direção contrária, devido, principalmente, à redução dos preços de energia provocada pela queda no volume de carga do sistema”, explicou  Guilherme Lemos, coordenador back office da empresa.

Diante de um novo quadro do mercado, os clientes passaram a optar por contratos de maior duração, de cinco e até seis anos, diferentemente do que vinha ocorrendo no período pré-pandemia em que a média era de até três anos, acrescentou Lemos. “Com isso, a comercialização de contratos mais longos tem sido o nosso foco, a fim de que os clientes possam aproveitar o preço baixo.”

Segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), no primeiro semestre deste ano houve um crescimento de 8% no número de agentes. O Brasil registrou no primeiro semestre do ano 143 novos processos de adesão. A Ludfor Energia foi responsável por 26% destes novos processos, o que representou um crescimento de 27,28% com relação ao mesmo período do ano passado. Já quanto aos pontos de carga, a empresa gaúcha foi responsável por 21% dos processos encaminhados na região sul do país. No Rio Grande do Sul, a participação da Ludfor no segmento representou 42% do total.

“Estamos notando um maior envolvimento das partes nas negociações dos contratos, o que facilita a capacidade de comunicação no sentido de atender as necessidades dos clientes de redução de custos”, diz Ana Paula Loss, engenheira responsável pelas migrações do mercado livre de energia da Ludfor. “Graças à flexibilidade do mercado livre, foi possível manter a atividade de muitas empresas, apesar da redução no nível de atividades no país.”

Para 2021, Loss prevê um cenário animador para o segmento do mercado livre. Além de sua expansão prevista para janeiro de 2021, quando a cota mínima para Consumidores Livres (possibilitando negociação de energia Convencional) será de 1,5 MW,  outra novidade  trará mudanças positivas, observa. “ Trata-se de uma nova diretriz para o sistema de mediação de faturamento (SMF) das unidades, o que vai trazer a possibilidade de novos entrantes no segmento de baixa tensão devido à redução do custo de adequação”, explica Loss.

“Os anos de 2021 e 2022 serão de muitas mudanças e a Ludfor certamente continuará proporcionando vantagens competitivas para os seus clientes”, completa.

Com cerca de 20% de seu quadro operando ainda em home office– formado por grupos de risco-, Loss disse à MODAL que apesar de existir essa opção, ela e seus colegas preferem o convívio no escritório. “Nada substitui o ambiente de trabalho que permite uma troca de ideias estimulante. Trabalhar em home office pode ser bom, mas carece da conexão com os colegas que somente as reuniões presenciais podem proporcionar.”

 

 

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