MEZ Energia inicia investimentos de R$ 1 bilhão no RS, com revitalização da Subestação Porto Alegre 4 que atende o coração do poder público gaúcho

Subestação Porto Alegre 4/ Divulgação

Uma das subestações estratégicas de Porto Alegre, que fornece energia para cerca de 70 mil consumidores, incluindo cargas essenciais da capital do estado, como o Palácio Piratini, prefeitura, Centro Administrativo, Santa Casa de Misericórdia, Hospital Beneficiência Portuguesa, matriz do Banrisul, entre outras, será escolhida para ser a sede da equipe Regional Sul da MEZ Energia e Participações Ltda. (SP).

Localizada na esquina das avenidas Ipiranga e Praia de Belas, a Porto Alegre 4 pertencia à CEEE-GT, e foi arrematada pela empresa paulista em leilão promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com o compromisso de ser “modernizada no menor prazo possível de forma a garantir a continuidade da confiabilidade na prestação do serviço público”.
Leilão 01/2000

Grande vencedora do Leilão de Transmissão 01/2020, com cinco dos 11 lotes ofertados: 3, 4, 5, 8 e 9, somente no RS a empresa irá investir cerca de R$ 1 bilhão no período 2021-2024, com recursos a serem obtidos por meio de equity e de financiamento do BNDES.
Além da revitalização completa da subestação Porto Alegre 4,  que opera há 45 anos, a MEZ deverá construir uma nova subestação em Charqueadas e  expandir a subestação Guaíba3. Estão previstas ainda a construção de  mais três novas linhas: LT 230 kV Guaíba –Polo Petroquímico, com 33 km; LT 230 kV Guaíba –Charqueadas , de13 km e LT 230 kV Capivari do Sul- Osório, de 35 km, com previsão de geração de aproximadamente 2 mil empregos diretos.

Raphael Molina Neto, diretor técnico da MEZ Energia, informou a MODAL que o projeto de revitalização da Porto Alegre 4 foi concebido há alguns anos e como fato inédito, foi incluída para licitação devido à urgência requerida pela Aneel.   Além de modernização de equipamentos, a obra vai revitalizar todo do prédio e, uma vez concluída, passará a ser a sede das equipes técnicas da empresa em Porto Alegre.
Molina prevê um período entre 18 a 24 meses para a execução da obra, que irá demandar cerca de R$ 270 milhões. Antes disso, existem passos regulatórios e ambientais, como exemplo o projeto básico que ainda deverá passar pela aprovação do Operador Nacional do Sistema (ONS).

Carga
A Subestação Porto Alegre 4 está  projetada para atender uma carga de até 250 MVA. No futuro, passará a contar com cinco transformadores de 75 MVA, o que representará um incremento de 34% na capacidade de transmissão.
“Será uma das subestações mais modernas do setor elétrico nacional, com monitoramento de 24 horas , diretamente do Centro de Operações Z (COZ) da MEZ, localizado em São Paulo e inaugurado recentemente”, afirma Molina que prevê para setembro, a chegada dos novos equipamentos. Ao total, a obra deverá gerar 350 empregos diretos.
De forma simultânea,  a empresa deverá concluir até 2025 uma linha subterrânea de 9 km que vai interligar a Subestação Porto Alegre 1 (CPFL) com Porto Alegre 9 (CEEE-GT), de forma a reforçar o suprimento de energia na capital.

Obras na Subestação Cruz Alta 2/Divulgação
Obras na Subestação Cruz Alta 2/Divulgação

Subestação Cruz Alta 2

Dos investimentos previstos, por volta de 80% serão aplicados nos primeiros dois anos.
Primeiro projeto da MEZ no RS, em janeiro iniciaram as obras da Subestação Cruz Alta 2, cuja energização está prevista para  março de 2022, com investimentos de R$ 58 milhões. A subestação seccionará a LT 230 kV Passo Real – Ijuí 2, de propriedade da CEEE-GT, além de se conectar no setor de 69 kV a outras cinco linhas para atendimento a distribuidora local. Esta obra, foi adquirida pela MEZ no mercado secundário e, segundo o executivo, “ reforça todo o compromisso e confiança da empresa em expandir as operações no estado”.
Criada em dezembro de 2019, a MEZ , originários do grupo EZTEC, possui uma construtora integrada ao grupo, a MEZ Construções, e  opera com uma equipe de 75 pessoas, entre holding e transmissoras. A companhia está habilitada a construir, operar e manter subestações  em São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Goiás e Bahia.

 

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