Paineira Par planeja ampliar seu portfólio de comercialização de energia com fontes eólica e solar

PCH da Paineira Par/Divulgação

A Paineira Participações e Empreendimentos Ltda. – Paineira Par -, com sede em Curitiba,  ainda neste ano pretende concluir a construção de uma PCH de 10 MW de potência instalada, no estado do Paraná, e possivelmente iniciar a construção de uma CGH no Mato Grosso. Além disso, a empresa  planeja participar do leilão A-4, marcado para maio deste ano.

A fim de ampliar o seu portfólio de oferta de energia, ela também desenvolve estudos sobre fontes eólica e solar.

Fundada em 2002, a Paineira é uma empresa familiar que investe em infraestrutura, tendo uma participação de 115 MW em CGH’s, PCH’s e UHE’s , que totalizam 278 MW de capacidade instalada.

Para Paulo Henrique Gulin Gomes, diretor da empresa, o grande empecilho para o investidor em energia hoje no Brasil é a questão do licenciamento ambiental que atrasa  o início das obras. Cada estado possui uma cultura própria, além de não existir um cronograma de licenciamento, acrescenta.  “Temos hoje diversos projetos parados no órgão ambientais por mais de 10 anos, o que demonstra o grau de dificuldade enfrentado pelo empreendedor”.

“Não entendemos o motivo dessa demora em aprovar  bons projetos, com tantos impactos positivos. Outro ponto que merece atenção é a segurança jurídica. Nossa vida fica ainda mais difícil com regras mudando durante o jogo”.

Sobre a opção da empresa de investir em centrais hidrelétricas, Gulin  lembra os benefícios sócios ambientais das usinas e cita a sua importância econômica para as comunidades que recebem esses empreendimentos. “Com a contratação da energia de diversas PCH’s em leilões do governo, teremos obras em praticamente todos os estados do Brasil, em muitos casos em municípios muito pequenos, com dois, três mil habitantes, o que movimenta a economia local e contribui para o aumento de seu IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)”.

Gulin ressalta que é a favor de todas as fontes de energias. Repara, porém, que devem ser utilizadas de forma correta e sem benefícios de uma fonte em detrimento de outras. No caso da fonte hídrica, ele lembra que sua participação vem diminuindo, o que deixa a matriz energética nacional cada vez mais dependente de fontes  intermitentes ou poluentes.

“Precisamos de todas as fontes, mas é urgente voltar a construir usinas hidráulicas com capacidade para acumular água dos períodos de chuva e garantir oferta nos períodos de estiagem.  Como não acumulamos água  e evitamos o racionamento compulsório do consumo de energia elétrica, despachamos as usinas térmicas, de combustíveis fósseis, mais caras e poluentes. Térmicas estas que também são importantes para momentos em que não temos vento, nem sol e nem água, mas que não devem ser utilizadas com frequência como tem ocorrido,  mas apenas em momentos muito específicos”.

 

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