Pesqueiro Energia mantém previsão de conclusão das obras da PCH Macacos para dezembro deste ano

PCH´s vencedoras de leilões do mercado regulado podem vender antecipadamente sua energia também no mercado livre. Essa tendência começa a ganhar escala, uma vez que aumenta a perspectiva de TIR – taxa interna de retorno. A PCH Macacos pertencente à produtora independente de energia Pesqueiro Energia S.A, de Jaguariaíva (PR), é mais uma unidade a seguir essa tendência.

Formada pela  Eletro Geração S.A., de Castro, (PR), pela  Cooperativa de Eletrificação Rural de Arapoti Ltda., sediada em Arapoti (PR) e a Ceripa Energia S.A. de Itaí (SP), a empresa teve 50% da energia comercializada no último leilão A-6  de outubro do ano passado. A entrega está prevista para 1º de janeiro de 2025. O restante será destinado ao mercado livre.

A PCH Macacos está localizada entre os municípios de Sengés e Jaguariaíva (PR), no rio Jaguariaíva, e terá uma potência instalada de 9,9 MW. Seu custo está estimado em R$ 65, 56 milhões de recursos próprios dos investidores.

A usina terá o início de operação antecipada para dezembro de 2020, representando um aumento da taxa de retorno em torno de 2 pontos percentuais.

Em contraste à rapidez da obra, iniciada no ano passado, a PCH Macacos faz parte do histórico de projetos que são travados em seu cronograma original devido à demora no processo de licenciamento ambiental.

De acordo com Rosmir de Oliveira, diretor-executivo da Pesqueiro Energia S.A., o projeto levou 14 anos para aprovar junto à Aneel e obter o licenciamento ambiental e aguarda ainda a emissão de licença de instalação da linha de transmissão de 17 km que liga a unidade à rede de distribuição da Copel.

“Estamos com tudo resolvido na questão fundiária e com todos os equipamentos e fornecedores de serviços contratados para a instalação da linha de transmissão. Falta apenas o órgão ambiental autorizar o inicio das obras, o que deve ocorrer ainda neste mês”, afirmou Oliveira em entrevista a Modal. Ao total, estão sendo investidos R$ 8,5 milhões na linha de 138 kV que fará a conexão da unidade e também da PCH Beira Rio, de 18 MW, a próxima obra da Pesqueiro que vai demandar investimentos de cerca de R$ 110 milhões.

Com a construção da PCH Macacos, a Pesqueiro vai elevar a sua capacidade de produção para 22,4 MW, atualmente limitada a 12,44 MW.  Sua primeira unidade opera desde 2003 no mesmo rio Jaguariaíva.
Foco na gestão eficiente

Para a implantação rápida aliada a custos competitivos, a Pesqueiro Energia optou por contratar um pacote de gestão e engenharia do proprietário. Além da supervisão da obra e controle de qualidade sobre todos os equipamentos e serviços da PCH Macacos,  a HydroFall Consultoria também é a responsável pelo planejamento geral, controle orçamentário e gestão de todos os contratos de fornecimento, inclusive da linha de transmissão e bay de conexão junto à subestação da Copel em Senges.

De acordo com Daniel Faller, diretor da Hydrofall , a empresa apoiou a Pesqueiro Energia na seleção e contratação dos fornecedores “na busca de eficiência e qualidade, garantindo também condições seguras, por preço justo”.

“Nosso modelo de gestão é bastante otimizado e foi ajustado aos requisitos do empreendedor, que buscava construir um empreendimento em curto espaço de tempo. Especialmente na aquisição do pacote de equipamentos, a empresa desenvolveu um trabalho de otimização com o objetivo de obter opções que resultassem em maior produção de energia. Isso representou um incremento de 5,5% na geração efetiva da usina, através da seleção de máquinas mais eficientes e com melhor capacidade de operação em cargas parciais”, informou Faller.

A PCH Macacos é composta por um arranjo derivativo através de um túnel com 780 metros de extensão em uma região caracterizada tipicamente pela ocorrência de rochas sedimentares (arenitos). Todavia, para viabilizar o projeto a empresa projetista buscou locar as estruturas do circuito hidráulico em uma região com a intrusão de diabásio (rocha com melhor qualidade), garantindo assim uma condição geológica de menor risco e com redução expressiva do custo de execução.

Além disso, a usina conta com uma barragem em Concreto Compactado a Rolo ( CCR) de 17.000 m³, ou seja, um volume relativamente pequeno para esse tipo de construção.  Para construção foram suprimidos apenas 13 hectares de vegetação, para formação de um reservatório de apenas 23 hectares.
Dados da obra:
Projeto Básico: RDR Consultores Associados Ltda., de Curitiba.
Consórcio fornecedor:
Obras civis: Construtora Fraga;
Fornecimento de turbinas, geradores e equipamentos auxiliares: Weg;
Fornecimento de equipamentos hidromecânicos e movimentação de carga: Enebras;
Fornecimento de equipamentos elétricos: Erzeg;
Fornecimento de Transformadores: Comtrafo;
Projetista: GeoEnergy Engenharia;
Bay de conexão: Flessak;
Projeto do sistema de transmissão e monitoramento topográfico da obra: Cedro Ambiental

 

 

 

 

 

 

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