Porto Alegre vai ganhar as obras da Copa cinco anos depois

Obras na Ceará/Foto/Conpasul/Divulgação

Uma boa parte dos projetos que a prefeitura de Porto Alegre imaginava necessários, em 2012, para que a capital viesse a se tornar uma cidade-sede da Copa de 2014, protocolados em 2012 no Ministério das Cidades, poderá, enfim, realizar-se cinco anos depois, com a exceção do prolongamento da pista do Aeroporto Salgado Filho, cuja conclusão está prevista para 2021 pela concessionária Fraport.

Trincheiras

As trincheiras da 3ª Perimetral com a Avenida Anita Garibaldi e da Ceará com a Avenida Farrapos deverão ser as primeiras obras a serem concluídas, depois que o prefeito de Porto Alegre assinou uma linha de crédito de R$ 120 milhões com o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) para poder honrar a contrapartida do município com a Caixa Econômica Federal e o BNDES, responsáveis pelo financiamento das obras.

Obras irão custar quase o dobro do orçado

Orçadas pela prefeitura de Porto Alegre, em fevereiro de 2012, em R$ 593 milhões, o total das obras deverá beirar a R$ 1 bilhão, dos quais ainda faltam a executar R$ 475 milhões. Desse montante, R$ 226 milhões serão financiados pela CEF; R$ 115 milhões pelo BNDES; R$ 120 milhões do Banrisul e R$ 14 milhões do Tesouro Municipal.  “Como a prefeitura não quitou a sua contrapartida, os montantes da CEF e do BNDES ficaram suspensos e deverão começar a ser liberados somente agora depois de assinado o financiamento com o banco do estado”, informou a Modal, o diretor executivo do Sicepot-RS, engenheiro Caetano Pinheiro.   Depois do reinício das obras da Anita e da Ceará que devem ser concluídas em agosto e setembro, respectivamente, caberá à prefeitura agilizar os trâmites para a retomada das obras da Avenida Severo Dullius, da Avenida Tronco e da trincheira da 3ª Perimetral (Dom Pedro II)  com a Avenida Cristóvão Colombo, cujo consórcio vencedor da licitação rescindiu o contrato. Como segundo classificado, o consórcio DP/Barros, desinteressou-se pelo projeto caberá à prefeitura chamar o terceiro colocado formado pelo consórcio Cidade/Pelotense/Conpasul.

 Retomada na Severo Dullius

O projeto  da Avenida Severo Dullius, na Zona Norte de Porto Alegre, envolve desde a existente Avenida Dique até a Avenida Dona Alzira, numa extensão de aproximadamente 2 km, contando com três pistas em cada sentido, canteiro central, passeios laterais, iluminação e mobiliário urbano. A obra, que depende ainda de aditivos aos contratos, permitirá uma rápida ligação entre a região do Aeroporto Internacional Salgado Filho à Zona Nordeste de Porto Alegre e com as cidades de Cachoeirinha e Gravataí, através do franco acesso à Avenida Assis Brasil, sendo fundamental para a complementação do plano de circulação viária da região.   Para a retomada das obras, que deve demorar pelo menos 90 dias, a prefeitura precisa quitar  ao consórcio Procon/Ribas um passivo de R$ 4 milhões, além de investir outros R$ 26 milhões para a sua conclusão.

Tronco depende de remoção de famílias

Outra obra de grande importância para a cidade, a da Avenida Tronco, de responsabilidade do consórcio Toniolo Busnello/ Pelotense, ainda depende da remoção de cerca de 180 famílias do local.  O empreendimento, de 5,3 km, é um eixo estruturador do sistema viário da cidade, facilitando o trânsito entre os bairros Cristal e Tristeza e a Zona Sul com as vias que conectam com as zonas Norte, Nordeste e Leste da cidade, bem como alternativa de ligação da Zona Sul ao Centro da cidade.   Ainda devem ser relicitado pela prefeitura, as obras do viaduto da 3ª Perimetral (Carlos Gomes) com a Avenida Plínio Brasil Milano e do segundo trecho da duplicação da Avenida Voluntários da Pátria.

Empreiteiras ainda têm a receber R$ 45 milhões

Desde a retomada das negociações entre a prefeitura e as empresas construtoras para a retomada das obras foram pagos cerca de R$ 1,5 milhão à Conpasul de passivos da obra da Avenida Ceará, restando ainda um débito de R$ 45 milhões ao total. “Acreditamos que vamos poder ingressar em uma nova etapa, capaz de permitir um cenário para a conclusão definitiva dessas obras”, destaca Pinheiro.

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