Potencial exportador do estado beneficiará Salgado Filho no leilão de concessão

Quarto colocando no ranking dos estados exportadores em 2014, com US$ 18 bilhões, o Rio Grande do Sul marca passo nos embarques via aérea em razão das limitações operacionais da pista de pouso e decolagem do Aeroporto Salgado Filho, de Porto Alegre. Atualmente, somente 3,6% do valor total exportado pelo estado são feitos por meio do modal aeroviário, o que pode representar um potencial a ser explorado pelo vencedor do leilão de concessão do aeroporto, marcado para abril de 2016.
De acordo com o economista Bruno Caldas, da Fundação de Economia e Estatística (FEE-RS), transportar a mercadoria em aeroportos mais distantes representa um custo de transporte para as empresas superior à exportação que poderia ocorrer pelo Salgado Filho. “ Se o estado exportasse o mesmo percentual via aérea que São Paulo (7,6%), os embarques de 2014 teriam sido de US$ 1,429 bilhão, quase US$ 800 milhões a mais” — compara.
Em relação ao mercado doméstico, mesmo entre as quatro principais economias do país, o estado ocupa a nona posição em transporte de cargas internamente, com 2,8% do total, lembra o economista. “Em 2013, o aeroporto de São Paulo respondeu por 35,5% dos embarques, o do Amazonas por 13,5%, possivelmente por causa dos embarques de eletrônicos. Já o do Paraná tem uma participação parecida com o estado, com 2,5% do total. Entretanto, transporta quase 30% a mais de passageiros civis – 5,1 milhões, diante de 3,9 milhões.”    Caldas adverte sobre outra variável a influir no interesse dos investidores — o cenário econômico atual — que não favorece o Rio Grande do Sul. Isso porque, segundo ele, a economia do estado é a que menos cresceu em termos reais na última década. Além disso, a crise do setor público sinaliza menos investimentos em infraestrutura. “Apesar disso, existe um potencial não aproveitado e a iniciativa privada certamente deverá considera-lo  no leilão.”
“A construção de um novo aeroporto ampliará a capacidade de embarques para exportação e beneficiará toda economia gaúcha, uma vez que ela tem uma significativa dependência do setor externo”, diz Caldas. Entre os setores produtivos a serem beneficiados em suas exportações via área, ele destaca couro e calçados, máquinas, aparelhos e materiais elétricos e produtos de metal.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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