Alexandre Bucker de Souza (*)
A Factors Chain International (FCI), uma rede global das principais empresas de financiamento comercial, cujo objetivo comum é facilitar o comércio internacional, em parceria com a empresa Demica, lançou neste ano uma nova plataforma de financiamento da cadeia de suprimentos (FCIreverse) a fim de permitir que seus 400 membros financie os fornecedores de seus clientes em qualquer lugar do mundo.
O anúncio foi feito durante as comemorações dos 50 anos da FCI, em Amsterdam, Holanda, de 10 a 14 de junho.
Nessa plataforma serão divulgados todos os importadores e seus respectivos países, os quais estarão aptos a conceder a proteção de risco de crédito, incluindo a antecipação do pagamento para o país exportador. Na modalidade convencional, que continuará existindo, é o export factor que solicita a análise de crédito ao import factor.
Trata-se de uma iniciativa capaz de estimular um volume maior de negócios em toda a cadeia de associados, na medida em que as linhas de crédito poderão ser aprovadas previamente, além de reduzir as etapas e o tempo da operação.
Durante o evento, foram nomeados cinco correspondentes para o desenvolvimento do piloto da nova plataforma, entre esses dois dos maiores players mundiais: o BNP Paribas e o HSBC. Em até seis meses será emitido um parecer sobre os resultados obtidos pelo novo formato, o que antecederá a adesão de novos correspondentes. Os primeiros resultados da nova plataforma serão apresentados oficialmente no Vietnã durante evento do FCI, em 2019.
Com a nova plataforma digital desenvolvida pela FCI, interligando as empresas associadas, os clientes terão um serviço a qualquer hora em uma grande quantidade de países. O modelo pay-as-you da FCI com a Demica permitirá um aumento substancial da quantidade de capital de giro disponível para o mundo das PMEs.
O grupo Exicon deverá avaliar a possível adesão a essa nova ferramenta a partir dos resultados a serem alcançados na plataforma piloto.
Em 2017, por meio do FCI, foram realizados US$ 748 bilhões de financiamento de recebíveis internacionais, o que representou um avanço de 13,3 % em comparação ao ano anterior. Na América do Sul, o Brasil foi o país de maior crescimento nos negócios com uma participação de 11% na corrente de comércio.
(*) Diretor geral/ Grupo Exicon