Renobrax inicia 2020 com cenário animador em energia eólica e fotovoltaica

Equipe da Renobrax

O ano de 2020 iniciou com um cenário animador para a Renobrax-Energias Renováveis, de Porto Alegre. Especializada em desenvolver projetos eólicos e solares, a empresa encerrou o ano passado com acordos firmados para sete projetos, nível este que não ocorria desde 2015. Entre esses empreendimentos, seis são de energia eólica no RS – Canelões, Jaguarão, Serra dos Antunes, Livramento, Santa Helena e Três Divisas – e um de energia fotovoltaica – Paineira, em Monte Alegre do Piauí (PI). Além disso, a empresa desenvolve  cinco outros projetos eólicos no RS e três solares fotovoltaicos no Piauí.

No RS, todos os projetos eólicos da Renobrax se localizam nas regiões, onde haverá o fortalecimento do sistema de transmissão, exceto os da região de Jaguarão, que serão beneficiados apenas indiretamente. “Essa região possui ótimo potencial eólico, mas na situação atual não pode ser aproveitado nem pelo estado, nem pela comunidade local. A inclusão da região em um futuro leilão de transmissão é fundamental para que ela possa se beneficiar da geração de riqueza proporcionada por esses empreendimentos. Conectar Jaguarão a Candiota e, no futuro, a Santa Vitória Palmar, também aumentaria a segurança energética do estado, ajudando a reduzir apagões como o ocorrido em janeiro deste ano”, disse a MODAL Luiz Gustavo Gomes Sant‘Anna, diretor vice-presidente da empresa.

Leilão A-4

Devido ao atual estágio de maturidade dos empreendimentos, a empresa ainda não definiu sua participação nos leilões deste ano. Para o leilão A-4 não há nenhum projeto eólico inscrito. Existem pequenas possibilidades para o cadastramento de alguns no A-6 deste ano. Já três dos quatro projetos solares, que estão em uma fase madura, estão inscritos, mas sem definição sobre sua participação. Já o projeto Paineira possui acordo vigente e está inscrito no A-4, relatou Sant‘Anna.

Complexo Eólico Campos Neutrais

Desde a sua fundação, a empresa emplacou em leilões os projetos eólicos Geribatu e Chuí (402 MW), em parceria com o FIP Rio Bravo Energia I e Eletrobras Eletrosul, no A-3 de 2011. E no A-3 de 2013 o projeto eólico Hermenegildo (180,8 MW), em parceria com a Eletrobras Eletrosul. Os três fazem parte do Complexo Eólico Campos Neutrais, nos municípios de Santa Vitória do Palmar e Chuí.

Campos Neutrais
Campos Neutrais

O potencial de geração do RS

De acordo com Sant‘Anna, devido às novas obras das linhas de transmissão, as perspectivas do estado em geração são animadoras, na medida em que se abrirá uma janela única de oportunidades, em que a matriz elétrica gaúcha poderá agregar entre 6 GW e 7 GW de nova potência instalada, deixando o RS autossuficiente e exportador de energia. “Caso se concretize esse cenário, em uma visão conservadora, vislumbramos um volume de investimentos diretos na economia gaúcha entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões nos próximos 10 anos”, pontua Sant‘Anna.

Nesse cenário, a fonte eólica será a maior beneficiada, tanto pela vocação natural da região quanto pelo número de projetos existentes e que hoje estão travados pela falta de capacidade de escoamento de energia, acrescentou. Em menor proporção, e em ordem de potencial capacidade, Sant‘Anna também enxerga possibilidades para térmicas a gás e carvão, PCH’s e solar.

Sobre as perspectivas de mercado, o empresário diz que hoje, apesar da existência de fundos de investimento especializados em energia e infraestrutura, os investidores mais atuantes e os que mais viabilizam projetos no Brasil são os que chamamos de “estratégicos”, isto é,  empresas especializadas no setor de energia, na maioria das vezes multinacionais com atuação global, também chamadas de utilities.
Mercado livre

Sobre as novas regras do mercado livre, Sant’Anna é otimista. ”Além da oportunidade criada para milhares de consumidores que poderão contratar energia a um custo mais baixo, acreditamos que sua ampliação será um dos principais vetores de crescimento para a concretização de novos empreendimentos de geração, independentemente da fonte”.

De modo geral, o modelo de comercialização que vem sendo mais utilizado consiste em vender no mercado regulado o mínimo permitido de 30% da garantia física dos projetos. E o restante por meio de contratos de longo prazo no mercado livre, buscando atingir um preço médio adequado para torná-los factíveis, pois atualmente, devido a fortíssima competição nos leilões, os preços obtidos no mercado regulado são extremamente competitivos e insuficientes para garantir viabilidade aos projetos nesse ambiente de contratação, explicou.
Fundação

Fundada em 2006 com o objetivo de desenvolver projetos eólicos de grande porte no extremo sul gaúcho, a Renobrax operava inicialmente sob a marca Pampa Eólica. Dos três sócios fundadores originais, permanecem na sociedade Adelar Schmitt e o controlador e presidente da empresa, Christian Hunt. Luiz Gustavo Sant’Anna e Ricardo Rosito ingressaram na sociedade em 2008.

A partir de 2014/2015, após emplacar cerca de 600 MW nos leilões de 2011 e 2013 e ingressar no desenvolvimento de projetos solares fotovoltaicos no nordeste, a empresa sentiu necessidade de atrair novos talentos. Com isso, ingressaram na sociedade Alex Petter, Otávio Marshall, Pedro Mallmann e Stevan Silveira, além de colabores diretos e parceiros. Atualmente, a Renobrax opera com um quadro de 13 colaboradores, cuja maioria faz parte do núcleo controlador.

 PROJETOS EÓLICOS

  1. Canelões – 500 MW – Santa Vitória do Palmar – RS
  2. São Miguel – 200 MW – Chuí – RS
  3. Afogados – 300 MW – Santa Vitória do Palmar – RS
  4. Jaguarão – 100 MW – Jaguarão – RS
  5. Bretanha – 300 MW – Jaguarão – RS
  6. Passo do Tigre – 300 MW – Bagé – RS
  7. Serra dos Antunes – 200 MW – Piratini – RS
  8. Livramento – 300 MW – Sant’Ana do Livramento – RS
  9. Tapes Dona Helena – 200 MW – Tapes – RS
  10. Santa Helena – 500 MW – Quaraí – RS
  11. Três Divisas – 700 MW – Alegrete/Uruguaiana/Quaraí – RS

PROJETOS SOLARES

  1. Paineira – 340 MWp (1ª Fase) + 1000 MWp (2ª Fase) – Monte Alegre do Piauí – PI
  2. Chateau Fort – 300 MWp – São João do Piauí – PI
  3. São João do Piauí – 60 MWp – São João do Piauí – PI
  4. Porto Alegre – 1000 MWp – Santa Rita de Cássia/Júlio Borges – BA/PI

 

 

 

 

 

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