Sindieólica prevê cenário mais favorável para os grandes negócios no RS com as novas linhas de transmissão

Linhas de transmissão da CEEE/Foto: Fernando C. Vieira

Um novo cenário, mais atrativo e favorável para os grandes negócios, é o que o Rio Grande do Sul deverá ganhar a partir da instalação das linhas de transmissão que fazem parte dos cinco lotes arrematados na quinta-feira, dia 20 de dezembro, exatamente por cinco empresas diferentes, todas elas de grande tradição no mercado. Pelo menos essa é a opinião do presidente do Sindicato das Indústrias de Energia Eólica do RS (Sindieólica-RS), Guilherme Sari, em entrevista à Modal. “Entendemos que essas obras de infraestrutura irão modificar positivamente o estado no sentido de um crescimento importante. Em investimentos e atores que vão passar a olhar o RS como uma região estratégica e fundamental para a realização de grandes negócios”.
A seguir, leia a entrevista completa:

 As diferenças entre o leilão do dia 20 e o anterior
O leilão do dia 20 de dezembro teve uma consolidação em importância de competitividade de empresas assim como representatividade. Todas são empresas de porte e com histórico muito importante no setor elétrico. Diferente do anterior em que tínhamos uma empresa responsável por toda uma infraestrutura de linhas e subestações e obrigada a lidar com todo um processo de licenças ambientais e mesmo fundiárias para realização do empreendimento. Uma tarefa que se mostrou complexa e que acabou não sendo atingida.

 As vantagens da diversificação de investidores
No nosso ponto de vista, fundamental. Segmentar o risco de todo esse importante projeto de infraestrutura se mostra vital para o objetivo final de sucesso na realização. Obviamente que entendemos a importância e trabalho que serão realizados e por tudo isso entendemos que dividir o risco faz mais sentido. Mas muito mais com empresas consolidadas e de grande representatividade nacional. Nesse sentido podemos comentar que já foi um sucesso.

A capacidade financeira dos futuros investidores
Estamos falando de players com grande histórico no setor elétrico e com trabalhos desenvolvidos nesta área, assim como é o caso da Eletrosul. Mas temos outras questões envolvidas. São elas: o fracionamento dos lotes, o que torna mais factível a execução das obras, reduzindo os riscos para todos; o posicionamento de cada uma das empresas no setor e um leilão que permitiu um estudo capaz de definir as estratégias.

Prazos mais curtos para a conclusão das obras
Essas obras têm condições de serem executadas em prazos menores aos exigidos pela Aneel, ou seja, março de 2024. Existe um histórico de trabalho que não pode e nem deve ser perdido. Além do mais, os prazos estão muito confortáveis. Vai depender da estratégia de cada empresa e do planejamento econômico. O fato é que com a divisão dos lotes cada empresa terá mais foco no seu trabalho. Teoricamente, isso faz muita diferença para agilizar a realização do empreendimento.

O que o governo do estado deve fazer para facilitar a execução das obras
O governo do estado deve agir como parceiro fiscalizar do processo. Deve estar junto e acompanhando o passo a passo da execução dos trabalhos de forma ativa. Chegamos a cogitar internamente que deveria ser destinada uma sala dentro da Secretaria de Minas e Energia (na época) para instalar os chineses. Pensamos parecido em relação a todas essas empresas vencedoras. Não podemos ter surpresas na execução desses empreendimentos para evitar desgaste e um atraso de cronograma. Foi um novo edital e são novas empresas, mas o RS já está atrasado em quatro anos e essa conta pesa em relação aos investimentos no setor elétrico e tudo o que ele representa para a economia do estado.

A questão das licenças ambientais concedidas à Eletrosul
São ativos que podem ser usados. Vai depender da negociação entre as empresas. O que não pode é ser perdido o que já foi realizado. Sabemos que estas informações estão com a Fepam e também sabemos quais consultorias ambientais realizaram para poder agilizar qualquer parte do processo de licitação que de fato é um ativo definido e relevante. A Fepam tem ciência disso e tanto ela como o governo e entidades ligadas ao setor devem e podem colaborar para agilizar esse processo.

 

 

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