Dois episódios, em Mariana (2015) e Brumadinho (2019) – o maior acidente de trabalho no Brasil, no século, envolvendo a perda de centenas de vidas humanas –, selaram o que era sabido, mas negligenciado: a manutenção de barragens deve ser permanente. “No setor elétrico, esse trabalho é essencial para evitar a paralisação da produção ou, no pior dos casos, evitar acidentes”, diz Jorge Ribeiro, CEO da Sultec Engenharia e Geotecnia, de Itapema (SC). “Essas ocorrência nas barragens de rejeito, aos olhos da maioria da população, acabou deixando todas as barragens em cheque. No entanto, as ligadas ao setor de geração de energia estão em um nível bastante diferente. As manutenções preventivas e preditivas foram e são ativos importantes no setor hidrelétrico”, completa. Criada em outubro de 2012, em Curitiba (PR), a Sultec Engenharia e Geotecnia iniciou suas atividades no segmento de saneamento e em seguida passou a operar na área residencial de alto padrão e no setor de geração de energia. Em Itapema (SC), onde se estabeleceu a partir de 2014, a empresa intensificou a atuação em UHEs, sobretudo no tratamento de infiltrações e de reparos estruturais . A partir de 2019, com a decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de criar uma força tarefa para fiscalizar barragens , a demanda se acentuou, relata o engenheiro civil Rafael Viapiana, responsável técnico de segurança de barragens da Sultec. “A tendência é se acentuar cada vez mais o monitoramento e manutenção de barragens do órgão regulador”, diz o executivo. “O fato é que com os desastres ambientais ocorridos no Brasil, houve uma espécie de despertar de consciências”. Responsável pela fiscalização de 616 barragens no país, em 437 usinas, a Aneel criou ua força-tarefa em fevereiro de 2019 para fiscalizar 142 UHEs em 18 estados, e também passou a exigir uma atualização dos planos de segurança de barragens (PNSBs), estabelecida pela Lei nº 12.334, de 20 de setembro de 2010. https://www.gov.br/aneel/pt-br/assuntos/geracao/seguranca-de-barragens As UHEs, em sua maioria, observa Viapiana, cuidavam da parte eletromecânica. “Agora, a manutenção civil anda junto. O setor percebeu que não adianta manter os equipamentos como turbinas e outros em conformidade e esquecer as estruturas de concreto”. A presença de alpinistas industriais nos serviços de manutenção é um dos pioneirismos da Sultec. “Trata-se de uma alternativa que permite um trabalho em locais de difícil acesso por meio de guindastes e naqueles em que não há estruturas para andaimes “, explica Viapiana. Em seus 10 anos de atividades, em seis de outubro de 2022, a Sultec operou em mais de 100 UHES no país no tratamento de infiltrações; recuperação das estruturas; monitoramento de condições estruturais; limpeza de rock traps; tratamentos geotécnicos, entre outros serviços técnicos. Homenagem da MC Bauchemie Ribeiro considera as hidrelétricas nacionais ao nível das europeias em termos de qualidade e durabilidade e cita as UHEs Campos Novos e Barra Grande, como aquelas que nutre um carinho especial. Com um crescimento robusto e sustentável nos últimos anos, em 2022, a Sultec fechou o ano com a superação significativa da meta estipulada para esse mesmo ano. “Esperamos manter essa trajetória nos próximos anos, o que representa um grande desafio”, diz Ribeiro, que pretende diversificar neste ano as atividades da Sultec nas duas regiões do pais em que ainda não atua: Norte e Nordeste.
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