Mencionada como prioridade do governo de José Ivo Sartori, a duplicação da ERS-118, de 21,5 quilômetros — onde circulam perto de 35 mil veículos por dia, um dos mais altos VDM entre as rodovias do estado—, começou a sair do papel.
Na última sexta-feira, a Comissão Permanente de Licitações (CPL) do estado declarou a proposta de R$ 47,2 milhões, da Sultepa Construções e Comércio Ltda., como vencedora do edital de licitação que trata da execução de serviços remanescentes e conservação da rodovia do km 11,00 ao km 21,50. A própria Sultepa é a responsável pelas obras do segundo lote, do km 6 a 11, que devem estar concluídas até o final de 2018.
Licitados os três lotes em 2010, o trecho do terceiro havia sido vencido pela Construtora Triunfo S.A. que teve rescindido seu contrato pelo governo do estado.
Área definida por especialistas como “conturbada”, com continuidade urbana entre municípios, o que, em regra, provoca grandes congestionamentos de veículos, acrescida de populações dependentes em vários sentidos, econômicos e sociais, a ERS-118 inicia em Sapucaia e passa por Esteio, Cachoeirinha e Gravataí.
Além desse entrave que dificulta sobremaneira o ritmo de construção da rodovia, antes de licitar coube ao estado a tarefa de desapropriar e remover cerca de 800 famílias de suas margens e de garantir as respectivas moradias.
Resta agora a licitação do primeiro trecho, do km 0 ao 5, ainda sem previsão, que teve suas obras iniciadas pela Conterra Construções e Terraplenagem e igualmente rescindido o seu contrato. Projetada em 1996 pelo governador Antônio Britto (1995-1998), a ERS-118 permaneceu inconclusa nos mandatos de quatro governadores: Olívio Dutra (1999-2002), Germano Rigotto (2003-2006), Yeda Crusius (2007-2010) e Tarso Genro (2011-2014).