Tradener mantém cronograma de obras em três PCHs (52 MW) no estado de Goiás

PCH Gameleira/Divulgação

Nem mesmo o aumento desmedido dos insumos que afetou drasticamente as obras civis, sobretudo do aço e do cimento, alterou o cronograma de obras de PCHs do grupo Tradener no rio São Bartolomeu, no sudeste do estado de Goiás. “Fizemos as compras de aço ainda no ano passado, de modo que esses últimos aumentos não nos afetaram”, disse a MODAL o presidente da Tradener, Walfrido Ávila.

Envolvida em três obras que devem agregar mais 52 MW de potência instalada em seu portfólio, a empresa iniciou em janeiro a construção da PCH Gameleira (14MW), entre os municípios de Cristalina e Luziânia.

No momento, estão sendo finalizadas as escavações em rocha, as quais devem estar concluídas ainda em julho. Também foi feita toda a escavação na margem esquerda, onde ficarão o vertedouro e a casa de força. “Quando terminar o desvio do rio, iremos concluir a barragem, porque em Goiás temos de fazer a obra no ciclo da chuva”, diz Ávila. “Uma situação interessante porque chove de abril a outubro e depois não chove mais; é nessa hora que temos de fazer aquilo que precisa”.

Ainda em abril também foram iniciadas as obras da PCH São Bartolomeu (12 MW), no município de Luziânia. Para janeiro de 2022 está previsto o início das obras da PCH Salgado (16 MW), também no município de Luziânia.

PCH São Bartolomeu/Divulgação
PCH São Bartolomeu/Divulgação

“Já estamos preparando parte das linhas de transmissão e de subestação e desapropriação de áreas de uma forma proativa”, diz Ávila. “Hoje os moradores dessas regiões reagem de uma forma muito positiva para esses empreendimentos de PCHs, porque eles têm ciência sobre a sua importância para a economia local”, acrescenta. “Muito diferente de anos anteriores; hoje todos querem fazer tudo da forma mais correta possível, a preços de mercado, são raras as exceções”.

No global, será investido nessas três PCHs um volume de cerca de R$ 390 milhões, dos quais 70% de emissões de  debêntures de infraestrutura, com o restante de acionistas. Todas as unidades contarão com equipamentos da Voith, gestão técnica do proprietário da G5 e projeto executivo da Intertechne. Ainda em novembro do ano passado, a empresa inaugurou PCH Tamboril (15,8 MW), também no estado de Goiás.

Firme em seu objetivo de avançar na produção própria de energia, a Tradener já está focada nas obras de mais duas PCHs no rio Corumbá, também em Goiás, com 30 MW de potência instalada em cada unidade, com um investimento médio de R$ 4,5 milhões/ kW.

Cada uma das usinas contará com nove máquinas de 3,3 MW.  A participação da Tradener será de 55% nos dois projetos. “Até janeiro de 2022 queremos avançar nas licenças ambientais para cadastramento nos leilões”, previu Ávila.

Também empenhada em diversificar as fontes de energia, a Tradener deverá inaugurar em julho a usina eólica Pindaí, de 80 MW, na Bahia, em associação com a Wobben, fabricante de equipamentos, na qual a empresa paranaense é a responsável pelo PPA.

Em abril foi fechada compra de 51% da eólica Mangue Seco2 (26 MW) pelo Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia Pirineus, do grupo Tradener. A fatia pertencia à Petrobras e foi vendida por R$ 32,97 milhões. O FIP Pirineus atua em projetos voltados para o setor de energias renováveis, de transmissão e geração de energia, gás e correlatos. O fundo já detinha 49% da eólica.

Ainda na fase de aquisição de equipamentos, a Tradener definiu como próxima meta o desenvolvimento do projeto Chicolomã (90,50 MW), em sociedade com o grupo Enerfin, no RS. O parque será composto pelas eólicas: Lagoa dos Barros I,II, III, com 27 unidades  Wobben/ENERCON de 3.50 MW e 130 metros. Os projetos contam com Licença de Instalação vigente e possibilidade de rápido início de obras.

Atualmente a Tradener comercializa no mercado livre cerca de 750 MW médios por mês, o que deve elevar-se em torno de 10% em 2022, segundo prevê Ávila. Ao total, opera com uma potência própria de 100 MW que deve chegar a 200 MW em 2022. A empresa foi a primeira comercializadora autorizada pela Aneel.

 

 

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