Usina Termelétrica Pampa Sul inicia operação comercial

Usina Termelétrica Pampa Sul-foto Tiago Dickman

Nesta sexta, 28 de junho, a Usina Termelétrica Pampa Sul, investimento de mais de R$ 2 bilhões da Engie, obteve da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a autorização para dar início a sua geração comercial. O empreendimento foi viabilizado no leilão de energia A-5 de novembro de 2014, antes do Grupo Engie anunciar sua estratégia global de sair da geração a carvão,  e suas obras iniciaram em junho de 2015, depois da obtenção da Licença Ambiental de Instalação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A usina, com capacidade instalada de 345 MW e movida a carvão mineral, é o maior projeto desenvolvido no Sul do Brasil nos últimos anos. Sua construção ficou a cargo da SDEPCI, empresa chinesa que tem larga experiência em obras com tecnologia de ponta no segmento termelétrico. “Estamos entregando uma usina de alto padrão tecnológico que ajudará muito na estabilidade da operação do Sistema Interligado Nacional”, afirma o diretor-presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini.

Entre os diferenciais tecnológicos da UTE Pampa Sul, o executivo ressalta uma série de equipamentos que aprimoram seu funcionamento e diminuem as emissões atmosféricas. “Superamos muitas dificuldades, como o atraso na construção Subestação Candiota II e, ao mesmo tempo, demonstramos grande capacidade de execução”, complementa o executivo.

 

Durante os quatro anos de implantação da UTE Pampa Sul, uma série de programas socioambientais promoveu ações para evitar, mitigar e compensar impactos ambientais, assim como otimizar os investimentos sociais na região do entorno. As atividades contemplaram os meios físico, biótico e socioambiental, e tiveram seus resultados analisados no relatório que resultou na Licença de Operação (LO) da usina, emitida pelo Ibama.

As comunidades de Candiota e Hulha Negra, por exemplo, foram beneficiadas, entre outras ações, com a elaboração de Planos Diretores de Desenvolvimento Urbano e Ambiental, que auxiliarão no desenvolvimento ordenado das cidades. Também foram promovidas ações para auxiliar no enfrentamento do problema histórico dos municípios com o abastecimento de água. Em Candiota, uma nova Estação de Tratamento de Água (ETA) foi construída por meio de um convênio entre a Prefeitura e a UTE Pampa Sul com investimentos da ordem de R$ 2 milhões.  Essa instalação deve suprir as necessidades de suprimento de água do município por, pelo menos, mais 20 anos.

Já em Hulha Negra, além de uma nova ETA, o próprio reservatório de água construído para abastecer a usina vai possibilitar a captação para a cidade. A adutora que permitirá a utilização do recurso hídrico está em fase de licenciamento pela Prefeitura de Hulha Negra. “Durante a implantação das obras da usina, nosso foco esteve igualmente voltado para ações nas áreas de influência da UTE Pampa Sul direcionando para as principais necessidades das comunidades, buscando auxiliar na promoção de melhorias que impactam diretamente na qualidade de vida das pessoas”, salienta o diretor-presidente da Engie Brasil Energia.

A entrada em operação da usina é mais um passo importante dado na direção da sua venda. Seguindo uma estratégia global, em 2015, a Engie anunciou a saída de todos os seus ativos de geração a carvão. No Brasil, a empresa fechou a Usina Termelétrica Charqueadas e está com processos de venda do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda e de Pampa Sul em andamento.

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