UTE Cambará encaminha à Fepam pedido de LI da linha de transmissão e fica a um passo de iniciar as obras

Maquete da UTE Cambará

Um dos últimos entraves que impedia a Omega Engenharia, de Porto Alegre, de dar continuidade ao cronograma de construção da UTE Cambará à biomassa de madeira fina, de 50 MW, que ficará localizada a 20 quilômetros do município do mesmo nome, deve ser resolvido.

Ainda nesta semana, a empresa deverá encaminhar à Fepam o pedido de LI da linha de transmissão de 438 kW, de 43 km de extensão, que liga o site até a subestação da RGE situada no município de São Francisco de Paula, onde será conectada ao Sistema Interligado Nacional. O processo acabou sendo retardado devido à necessidade de obter a anuência do Ibama, o que, afinal, foi superado a partir do envio de toda a documentação solicitada.

Vencedora no leilão A-6, de dezembro de 2017, a obra irá demandar investimentos de R$ 300 milhões, com recursos por meio de financiamento externo e o restante do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul). O empreendimento será viabilizado por meio de uma parceria com a Urbana, do grupo Moinho Estrela, de Canoas (RS).

A UTE deve iniciar a geração de energia em janeiro de 2023. Com contrato de 25 anos e tecnologia nacional, o projeto deverá gerar cerca de 400 empregos diretos durante a fase da obra e 40 na operação.

Além dos investimentos, o projeto deverá viabilizar receitas entre RS$ 17 milhões e R$ 32 milhões por ano aos cerca de 20  fornecedores de madeira da região, que inclui municípios como Jaquirana, Bom Jesus e São Francisco.

O RS conta com uma área plantada de pinus de 268.000 hectares, gerando uma disponibilidade anual de madeira para diversos fins de aproximadamente 8 milhões de toneladas por ano.  Se for considerado que esta madeira esteja sendo manejada em multiusos-  abastecendo toda a cadeia de custódia de uma indústria de base floresta- haveria uma  disponibilidade anual de resíduo e torete em torno de 4 milhões de toneladas por ano, o suficiente para abastecer quatro usinas termoelétricas de 50 MW, segundo dados do Sindimadeira-RS.

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