Ve3, uma microempresa de Porto Alegre, avança no mercado de planejamento de supply chain

Planejamento da cadeia de suprimentos ainda é ignorada por grande parte das empresas/Foto/Porto do Rio Grande/Divulgação

O processo de planejamento da cadeia de suprimentos conhecida como supply chain, que inclui a necessidade de prever como será o comportamento de demanda nos canais de vendas para conseguir repor os estoques, é uma preocupação constante para determinadas empresas cujo desafio maior acontece no período de Natal.

“Muitos clientes têm cadeias de suprimentos muito longas, desde a China ou da Europa, e se acontecer um erro na hora do planejamento, haverá falta de estoque na hora de vender”, exemplifica Carlos Panitz, diretor da Ve3, de Porto Alegre, especializada no desenvolvimento de software de planejamento de demanda, consultoria de logística, gestão da cadeia de suprimentos e prestadora de serviços terceirizados.

Setor industrial responde pela maior arte das receitas

Com formação em engenharia civil e mestrado em logística pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Panitz criou a Ve3 depois de passar pela NET, Triches e MWM. Foi com sua experiência na montadora americana que sua empresa passou a dedicar-se com maior ênfase ao setor industrial que responde por 80% das receitas, com o restante de distribuidoras de compra e venda. O segmento do varejo, que por enquanto participa apenas esporadicamente de sua clientela, começa a sinalizar cada vez mais interesse graças à expertise em soluções para a gestão de demanda.

“Fazer da cadeia de suprimentos uma fonte de rentabilidade para as empresas é uma tendência cada vez mais forte no mercado”, diz Panitz, que também é autor de um dicionário sobre termos logísticos. “Com base no planejamento de processos é possível uma redução de custos apenas com um pouco de foco na gestão de transportes”, completa.
“É como mato alto”

Existem projetos de gestão, segundo Panitz, que permitiram a redução da conta-frete da empresa de até 12% do orçamento geral da logística. “Uma empresa que fatura R$ 1 bilhão e tem um custo logístico de R$ 120 milhões, pode conseguir um corte de 12%, o correspondente a R$ 15 milhões”, compara. Apesar dessas evidências, a gestão em logística ainda é incipiente no Brasil, pontua Panitz. “É como um mato alto. Existe muita coisa para cortar, pois a maioria não tem noção sobre o processo de planejamento da cadeia”.
Novas tecnologias

Em linha com as novas tecnologias como a plataforma big data analytics, a Ve3 desenvolve técnicas para identificar padrões de demanda de clientes de vendas online. “Estamos trabalhando muito nisso para ajudar o cliente a identificar oportunidades de crescimento de vendas, o que faz arte do guarda chuva do processo de planejamento da cadeia”, explica Panitz.

Com 24 funcionários, dos quais nove na área de produção de software e 15 em contratos de terceirização e consultoria, a empresa criada em 2012 projeta para este ano um crescimento de 30% em comparação ao ano passado. Até o momento, a VE3 acumulou mais de 30 mil horas de projetos de consultoria, capacitação e TI. “Somos um tipo de empresa que prefere pôr a mão na massa e ir ao chão de fábrica, em vez de ficar em uma sala projetando slides”, define Panitz.

 

 

 

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