Turbina eólica instalada em Tubarão (SC ) faz parte do projeto do primeiro aerogerador nacional, que tem por objetivo desenvolver tecnologia para a fabricação e instalação de equipamentos de grande porte no país.
O aerogerador está instalado no parque experimental de pesquisa e desenvolvimento da Engie e é resultado de um projeto estratégico com recursos de P&D da companhia com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e das Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A (CELESC).
Teto tem por objetivo desenvolver e incentivar a tecnologia nacional em energia eólica para reduzir a dependência de outros países, por meio do fortalecimento da cadeia brasileira de fornecedores de componentes e prestadores de serviços para a fabricação e instalação de aerogeradores de grande porte.
Uma nova turbina, com 4,2 MW de potência foi instalada a 600 metros de outro aerogerador, de 2,1 MW, resultado da primeira etapa do projeto que entrou em operação em 2015. A análise do seu desempenho contribuiu para o desenvolvimento do novo aerogerador, mais adequado às condições de vento do Brasil. A energia elétrica gerada será futuramente fornecida ao Sistema Interligado Nacional (SIN), que faz a conexão entre as unidades de geração e os consumidores de energia elétrica.
A estrutura de testes montada pela WEG é a maior do tipo das Américas e está apta a atender futuras plataformas de até 6MW.
“O investimento da Engie neste projeto é superior a R$ 80 milhões e busca incentivar o mercado nacional para a energia eólica”, diz diretor de Novos Negócios, Estratégia e Inovação da empresa, Guilherme Ferrari. Segundo ele, o desenvolvimento de tecnologia brasileira pode trazer benefícios socioeconômicos para diversas regiões, aumentar a competitividade do país no fornecimento destes equipamentos no exterior e pode vir a reduzir o custo da energia gerada, trazendo benefícios diretos para o consumidor”, acrescenta.
Elbia Gannoum, presidente da ABEEólica, afirmou a MODAL que é uma grande alegria ver que as empresas seguem inovando e que hoje é possível ver nascer, pelas mãos da WEG, o primeiro aerogerador inteiramente nacional, resultado de uma P&D da Aneel. “Este é um avanço que mostra a força da cadeia produtiva nacional, os aprendizados da indústria e principalmente o fato de que temos uma grande competência tecnológica no setor eólico”, acrescentou.