Com a emissão das licenças de instalação, na última quinta-feira pela Fepam, das CGHs Touros II (1,25 MW), Touros III (2,40 MW)e Touros V (3,3 MW), a serem localizadas no município de Bom Jesus, a Eletrisa Operação e Manutenção de Usinas Hidrelétricas, de Blumenau (SC), pretende definir o cronograma de obras o mais rápido possível, segundo informou a MODAL o CEO da empresa Olinto Silveira.
A Eletrisa fará a gestão de todos os projetos previstos para o RS que incluem ainda Touros IV (5,75 MW), e Cerquinha III (7,27 MW), além de Silveira III (7,2 MW), em São José dos Ausentes. Ao total, a empresa deverá investir cerca de R$ 200 milhões de recursos próprios .“A expectativa é de iniciar uma obra a cada seis meses, começando com Touros IV, em março”, informou Silveira.
Roberto Zuch, presidente da Associação Gaúcha de Fomento às Pequenas Centrais Hidrelétricas ( agPCH), afirmou que a emissão dessas licenças, entre as mais antigas em tramitação na Fepam, tem um significado simbólico para a sociedade e investidores interessados em atuar no RS. “É uma demonstração efetiva de atuação da Sema e do órgão ambiental a favor do RS. Esperamos que essas licenças representem um marco nos processos de analise de licenciamento ambiental, para um novo normal, de forma que não volte a ocorrer casos de processos de licenciamentos com 10 anos ou mais de tramitação”, acrescentou.
Zuch destacou que o resultado foi possível graças à forma de atuação da gestão atual, no sentido de abrir espaço para o diálogo. “Dessa forma constituímos um grupo técnico das PCHs que nos permite entender os principais entraves e de como podemos atuar de forma coletiva a fim de saná-los.”
O Rio Grande do Sul conta hoje com 121 centrais hidrelétricas com pedidos de licenciamento ambiental, segundo dados da Abragel. Ao total, isso representa 778 MW de potência instalada correspondente a R$ 6,2 bilhões em investimentos. A construção dessas unidades, segundo a entidade, representaria a geração de 38.500 empregos diretos e cerca de R$ 310 milhões em unidades de conservação. Já a energia gerada a partir desses empreendimentos, atenderia o consumo de 2,3 milhões de habitantes.