Secretaria dos Transportes lança editais da RS-118 no início de 2017

Implantação dos pilares no Viaduto Rondon na RS-118/Divulgação

Herança de quatro governos sucessivos, as obras de duplicação da rodovia Mário Quintana, mais conhecida como RS-118, de 21,4 quilômetros, entre a BR-118 e a BR-290, poderão ter um desfecho ainda no governo José Sartori. Pelo menos essa é a intenção do engenheiro Vicente Brito Pereira, assessor de planejamento da Secretaria dos Transportes e responsável pelo empreendimento.
Uma das rodovias de maior movimento do estado – a última verificação, em janeiro de 2015, acusou um VDM de 21.284 veículos/dia (PELT-RS) –  teve suas obras de restauração, duplicação, pavimentação e de viadutos  iniciadas em 2002, no governo Olívio Dutra, mas até hoje permanecem inconclusas.
Falta de projetos, desapropriações mal feitas, invasões e falta de recursos, são fatores listados por Pereira para explicar a incapacidade dos governos que se sucederam de concluir a obra. “Pela primeira vez estamos tentando duplicar essa rodovia”, diz Pereira. “O fato é que nunca houve, até agora, uma tentativa séria de duplicação, porque não havia contratos, nem projetos de todo o entorno da obra.”
Durante o governo Yeda Crusius, em que ocupava o cargo de diretor-geral do Daer, Pereira encaminhou vários projetos de obras de arte e contratos de trechos, mas não conseguiu avançar.

Licitações
Atualmente em fase de elaboração de projetos, de desapropriações e de negociações com famílias invasoras, o objetivo da Secretaria dos Transportes é licitar os trechos entre os quilômetros 0 e 5, e entre os quilômetros 11  e 21,4 , no início de 2017. As três obras de arte existentes no lote 1 também serão licitadas. Uma vez cumprido esse cronograma, a assinatura dos contratos ficaria para o final do primeiro semestre. Esses trechos haviam sido licitados em 2010, saindo vencedoras as empresas Conterra e a Triunfo, as quais tiveram seus contratos rescindidos pelo estado.
Sobre os recursos a serem investidos, Pereira informou que ainda não há previsão. “A partir da licitação das obras é que teremos uma ideia do que será preciso aplicar.”
O lote dois, entre os quilômetros 5 e 11, vencido pela Construtora Sultepa, continua com as obras em ritmo normal, com a entrega prevista para o final de 2018, segundo informou o presidente da empresa Ricardo Portella Nunes.

Coordenação
Desde o início da nova administração, o estado executou a conserva e o recapeamento em todos os lotes da rodovia, em mais de nove quilômetros contínuos de rodovia, correspondendo a um total de 7.700 toneladas de CBUQ e 2.500 toneladas de rachão. Foi concluído o viaduto da Ritter, desapropriações, desvio pavimentado de 350 metros para o tráfego a fim de possibilitar a retomada das obras do viaduto Rondon e outros serviços.
Todas as obras estão sendo coordenadas pela Secretaria dos Transportes e o Daer, com execução do assessor de planejamento, que também deverá conduzir o programa de concessões de rodovias a ser lançado pelo estado em 2017.

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