CSG repassa R$ 12,3 milhões em ISS para 18 municípios do Vale do Caí e Serra Gaúcha

A Concessionária de Serviços da Serra Gaúcha (CSG) repassou R$ 12,3 milhões em Imposto Sobre Serviços (ISS) para 18 municípios do Vale do Caí e da Serra Gaúcha em 2024. O valor é proveniente da arrecadação do pedágio eletrônico free flow e foi distribuído proporcionalmente à extensão das rodovias concedidas em cada município. Os municípios de Farroupilha, Caxias do Sul e Ipê foram os mais beneficiados, com valores de R$ 1,68 milhão, R$ 1,01 milhão e R$ 1,22 milhão, respectivamente. Outras cidades como Antônio Prado, Flores da Cunha, Montenegro e Bom Princípio também receberam valores significativos. Mesmo municípios sem pórticos de cobrança, como Bento Gonçalves e Vacaria, foram contemplados. Os valores repassados pela CSG podem ser utilizados pelas prefeituras em diversas áreas do setor público, como infraestrutura, mobilidade e serviços públicos, de acordo com a legislação de cada município. O diretor-presidente da CSG, Ricardo Peres, destaca que o modelo de pedágio eletrônico free flow garante uma distribuição justa do ISS, beneficiando todos os municípios, independentemente da localização dos pórticos de cobrança. Além disso, o sistema moderniza a arrecadação, elimina filas e agiliza as viagens. A CSG também recolhe ISS sobre as obras que realiza, destinando o valor integralmente para o município onde a obra é realizada. Para obter informações detalhadas sobre os valores repassados a cada município, consulte a tabela disponível no site da CSG. SERVIÇOS PRESTADOS – ISS Municípios Beneficiados Anual Município de Antônio Prado 939.115,35 Município de Bento Gonçalves 18.324,20 Município de Bom Princípio 778.778,61 Município de Campestre da Serra 529.111,33 Município de Capela de Santana 673.414,44 Município de Carlos Barbosa 810.845,93 Município de Caxias do Sul 1.016.993,20 Município de Farroupilha 1.685.826,58 Município de Flores da Cunha 971.182,70 Município de Garibaldi 563.469,20 Município de Ipê 1.223.140,47 Município de Montenegro 820.008,03 Município de Portão 609.279,71 Município de São Leopoldo 159.420,57 Município de São Sebastião do Caí 746.711,22 Município de São Vendelino 407.713,50 Município de Triunfo 279.444,09 Município de Vacaria 89.330,48 Total 12.322.109,61
ANTT e governo federal assinam contrato de concessão da BR-381/MG

Nesta quarta-feira (22), no Palácio do Planalto, será realizada a transferência oficial, pelo governo federal, do controle de trecho da BR-381/MG para a empresa Nova 381, vencedora do leilão realizado em agosto de 2024. O diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale, e o ministro dos Transportes, Renan Filho, participam da cerimônia, ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O contrato trata de concessão do Sistema Rodoviário composto pela BR-381/MG, por 30 anos, no trecho com início em Belo Horizonte/MG, no entroncamento com a BR-262/MG (p/ Sabará) até o entroncamento com a BR-116/MG (Governador Valadares/MG), com extensão total de 303,4 km. Após a assinatura do documento, a empresa tem 30 dias para assumir o controle do trecho. A rodovia receberá mais de R$ 9 bilhões em investimentos (Capex e Opex). Entre as melhorias previstas estão 134,27 quilômetros de duplicação (27,3 km de obras remanescentes e 106,44 km de novos trechos), 83 quilômetros de faixas adicionais, 51 correções de traçado, além de áreas de escape, 1 Ponto de Parada e Descanso (PPD) para caminhoneiros e 23 passarelas para a travessia de pedestres.
Governo do RS lança consulta pública sobre concessão de rodovias do Bloco 2, no Vale do Taquari e Norte do estado

O governo do RS lançou, consulta pública para o projeto de concessão de rodovias do Bloco 2, com estradas localizadas no Vale do Taquari e Região Norte. O período de escuta da população fica aberto por ao menos 30 dias e as sugestões à futura concessão podem ser enviadas pelo consultarodovias@serg.rs.gov.br. Todos os questionamentos serão respondidos pela equipe técnica da Secretaria da Reconstrução Gaúcha (Serg), pasta responsável pelas parcerias público-privadas. Também está prevista a realização de audiências públicas nos dias 23 e 24 de janeiro, nas cidades de Passo Fundo, Lajeado e Venâncio Aires. O período de consulta pública faz parte do processo da concessão e tem o objetivo de aprimorar o projeto antes da publicação do edital e de sua implementação. Toda a documentação do projeto pode ser acessada no site Parcerias RS. O lançamento do edital está previsto para o primeiro semestre de 2025 e cerca de 90 dias depois será realizado leilão, na B3, em São Paulo, para definir o vencedor da licitação. O critério para definir o vencedor será o de menor aporte público conjugado com o maior desconto na tarifa. “É uma concessão fundamental para retomar e ampliar o desenvolvimento dessas regiões tão afetadas pelas enchentes. Por isso, o governo também está entrando com esse aporte de R$ 1,3 bilhão. Essa etapa de consulta pública é muito importante. É quando escutamos a população, que é quem vai se beneficiar dos novos serviços e das novas rodovias”, afirmou o secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi. A concessão Os investimentos previstos para qualificar as sete estradas que compõem o bloco (ERS-128, ERS-129, ERS-130, ERS-135, ERS-324, RSC-453 e BR-470) serão de R$ 6,7 bilhões, em 30 anos de concessão com a iniciativa privada. A estruturação conta com a parceria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O Bloco 2 abrange 32 municípios gaúchos (17,5% da população) e tem um total de 414,91 quilômetros de extensão. A concessão prevê a duplicação de 244 quilômetros e a implementação de 101 quilômetros de terceiras faixas para ampliar a fluidez e a segurança das estradas da região, uma das mais afetadas pelas enchentes de maio de 2024. Atualmente, as rodovias administradas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) são todas em pistas simples, com alguns trechos com terceiras faixas. A estruturação dos projetos viários leva em conta obras com foco na resiliência, com 16 pontes em cota elevada e acréscimo de camada drenante nas duplicações, localizadas em áreas afetadas pela enchente. Outras melhorias previstas na concessão são a implementação de 323 quilômetros de acostamentos, 73 quilômetros de marginais e 43 passarelas de pedestre, entre outras medidas. Também estão previstos socorro mecânico e médico 24 horas, monitoramento por câmeras e bases de atendimento aos usuários. O bloco contará com o sistema free flow, com a cobrança de pedágio em fluxo livre, sem praças físicas. A tecnologia funciona por meio de pórticos instalados nas estradas, que fazem a leitura da placa ou de um chip nos veículos. Serão 24 pórticos instalados nas rodovias do Bloco 2. O objetivo é promover uma maior praticidade, economia de tempo de viagem, redução de congestionamentos e uma tarifa mais justa e igualitária para os usuários, além de garantir uma maior sustentabilidade, sem impacto ambiental e reduzindo a emissão de gases poluentes. Nesse modelo, a cobrança é proporcional ao trecho percorrido. O usuário paga conforme circula nas estradas. Investimentos Dos R$ 6,7 bilhões previstos, R$ 1,3 bilhão será aportado pelo Executivo Estadual para reduzir a tarifa de pedágio e agilizar as obras necessárias. A liberação do recurso ocorrerá via Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs). Os demais valores serão investidos pela concessionária que vencer a licitação para administrar as rodovias do bloco. Somente nos dez primeiros anos da concessão do Bloco 2 serão investidos R$ 4,5 bilhões. O governo do Estado, também em conjunto com o BNDES, vai implementar esse mesmo modelo de parceria para as estradas do Bloco 1, que estão localizadas na Região Metropolitana e no Litoral. Os estudos que vão definir o volume de investimentos públicos estão em fase final. Conselho de Usuários A concessão do Bloco 2 prevê a criação do Conselho de Usuários, formado por representantes da sociedade nas regiões das rodovias. As atribuições do conselho são de monitorar, fiscalizar, dar sugestões e participar de reuniões frequentes, assim como dialogar com a futura concessionária. Investimentos adicionais que sejam necessários podem ser propostos pelo Conselho, com a participação dos usuários. Municípios beneficiados com a concessão Erechim, Erebango, Getúlio Vargas, Estação, Sertão, Coxilha, Passo Fundo, Marau, Vila Maria, Casca, Paraí, Nova Araça, Nova Bassano, Nova Prata, Serafina Correa, Guaporé, Dois Lajeados, Vespasiano Correa, Muçum, Encantado, Arroio do Meio, Lajeado, Cruzeiro do Sul, Mato Leitão, Venâncio Aires, Garibaldi, Carlos Barbosa, Boa Vista do Sul, Westfalia, Teutônia, Estrela e Fazenda Vilanova. Cronograma das duplicações Os 244 quilômetros de duplicações previstas nas rodovias do Bloco 2 começam a partir do terceiro ano da concessão, com ampliação de 6,4 quilômetros de extensão na ERS-135, 6,6 quilômetros na ERS-324 e 3,3 quilômetros na RSC-453, resultando em 16,2 quilômetros no período. No quarto ano serão 9,4 quilômetros de duplicações na ERS-130, 9,9 quilômetros na ERS-135 e 9,3 quilômetros na ERS-324. Ao todo, serão 28,5 quilômetros no ano. O quinto ano da concessão será o de maiores obras de duplicações. Serão 46,7 quilômetros de obras previstas, com 12,3 quilômetros na ERS-135, 10,4 quilômetros na ERS-324 e 24 quilômetros na RSC-453. O sexto ano terá 6,1 quilômetros na BR-470, 2,4 quilômetros na ERS-129, 5,4 quilômetros na ERS-324 e 12,8 quilômetros na RSC-453, concluindo o período em 26,7 quilômetros. No sétimo ano estão previstos 6,9 quilômetros na ERS-135, 5 quilômetros na ERS-324 e 15,4 quilômetros na RSC-453, totalizando 27,3 quilômetros. O oitavo ano terá 32,6 quilômetros de duplicações, sendo 3,7 quilômetros na ERS-128, 8,4 quilômetros na ERS-129, 18,7 quilômetros na ERS-130 e 1,8 quilômetros na ERS-324. O nono ano terá 17,7 quilômetros na ERS-324. A partir daí, os investimentos serão retomados em duplicações nos anos 13 ao 18, com duplicações em trechos específicos, resultando
Concessões rodoviárias e modernização da infraestrutura brasileira impulsionam crescimento da Pavesys Engenharia

Um dos principais players do segmento de concessões no país, a Pavesys Engenharia, de Porto Alegre (RS), encerrou o ano de 2024, com um recorde no número de contratos em 23 anos de história. Em entrevista exclusiva a MODAL, Fernando Pugliero, diretor da empresa, destacou o avanço significativo do programa de concessões rodoviárias do Paraná, com a conclusão bem-sucedida de quatro leilões, nos quais, em parceria com o Banco Mundial, fez parte da estruturação desses projetos, desde a elaboração de estudos de viabilidade até a definição de indicadores de desempenho. Foram cinco anos de estudos para consolidar essas concessões para os próximos 30 anos, nos principais trechos rodoviários do Paraná, relata Pugliero. Esses projetos de concessão foram baseados na contrapartida de desempenho das rodovias, com indicadores previamente estabelecidos, que serão fiscalizados pela ANTT. A mesma ANTT e a Infra S.A. foram os braços do governo federal em todo o processo, acrescentou. “O programa de concessões do Paraná é um modelo de sucesso que pode ser replicado em outros estados”, afirma Pugliero. “A participação da iniciativa privada, aliada à expertise da empresa, permitiu a elaboração de projetos mais eficientes e a otimização dos recursos públicos.” Ao todo, o pacote de concessões do Paraná engloba 3,3 mil quilômetros de rodovias e mais de R$ 50 bilhões em investimentos, divididos em seis lotes. Santa Catarina Além do Paraná, a Pavesys também está atuando em outros estados do Sul e Centro-Oeste. Em Santa Catarina, a empresa está envolvida em estudos para a viabilização de novas concessões rodoviárias, com o objetivo de melhorar a conectividade e o escoamento da produção. Segundo estudos, o estado promoverá uma concessão conjunta de 1.647 quilômetros de rodovias federais e 1.506 de vias estaduais. “Santa Catarina possui um grande potencial para o desenvolvimento de projetos de concessão, considerando a importância do setor logístico para a economia do estado”, destaca o empresário. Para esse estudo, a Pavesys foi contratada pelo BID e o governo federal, juntamente com outras consultorias. A expectativa é de que os leilões dos primeiros lotes ocorram ainda neste ano. Mato Grosso do Sul Em Mato Grosso do Sul, a Pavesys também está participando de projetos de concessão, voltados para a melhoria da infraestrutura rodoviária e o desenvolvimento econômico da região. Denominado Rota da Celulose, o projeto prevê a concessão de trechos das rodovias BR-262, BR-267, MS-040, MS-338 e MS-395, com investimentos de R$ 5,8 bilhões. Além desses projetos, a empresa participa da estruturação para o governo federal da concessão da BR-040 (Rio de Janeiro- Juiz de Fora) que será leiloada neste ano. Pioneira no Brasil, na aplicação do iRAP (International Road Assessment Programme), que promove o aumento dos níveis segurança nas estradas de todo o mundo, a empresa encerrou no ano passado a implementação do Sistema de Gerência de Pavimentos do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT)- SGP, abrangendo a rede pavimentada federal, depois de quatro anos de execução. Uruguai A experiência do governo brasileiro induziu o Uruguai a implementar o mesmo programa, cujo projeto deverá igualmente ser conduzido pela Pavesys. “Esse será primeiro projeto iRAP no Uruguai, o que nos traz muita satisfação por acreditarmos nessa linha de segurança viária”, afirmou Pugliero. “Somos otimistas em relação à evolução dessas tecnologias em países da América do Sul que ainda não a adotaram.” Para o empresário, o crescimento do mercado de concessões rodoviárias no Brasil abre novas oportunidades para empresas como a Pavesys. No entanto, é fundamental que o setor continue se adaptando aos desafios e buscando soluções inovadoras para garantir a sustentabilidade dos projetos. “Sem dúvida, vivemos o melhor momento em termos de concessões desde que esse processo iniciou no Brasil. Percebemos um número muito grande de grupos e instituições dentro e fora do governo de altíssima qualidade de diversas formações, desde a área da engenharia, jurídica, econômica, de diversos setores do conhecimento. “ Confraternização de final do ano reuniu os 160 colaboradores da empresa Evolução O empresário também aponta o papel das agências reguladoras nos programas de concessões, o que contribui para a maior segurança dos usuários e redução de custos operacionais. “Todas essas agências estão se consolidando com equipes e pessoas de alta qualidade. Assim, gradativamente, os programas de concessões rodoviárias foram sendo adaptados e melhorados, tornando-se viáveis dentro do que se procura com esse tipo de concessão”. O Brasil – prossegue o diretor da Pavessys- tem evoluído também com o auxílio dos Tribunais de Contas e de órgãos estaduais rodoviários estaduais. Dado a esses avanços, existem projetos que incluem rodovias de menor importância e outros, como da Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, um dos ativos mais homogêneos de tráfego intenso. Ao todo, a Pavesys fechou em 2024 um total de 69 contratos, dos quais 12 relacionados com a estruturação de concessões. Apesar do recorde no volume de negócios, Pugliero observa que mais trabalho, em muitas vezes, não significa melhores resultados. “Existem variáveis que influenciam no contexto, como a inflação e taxa de juros elevada, que não favorecem as atividades empresariais”, afirma.
Boom do e-commerce impulsiona crescimento do setor logístico

O setor logístico brasileiro está vivendo um momento de grande expansão. Entre janeiro e outubro de 2024, o número de vagas abertas cresceu 94,7%, saltando de 34.288 para 66.765 oportunidades, segundo dados do Banco Nacional de Empregos (BNE). As funções que mais demandam profissionais são estoquista (com um aumento de 139,3% nas vagas), motorista (102%) e auxiliar de logística (84,7%). Juntas, essas três ocupações somam 16.699 novas oportunidades, demonstrando a forte procura por mão de obra qualificada no setor A expansão das oportunidades de trabalho na logística é reflexo do aumento da demanda por serviços logísticos, impulsionado por fatores como o crescimento do e-commerce, a recuperação da produção industrial e a necessidade de maior eficiência na distribuição de produtos. “O setor de logística tem uma participação importante na economia brasileira. Em 2023, foi responsável por 2,3 milhões de empregos diretos e indiretos”, explica José Tortato, COO do BNE. Mercado aquecido e desafios para o futuro Dados da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL) corroboram o bom momento do setor. Em 2023, o mercado de operadores logísticos gerou uma receita bruta de R$192 bilhões, com 71% dos operadores reportando aumento no quadro de funcionários. Apesar do crescimento, o setor enfrenta desafios como a necessidade de capacitar a mão de obra para atender à demanda crescente. “A necessidade de formação de profissionais qualificados reforça a importância de investimentos em treinamento e desenvolvimento”, afirma Tortato. Perspectivas positivas A perspectiva é de que o setor continue crescendo nos próximos meses, acompanhando a retomada da economia brasileira. “A logística tem se consolidado como um dos motores da economia brasileira, garantindo a geração de emprego e renda para milhares de brasileiros”, finaliza Tortato.
Obras de recuperação da pista de pouso e decolagem do aeroporto Sagado Filho chegam à etapa final

A etapa de pavimentação e de recolocação das diferentes camadas de asfalto da pista de 3.200 metros foi concluída. Nos próximos dias, serão finalizadas as etapas de sinalização horizontal, sinalização vertical/balizamento e a instalação dos instrumentos de auxílio à navegação aérea. O Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV) da Força Aérea Brasileira deverá realizar as aferições dos equipamentos que auxiliam as aeronaves nos procedimentos de aproximação, pouso e decolagem no próximo dia 9 deste mês. Essa é a etapa final para homologação da pista e da cabeceira 11. As taxiways (vias de acesso entre a pista e pátio de aeronaves) A, B, J, C e P, bem como a K, H e L, de acesso para a Aviação Geral, também serão entregues na data prevista. A partir desta etapa, o aeroporto passará a oferecer 13 posições de estacionamento para aeronaves, além da ampliação do horário de funcionamento do aeródromo, que hoje é entre 8h e 22h, para operação 24h, todos os dias da semana. Essa expansão permitirá que as companhias aéreas ampliem o número de voos com origem e destino ao Porto Alegre Airport. Além da pista completa, a Fraport Brasil entregará, no dia 16, a área internacional, incluindo os espaços para operação das autoridades alfandegárias – estruturas e equipamentos para Polícia Federal, Receita Federal, Vigiagro e Anvisa – a sala de embarque e desembarque, o que permite a retomada dos voos internacionais. Previsto para dia 19, o primeiro voo internacional será operado pela companhia aérea Copa Airlines. O voo proveniente da Cidade do Panamá (PTY) tem chegada prevista às 0h20 do dia 19. A partida do voo, saindo da capital gaúcha direto para PTY, está programada para a 1h25 da mesma data. Serão quatro frequências semanais operadas pela Copa, a partir desta data. No dia 02/01, serão retomados os voos de Porto Alegre para Lima, no Peru, e no dia 03, para Santiago, no Chile. Ambos os voos, operados pela Latam Airlines, terão 3 frequências semanais cada. As subestações de energia, fortemente impactadas pelas águas, foram recuperadas e estarão 100% operacionais a partir do dia 16/12. Desde o dia 21/10, data da reabertura parcial das operações no Porto Alegre Airport, inúmeros avanços ocorreram no processo de recuperação. No último dia 27/11, o check-in doméstico retornou ao seu espaço original, oferecendo mais espaço e maior comodidade aos passageiros e trabalhadores. A Fraport Brasil informa que seguirá realizando ações de melhoria na estrutura do aeroporto e terminal de passageiros, incluindo intervenções no pátio de aeronaves e vias de acesso. “Seguiremos trabalhando para que o Porto Alegre Airport seja reconhecido pelos passageiros e parceiros como um dos melhores do país. É o nosso compromisso com o Rio Grande do Sul e com o Brasil”, reforça Andreea Pal, CEO da Fraport Brasil
SC tem déficit na cadeia de comércio exterior de janeiro a outubro de US$ 19,08 bilhões

As exportações de Santa Catarina alcançaram US$ 1 bilhão em outubro, um aumento de 23,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado de 2024 até outubro, o estado exportou US$ 9,6 bilhões, uma queda de 0,9% em comparação a janeiro a outubro de 2023. Na liderança da pauta exportadora, as carnes de aves somaram US$ 1,6 bilhão nos dez primeiros meses do ano. Apesar do bom desempenho, houve um recuo de 2,9% no valor das exportações do produto no ano, em relação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com análise do Observatório FIESC, a queda foi resultado da doença Newcastle, encontrada em território brasileiro e que levou à imposição de barreiras sanitárias ao frango brasileiro. Na segunda posição, a carne suína registrou aumento de 6,5%, para US$ 1,3 bilhão no acumulado do ano. Apenas no mês de outubro, o aumento foi de 58,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Para o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, a indústria de proteína animal catarinense demonstra mais uma vez que, a despeito de situações adversas pontuais, segue competitiva no mercado internacional. Os motores elétricos também apresentaram crescimento nas vendas internacionais, sendo 25,3% entre janeiro e outubro de 2024 em relação a 2023. As exportações de madeira serrada também foram outro destaque no ano até outubro, com crescimento de 5,2%. Considerando apenas o mês de outubro, em comparação com o mesmo mês de 2023, o crescimento das vendas externas do produto foi de 73,3%. Destinos Os Estados Unidos foram o principal país comprador dos produtos catarinenses na análise acumulada, somando US$ 1,4 bilhão, o que representa um incremento 2,1% em relação a igual período do ano anterior. Na análise do mês de outubro, contra outubro de 2023, os EUA ficam na segunda posição. A China é o segundo destino no ranking das exportações catarinenses, com cerca de US$ 1,1 bilhão, número que representa um recuo de 24,4% no acumulado do ano. Considerando apenas outubro, o crescimento de vendas para a China foi de 21,3% em relação ao mesmo mês de 2023. Importações As importações catarinenses somaram US$ 28,14 bilhões nos dez primeiros meses do ano, um crescimento de 19,5% comparado a igual período de 2023. Apenas no mês de outubro, as compras do exterior atingiram US$ 3,3 bilhões, um aumento de 52,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Entre os principais produtos importados, o cobre refinado liderou o ranking, alcançando o montante de US$ 1,2 bilhão no acumulado de 2024, tendo alta de 39,5%. Esse desempenho é movido pelas indústrias catarinenses que utilizam o cobre na fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos. Na sequência, a indústria automotiva se destacou com a importações de partes e acessórios para veículos, devido ao aumento da demanda por automóveis no estado e no Brasil. Na mesma análise, a importação de pneus de borracha, que se trata de um bem associado à produção de automóveis, cresceu 21% no acumulado do ano. Origens A China é o principal vendedor para SC no acumulado do ano, com aumento de 27,7%, seguida pelo Chile e os Estados Unidos. O economista Matheus Porto, do Observatório FIESC, explica que “a indústria de transformação acompanhou o crescimento da atividade econômica, com destaque para a produção de bens de consumo duráveis e de bens de capitais. Tais segmentos utilizam insumos como polímeros de etilenos, revestimentos de ferros laminados planos, semicondutores, entre outros para a fabricação de diversos produtos catarinenses e isso ajuda a explicar a elevação das importações no estado
Encalhe de navios impulsiona busca de modelo para garantir manutenção e dragagens permanentes das hidrovias gaúchas

O encalhe de um graneleiro com bandeira de Hong Kong, o Mount Taranaki, em outubro, cujo incidente causou prejuízos e transtornos, como a paralisação da navegação no canal de Itapuã, pode ter sido o estopim para a definição de um modelo operacional capaz de deslanchar o modal hidroviário do Rio Grande do Sul. Pelo menos foi o que anunciou o secretário de Logística e Transportes do RS, Juvir Costella, em encontro com empresários do setor, quando assumiu o compromisso de buscar as condições “para garantir a manutenção das vias navegáveis do RS”. Secretário Juvir Costella Três décadas “Estamos há mais de três décadas discutindo esse assunto e temos todas as razões para confiar no secretário Costella”, afirmou Wilen Manteli, presidente da Associação Hidrovias RS e consultor portuário, com mais de 40 anos de atuação no setor da navegação no Brasil. Manteli lembra que a lei que originou a criação da empresa estatal Portos RS definiu como sua responsabilidade a administração e exploração dos portos, hidrovias e vias lacustres navegáveis no estado. Todavia, nunca houve a manutenção e dragagem das lagoas e dos rios Jacuí, Taquari, Sinos, Gravataí e Caí. “O Rio Grande do Sul precisa de uma saída, mas até por ignorância, por desleixo do setor público e da própria sociedade, não conhecemos a importância de uma hidrovia”, afirma. “Já tivemos 1,2 mil quilômetros navegáveis, hoje há cerca de 700 quilômetros”. Investimento Como resultado da repercussão internacional dos encalhes dos navios no canal de Itapuã devido ao assoreamento, no leito do rio Guaíba, no início de novembro o governo do estado anunciou a liberação de R$ 731 milhões, dois quais cerca de R$ 350 milhões para dragagens nas hidrovias gaúchas. O investimento prevê a execução dos serviços de batimetria e dragagem em mais de 320 quilômetros, além de cerca de 40 quilômetros de canais na área portuária de Rio Grande e do seu canal de acesso. Segundo Romildo Bondan, diretor de operações da Portos RS, os recursos liberados são de origem do fundo de reconstrução do estado, que foi criado após a tragédia climática de maio, disponíveis para os órgãos do estado com projetos ligados a essa finalidade. “ A Portos RS apresentou o projeto de dragagem da entrada do canal de acesso ao porto do Rio grande e da hidrovia que liga a Porto Alegre. O projeto foi aprovado e liberados os recursos”, explica Bondan. “Como já tínhamos licença ambiental, partimos para a contratação de empresa para a dragagem emergencial e do desassoreamento da hidrovia”, disse ele. “Havíamos feito a dragagem emergencial do canal de acesso, mas com caixa próprio da Portos RS, de R$ 80 milhões, para retomar o calado original de antes das enchentes”. Romildo Bondan Custo alto Ele prossegue: “Ficou faltando a dragagem da hidrovia, que não conta com recursos, na medida em que seu custo é muito alto, em torno de R$ 350 milhões, que foi suprido pelos recursos do fundo. A partir da liberação para dragagem, iniciamos o processo de contratação de emergência, primeiramente nos pontos críticos”. De acordo com Bondan, o assoreamento causado pelas enchentes foi o que determinou o encalhe dos navios Mount Taranak e EVA Shanghai. “Nós tínhamos acabado de dragar no porto de Rio Grande da saída da barra, em março, para 16 metros de profundidade”, acrescenta. “ Em maio depois dos eventos climáticos, alguns locais apresentavam assoreamento de 6 metros de lama e entulho; a mesma coisa aconteceu na hidrovia da Lagoa dos Patos”. O diretor de operações da Portos RS, lembra que depois da criação da estatal foram realizadas quatro dragagens do canal de acesso do porto de Rio Grande . “Ocorre que, para a dragagem e manutenção da hidrovia, o custo é muito alto, além do que as tarifas cobradas dos usuários atualmente não são suficientes, e dificilmente será possível chegar a um nível de tarifa que possibilitará essa dragagem . Isso vai depender de uma decisão da sociedade gaúcha ou até do governo federal porque a dragagem da hidrovia não se sustenta com as tarifas portuárias”. Bondan lembra que normalmente, as dragagens de hidrovias são subsidiadas ou pelo governo federal ou pelo estadual. “Nos Estados Unidos, o Exército responde pelos serviços de dragagem e sinalização de todo o vasto sistema hidroviário americano. Cada país tem seu modelo”, afirma. “A sociedade gaúcha terá de fazer essa discussão se ela quiser usufruir dos benefícios da hidrovia”. PPPs Wilen Manteli Diz Manteli: “O que propomos ao governo e ao setor empresarial, especialmente aos usuários do transporte fluvial é estudar todas as possibilidades para se construir um modelo para a prestação permanente dos serviços de dragagem. Por exemplo, se fala muito em privatizar esses serviços, o que já está se discutindo muito no Brasil sobre essa alternativa. Caberia estudar-se os vários tipos de concessão, como PPPs, patrocinada ou administrativa, para aferir qual seria a melhor alternativa. Em qualquer caso, a busca de uma solução deverá ser discutida, principalmente com os usuários desse modal, com ampla transparência, para evitar que se crie maiores ônus e dificuldades para o setor”. Em 2023, foram movimentadas, no modal, cerca de 6,7 milhões de toneladas e 50.341 contêineres.
COSUD reivindica inclusão no grupo de trabalho do MT que trata da renovação da concessão da Malha Sul

Em reunião do COSUD, realizada em Florianópolis, os estados membros manifestaram interesse em participar ativamente das discussões sobre a renovação das concessão da Rumo Malha Sul. O secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias de Santa Catarina, Ivan Amaral, destacou a importância da inclusão de representantes estaduais no Grupo de Trabalho instituído pelo Ministério dos Transportes para tratar do tema. Segundo ele, os estados têm projetos de novas ferrovias que necessitam de integração com a malha existente, e a participação nos debates é fundamental para garantir a atratividade para novos investimentos. Diante disso, os estados do COSUD solicitaram a inclusão desse ponto na Carta dos Governadores e a criação de um Grupo de Trabalho específico sobre ferrovias dentro da câmara temática de desenvolvimento econômico do próximo COSUD. Além disso, foi definida a criação do Plano de Logística e Transporte Regional, com a contratação da INFRA S.A. para a elaboração dos planos estaduais do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Participaram da Reunião de Ferrovias o secretário da SPAF, Ivan Amaral, o secretário-executivo do Gabinete de Projetos Especiais do RS, Clóvis Magalhães, a chefe do Departamento de Gestão e Planejamento de Infraestrutura e Logística do PR, Josil Voidela e o assessor do governador do RJ, Alex Castellar, além dos técnicos da Seplan-SC. Com informações de Rafael Mattos (SPAF/SC)
Fraport marca para o dia 19 de dezembro o primeiro pouso internacional do aeroporto de Porto Alegre após as inundações

A Fraport Brasil informou que a conclusão da obra da pista de pouso e decolagem, com 3.200 metros, está prevista para 19 de dezembro, quando será possível a retomada dos voos internacionais. No momento, a obra se encontra na última camada de asfalto e depois entrará a sinalização horizontal, o balizamento luminoso, os instrumentos de navegação e, depois, a homologação da pista em sua totalidade operacional de 3.200 metros. Após isso, os acabamentos finais e manutenções rotineiras, diz Cássio Gonçalves, diretor de infraestrutura e manutenção do Porto Alegre Airport. No dia 19, haverá o primeiro pouso internacional, com o voo inaugural da companhia aérea Copa Airlines. A rota direta para a Cidade do Panamá terá a frequência de três vezes por semana. Os próximos voos internacionais já confirmados são para Lima (Latam) e Santiago (Latam), em janeiro de 2025. Para estes destinos, as passagens já estão sendo comercializadas pelas companhias aéreas. Energia A recuperação das subestações de energia, fundamental para a recuperação total do aeroporto, também está em estágio avançado. Um passo importante foi dado com a ativação da alimentação da rede de 69 KV. Além disso, o aeroporto está com três subestações principais prontas: a KF3, que já está operacional para o atendimento do sistema de pista e balizamento luminoso, e outras duas essenciais, a KF1 e a KF4, que estão praticamente prontas, com previsão de estarem operando em 10 de dezembro. “A partir da implementação dessas medidas, vamos reestabelecer a capacidade do aeroporto”, explica Cássio.
RS supera projeções de arrecadação após as enchentes

No acumulado entre 1º de maio e 31 de outubro de 2024, o governo do RS arrecadou R$ 25,13 bilhões de ICMS, correspondente a um incremento de 4,2% (R$ 1,02 bilhão) superior ao que era projetado antes das enchentes. O desempenho foi impulsionado pela retomada da atividade econômica verificada a partir de julho, após quedas expressivas na arrecadação em maio (-17,3%) e junho (-8,9%). As informações são da 12ª edição do boletim econômico-tributário da Receita Estadual sobre os impactos das enchentes na apuração do tributo. Indústria retoma fôlego O mês outubro registrou indicadores positivos, assim como em setembro, nas vendas e nas compras da indústria, além de crescimento na arrecadação do ICMS. As vendas das indústrias tiveram 7% de alta em outubro em comparação ao mesmo período do ano anterior. Por setores, os destaques positivos são Tabacos (43,4%), Pneumáticos e Borracha (20,6%) e Madeira, Cimento e Vidro (15,5%). A única queda ocorreu no setor metal- mecânico (-5,4%). Por região, as maiores altas foram verificadas no Jacuí Centro (81,2%), Vale do Rio Pardo (31,3%) e Alto da Serra do Botucaraí (30,6%). Houve baixas nas regiões Fronteira Noroeste (-49,1%) e Alto Jacuí (-13,0%). Os dados refletem não somente os impactos das enchentes, mas também outros fatores econômicos e sazonais. O volume de compras das indústrias também avançou, indicando aquecimento da atividade econômica estadual. O nível de compras internas cresceu 22% em outubro de 2024 frente a outubro de 2023, com destaque para os setores de Combustíveis (87,0%), Pneumáticos e Borracha (85,4%) e Insumos Agropecuários (34,7%). Já as compras interestaduais aumentaram 8,4% no período, lideradas pelos setores de Tabacos (307,4%), Pneumáticos e Borracha (35,6%) e Plástico (30,0%). Nível de atividade dos estabelecimentos Conforme o levantamento, o nível de atividade dos estabelecimentos é parecido entre os que integram o chamado Regime Geral, de maior porte, e os do Simples Nacional, composto por micro e pequenas empresas. Dos 3.307 estabelecimentos do Regime Geral localizados nas áreas que foram inundadas, 82% tiveram oscilações dentro da normalidade na última semana de outubro (nível de atividade a partir de 70% do habitual), 5% operaram com nível médio (entre 30% e 70% do normal) e 13% apresentaram nível de atividade baixo – ou seja, volume de vendas inferior a 30% da média normal registrada antes das enchentes. No caso do Simples Nacional, dos 5.106 estabelecimentos em áreas que foram inundadas, 15% estavam operando com nível baixo, 3% em nível médio e 82% dentro da normalidade. No período mais crítico da crise, o percentual de normalidade esteve na casa dos 30%.
Trensurb solicita ao DMAE reforço na limpeza do entorno da casa de bombas

A Trensurb encaminhou ofício ao Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), pedindo reforço na limpeza da via urbana próxima à casa de bombas da bacia metroferroviária, após o alagamento ocorrido durante a chuva da noite de ontem (11). Equipe técnica da Trensurb constatou acúmulo de lixo na alça da Voluntários da Pátria e Av. Sertório. Mesmo assim, a via ferroviária da Trensurb permaneceu seca, mesmo com a excessiva quantidade de lixo que interferiu momentaneamente no acionamento da boia da casa de bombas. Reconstrução Na semana passada, a empresa contratada para a reconstrução da casa de bombas iniciou os trabalhos no local. Após o rompimento da comporta de número 14 do sistema de proteção contra enchentes de Porto Alegre em maio deste ano, diversas estruturas e equipamentos no local sofreram danos irreversíveis, incluindo painéis de controle e a subestação de alimentação elétrica das bombas. A nova casa de bombas terá sua capacidade de carga aumentada, assim como os dois grupos geradores de energia, garantindo redundância de abastecimento de energia elétrica e evitando paralisações das bombas. As tubulações internas da casa de bombas serão substituídas, bem como as válvulas e registros.
“É preciso investigar cada caso de assoreamento”, diz o professor Walter Collischonn

O professor Walter Collischonn da UFRGS responde com uma pergunta ao ser indagado sobre a questão do assoreamento de arroios , canais de drenagem e sistemas pluviais, tema que passou a fazer parte do Programa de Desassoreamento do Rio Grande do Sul (Desassorear RS) do Plano Rio Grande, lançado após as inundações. “Qual a frequência dessa palavra na imprensa? O fato de ser muito rara mostra, segundo ele, que o assoreamento não é um problema constante, pois o rio tende a transportar para jusante o material que chega de montante. No entanto, apesar de não acontecer de forma generalizada e constante nos rios do RS, existem alguns casos em que ele realmente ocorre, como, por exemplo, em trechos de rios que foram profundamente modificados, como no Arroio Dilúvio, em Porto Alegre, acrescenta Collischonn. Segundo ele, o assoreamento no Arroio Dilúvio se explica pelo constante aporte de material sólido relativamente grosseiro, como areia das áreas de expansão urbana e pela canalização com uma largura muito maior do que a largura natural do arroio original. “Aí, sim, ocorre a necessidade do trabalho contínuo de desassoreamento”, assinala. No caso dos rios maiores do RS, como o Jacuí e o Taquari, conforme ele, não existe esse tipo de alteração de forma generalizada. Mas mesmo nesses rios pode ocorrer o assoreamento em alguns pontos localizados, especialmente na proximidade das barragens construídas ao longo das últimas décadas. Outro tipo de assoreamento que pode acontecer com alguma frequência, repara o professor, é o assoreamento de trechos do canal de navegação ao longo dos rios, mas esse assoreamento localizado não necessariamente significa que o rio está assoreado. O assoreamento do canal de navegação não implica no assoreamento do rio. “O canal de navegação pode estar assoreado, mas o rio pode manter sua capacidade de condução de água durante as cheias, porque o canal de navegação, em muitos casos, representa apenas uma pequena parte da seção transversal do rio.” O RS vai ficar inundado novamente Com relação a uma possível inundação ocorrer novamente, o professor afirma com segurança que, caso a chuva que aconteceu em abril e maio de 2024 se repita, o RS vai ficar inundado novamente. Isso porque a chuva daquele período foi a maior já observada no Brasil em grande escala espacial e temporal. “Foi uma chuva absolutamente sem precedentes” Houve assoreamento? Onde houve assoreamento? Qual foi a magnitude do assoreamento? Essas perguntas são fundamentais, porque o assoreamento tem sido muito citado, mas sem muitos dados concretos, exceto em alguns trechos dos canais de navegação e em um trecho de banco de areia a jusante das ilhas do Guaíba, esclarece o professor. Uma cheia extraordinária, como a de 2024, tem alta capacidade de erosão. Então é muito provável que existam trechos relevantes dos rios em que ocorreu mais erosão do que assoreamento, argumenta. “Antes de qualquer ação de desassoreamento, é fundamental saber o que realmente aconteceu. Para isso, é necessário comparar um levantamento batimétrico – altitude do fundo do rio em todos os pontos, realizado antes da cheia – com um levantamento batimétrico atual – depois da cheia”, agrega o professor titular de Hidrologia nos cursos de Engenharia Ambiental e Engenharia Hídrica da UFRGS. Outras perguntas necessárias, segundo professor: O assoreamento que ocorreu tem influência significativa sobre o nível da água durante as cheias? Caso os sedimentos depositados sejam retirados por dragagem, o nível da água durante as cheias nos locais fortemente impactados irá diminuir significativamente? Essas indagações, conforme Collischonn , podem ser respondidas utilizando ferramentas da engenharia chamados modelos hidrodinâmicos. Esses modelos podem ser usados para analisar cenários da batimetria atual e da batimetria anterior à ocorrência da cheia. Os níveis da água calculados em diferentes pontos ao longo dos rios podem ser comparados. No caso de alguma cidade que sofreu com as cheias o nível da água máximo no cenário da batimetria atual seja muito superior ao nível da água máximo no cenário da batimetria de antes da cheia, ficará provado que o assoreamento tem influência significativa sobre as cheias. Nesse caso, uma nova simulação poderá ser realizada, modificando a batimetria no modelo, de acordo com a dragagem proposta. Os resultados dessa nova simulação devem ser analisados para checar se o problema será resolvido pela dragagem, explica o professor. Ele continua: “Em alguns casos, a retirada de sedimentos pode não ter impacto sobre os níveis máximos dos rios durante uma cheia. O banco de areia que se formou no rio Guaíba após a cheia é, provavelmente, um desses casos, pois o lugar em que o banco se formou é um local em que a água teve velocidade relativamente baixa durante a cheia. Assim como retirar um caminhão parado em um posto de gasolina, a 100 metros da estrada, não tem nenhum impacto positivo em reduzir o engarrafamento na estrada, retirar os sedimentos de um banco de areia numa parte do rio em que a velocidade da água é baixa pode não ter impacto nenhum sobre o nível da água máximo durante a cheia”. Os benefícios justificam os custos? Collischonn repara que reduzir a inundação em uma área A, localizada a montante, pode resultar em um aumento da inundação em uma área B, situada mais a jusante. Assim, uma dragagem que aprofundasse muito o rio Taquari entre Muçum e Roca Sales teria como consequência uma intensificação da inundação em Arroio do Meio. O desassoreamento ou dragagem não deve ser realizado se resultar na piora da situação em algum dos pontos impactados. E conclui: “A dragagem tem custos que não são desprezíveis. Em alguns casos, os custos da dragagem, e da constante repetição da dragagem, podem exceder os benefícios. Enfim, tudo se inicia pela realização de um levantamento batimétrico qualificado, e pela comparação desse levantamento com os anteriores, de modo a permitir uma análise da evolução do leito ao longo do tempo. Sem essa etapa inicial, a discussão seguinte é prematura”.
Paraguai planeja utilizar portos de Santa Catarina para ampliar comércio com o Brasil

A intenção foi manifestada ao secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias (SPAF), Ivan Amaral, durante reuniões no Ministério de Relações Exteriores do Paraguai e no Porto de Assunção, na última quinta-feira. O avanço nas negociações depende de autorização do governo do Brasil, informou secretário Ivan Amaral que esteve no Paraguai, junto com uma comitiva da Fiesc, Facisc e Movimento Pró-Ferrovias. O grupo participou da Expo Paraguay-Brasil 2024, encontro organizado pela Câmara de Comércio Paraguay Brasil e que é considerado o maior evento de negócios entre os dois países. Atualmente o país vizinho tem convênios com o Brasil para utilização somente dos Portos de Santos (SP), Paranaguá (PR) e Rio Grande (RS). Durante a reunião com o vice-ministro de Relações Exteriores, embaixador Víctor Alfredo Verdún Bitar, também foram discutidos projetos de infraestrutura para facilitar a logística. “Fomos entender a logística desta hidrovia e ver como esta carga pode chegar aos portos catarinenses. O vice-ministro vai pedir em Brasília que através de uma carta de intenções seja possível discutir com Santa Catarina obras estruturantes para viabilizar o comércio internacional”, relata Amaral. Atualmente o país opera uma hidrovia de 3,5 mil quilômetros no rio Paraguai até Montevideo. Entre as possibilidades do plano está a construção de uma ponte rodoferroviária, que permitirá ampliar as discussões sobre um projeto ferroviário conectando Paraguai, Argentina e Santa Catarina, no Brasil. “Hoje o grão do Mato Grosso percorre 1,8 mil quilômetros para chegar até o Oeste catarinense. Esta ponte permitiria trazer este importante insumo para a agroindústria, encurtando as distâncias para 300 quilômetros. Ou seja, temos diversas possibilidades e oportunidades para discutir e que beneficiariam tanto o Paraguai como o Brasil”, completa o secretário Amaral. Com informações de Rafael Matos – Assessor de Comunicação da SPAF-SC
Voos são retomados no Porto Alegre Airport

Na manhã de 21/10, os pousos e decolagens de voos domésticos foram retomados no Porto Alegre Airport. A operação em pista reduzida (1.730m) será gradual, com uma capacidade total de receber até 128 frequências domésticas diariamente, aproximadamente 12 operações por hora, entre 8h e 22h. Neste primeiro dia são aguardados 71 movimentos, com cerca de 9.800 passageiros, entre pousos e decolagens. Em novembro, esse movimento deve chegar a 122. “A equipe da Fraport Brasil e toda a comunidade aeroportuária comemoram a retomada dos voos domésticos ao Porto Alegre Airport. Fazemos acontecer todos os dias e recebemos de braços abertos os passageiros nessa retomada. É uma grande conquista para todos os gaúchos, para o turismo e para a economia”, comenta Andreea Pal, CEO da Fraport Brasil. No início da manhã o aeroporto apresentou queda de energia elétrica. Foi necessária a regulagem de um disjuntor para atender o aumento da demanda de energia no terminal de passageiros. As equipes atuaram para corrigir o problema e os sistemas já foram reestabelecidos. A situação específica não gerou nenhum atraso em pousos ou decolagens. A operação de retomada parcial dos voos ocorreu sem maiores transtornos. Os passageiros foram recepcionados com muita festa neste primeiro dia. Aqueles que chegaram e partiram nos primeiros pousos das empresas Azul, Gol e Latam, receberam uma bag tag da administradora do aeroporto. Em frente ao desembarque doméstico, a Secretaria de Turismo do Estado e diversas entidades do ramo estavam presentes com personagens e representantes nessa retomada.
Salgado Filho reabre para voos comerciais após cinco meses sem operação

Com cerca de 80% da capacidade operacional, o aeroporto Salgado Filho, principal hub do transporte aéreo da região Sul, retoma a operação de voos na próxima segunda-feira (21). A solenidade que marca a reabertura das atividades foi realizada na manhã de hoje pelos ministros de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e da Comunicação Social, Paulo Pimenta. A retomada dos serviços acontece após mais de 160 dias desde que o estado atravessou um dos piores eventos climáticos registrados nas últimas décadas. O primeiro voo deve pousar no aeroporto por volta das 8h da manhã e tem como origem o terminal de Viracopos. Durante sua fala, o ministro agradeceu o trabalho, a dedicação e o compromisso que todos tiveram na reconstrução do Rio Grande do Sul. “Esse ato de hoje tem um simbolismo muito grande, que é da unidade, da construção coletiva, mas o mais importante é o simbolismo da efetiva reconstrução do estado do Rio Grande do Sul. Eu vi muitas lutas que a Fraport enfrentou ao longo dessa caminhada e muito trabalho coletivo que foi feito ao longo desses últimos cinco meses ao lado do Governo Federal e do Governo do Estado”, destacou. No primeiro dia de operação, entre pousos e decolagens, serão 71 voos, com a previsão de movimentação de 9 mil passageiros. O número de pessoas transportadas corresponde ao dobro do total operado diariamente na Base Aérea de Canoas, terminal militar aberto de forma emergencial que garantiu a chegada e saída de pessoas durante o período de fechamento do maior e mais movimentado complexo aeroportuário do Rio Grande do Sul. Os primeiros voos chegarão dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, além de Brasília. Até o final do mês, estão previstos ainda voos para Belo Horizonte e Curitiba. Já no próximo mês, a expectativa é que o terminal passe a operar mais de 122 voos diários, transportando cerca de 16 mil viajantes. A retomada dos voos será realizada de forma gradual e cumprirá todos os critérios internacionais de segurança. Durante a primeira fase, as aeronaves utilizarão 1.730 metros de pista, o que torna o terminal apto a receber voos do mercado nacional. A fase seguinte ocorrerá após a conclusão do reparo de 1.400 metros da pista de pouso e decolagem, prevista para o mês de dezembro. Até lá, o terminal funcionará entre 8h e 22h.
Porto de Arroio do Sal terá investimento de R$ 1,3 bilhão e prevê geração de mais de 2 mil empregos

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, participou nesta sexta-feira (18) da cerimônia de assinatura do contrato para a execução do Porto Meridional de Arroio do Sal, no Rio Grande do Sul. O evento ocorreu na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) e contou também com a presença do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta. A construção prevê investimentos de quase R$ 1,3 bilhão e a geração de mais de 2 mil empregos diretos e quase 5 mil indiretos. Segundo Costa Filho, a “obra transformará a matriz econômica do Rio Grande do Sul, alinhada à política de desenvolvimento econômico do governo Lula. As oportunidades de trabalho abrangem diversos setores, desde a construção civil até funções administrativas e de suporte”, disse. O presidente da FIERGS, Claudio Bier, ressaltou a importância do ato que celebra, segundo ele, um marco histórico para o Rio Grande do Sul. “O Porto do Arroio do Sal não representa apenas um avanço estrutural, mas também uma vitória para todos os gaúchos”, afirmou, completando que o porto simboliza a recuperação econômica “que almejamos, possibilitando um caminho mais próspero para o Rio Grande do Sul”. O presidente da FIERGS lembrou que Santa Catarina conta com cinco portos marítimos e que essa disparidade gera inúmeros problemas que afetam diretamente a competitividade do Rio Grande do Sul. “Portanto, o custo de não realizar obras desta envergadura, sempre será imensamente superior ao investimento necessário para fazê-las, considerando os enormes benefícios que elas proporcionam à sociedade”, afirmou. Costa Filho ainda reforçou que com a conclusão do projeto, a produção logística gaúcha será impulsionada significativamente, abrangendo granéis líquidos e sólidos e um aumento expressivo no volume de contêineres, consolidando o Rio Grande do Sul como protagonista no desenvolvimento portuário brasileiro. “O Porto Meridional é fundamental, não só para o PIB do Rio do Grande Sul, localizado na região da Serra, mas muitas empresas que exportam e que hoje têm alto custo de logística, vão ganhar competitividade. Isso significa gerar empregos. Isso significa atrair mais investimentos”, declarou o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, que ainda lembrou o momento histórico que o País vive, em que o PIB (Produto Interno Bruto) voltou a crescer, menor taxa de desemprego e uma ampliação da massa salarial aumentando a capacidade de consumo da população. Localizado na costa do Rio Grande do Sul, o terminal de uso privado, terminal marítimo de Arroio do Sal, é um empreendimento estratégico que visa desenvolver uma infraestrutura portuária moderna e eficiente, capaz de atender à crescente demanda do comércio internacional. Além de facilitar o transporte de cargas, o porto tem o potencial de impulsionar o desenvolvimento econômico e social da região.
Tecon Rio Grande bate recorde nos nove primeiros meses do ano

Uma série de novas soluções além de parcerias com a companhia marítima sul-coreana, HMM, e a operadora de feeder cingapuriana, BTL, levaram o Tecon Rio Grande, do grupo Wilson Sons, a bater todos os recordes de movimentação de contêineres nos primeiros nove meses do ano. No acumulado, foram movimentados 616.581 TEUs, o que representou um aumento de 29% em relação ao mesmo período do ano de 2023. Ao todo houve uma alta de 10% nas exportações, com destaque para o transporte de madeira, celulose e utensílios domésticos. A importação também cresceu 17%, devido ao aumento nos desembarques de resinas, partes e peças e plásticos. O transbordo cresceu 335%. No ano deu-se o início das operações das linhas FIL (Far East-India-Latin America Service) do armador Hyundai Merchant Marine (HMM); e RBM (Rio Grande-Buenos Aires-Montevidéu) do armador Bengal Tiger Line (BTL), responsáveis pela concentração de cargas na região do Prata, favorecendo a tendência de elevação nos volumes de transbordo para a região. Setembro foi o melhor mês da história do terminal, com 79.997 TEUs e 45.140 contêineres movimentados, representando um crescimento de 45% comparado ao mesmo período de 2023. Além disso, os transbordos registraram um aumento expressivo de 498%, e as importações cresceram 32%. Paulo Bertinetti, diretor-presidente do Tecon Rio Grande, afirmou que com base na análise de mercado, o Tecon ofereceu soluções não convencionais de serviço, além de novas parcerias, o que alavancou novos negócios. “Buscamos aprimorar a eficiência dos serviços prestados aos embarcadores do sul do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, estabelecendo um marco histórico para a logística marítima do Cone Sul”, completou Bertinetti. O Tecon Rio Grande atualmente conta com mais de 3 mil clientes, entre importadores e exportadores, e recebe as principais linhas que escalam o Brasil, com serviços semanais para todos os trades a partir de 15 clientes armadores. Considerado o terminal de contêineres mais automatizado do Brasil e com localização estratégica, o Tecon Rio Grande tem capacidade para operar 1,4 milhão de TEUs e receber embarcações New Panamax com seus 900 metros de cais.
Global 5 fechou o semestre com monitoramento de cargas no valor de R$ 36 bilhões

A Global 5, de Curitiba (PR), uma das empresas homologadas pela FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), tem mostrado resultados expressivos no mercado de transporte de cargas. No primeiro semestre deste ano, a empresa monitorou cargas avaliadas em aproximadamente R$ 36 bilhões, com uma taxa de sinistralidade baixa de 0,000035%, comprovando a eficácia de suas estratégias de segurança. Ferramentas inteligentes A operação da Global 5 começa com a análise detalhada da apólice de seguros do cliente, criando um Plano de Gerenciamento de Riscos (PGR) personalizado. Esse plano traduz a linguagem técnica das apólices em ações práticas e claras, permitindo que o transportador entenda suas responsabilidades e saiba como cumpri-las de forma eficiente. Entre as ferramentas utilizadas, destaca-se a pesquisa cadastral avançada, que permite uma análise minuciosa do histórico de motoristas, veículos e outros envolvidos no transporte. A ferramenta é essencial para identificar potenciais riscos, como processos judiciais pendentes ou documentações irregulares do motorista ou do dono do caminhão. “Realizada em fontes públicas e oficiais, a pesquisa garante que a carga seja transportada com segurança, minimizando as chances de problemas durante a operação. Essa análise detalhada é fundamental para que o transportador não coloque sua carga nas mãos erradas”, ressalta Filipe Eduardo Dell Aira, especialista em gerenciamento de riscos da Global 5. Para certificar que todas as exigências sejam cumpridas, a Global 5 utiliza ainda um sistema de monitoramento de carga robusto capaz de atender 1,5 milhão de veículos e gerenciar mais de 2 milhões de viagens. Entre as tecnologias empregadas estão rastreadores via GPRS, 4G, 5G e satélite, que permitem o acompanhamento em tempo real de cada viagem, garantindo que os caminhões sigam as rotas preestabelecidas e alertando para qualquer desvio ou parada não programada. Além disso, para cargas de alto valor, a empresa utiliza iscas eletrônicas – pequenos rastreadores escondidos na mercadoria – que permitem localizar a carga mesmo em caso de desvio do caminhão. “Essas estratégias, combinadas com um software integrado que oferece controle detalhado e indicadores em tempo real, asseguram uma proteção pouco vista no mercado, minimizando riscos e melhorando os resultados para as empresas de transporte”, afirma o especialista.
IA impulsiona a eficiência na cadeia de suprimentos

A PwC revela que a Inteligência Artificial está transformando a gestão da cadeia de suprimentos, automatizando tarefas, otimizando rotas e melhorando a tomada de decisões. Todavia, de acordo com o resultado da pesquisa global da PwC com 4,7 mil líderes empresariais, incluindo o Brasil, a implantação da IA ainda enfrenta desafios como a qualidade dos dados, a integração de sistemas e a falta de capacitação. “Além de reduzir custos, melhorar a eficiência e criar resiliência, os investimentos digitais potencializam muito a qualidade da tomada de decisões e a visibilidade no setor”, afirma o sócio da PwC Brasil Rodrigo Damiano. Conforme o empresário, com base em análises preditivas, as empresas antecipam entraves e tendências de mercado, por meio de ajustes proativos nas estratégias do setor. ‘Essa capacidade de prever e se adaptar rapidamente a mudanças representa um diferencial competitivo importante em um ambiente muito volátil, como o atual, acrescenta. Obstáculos e soluções. A Pesquisa sobre Tendências Digitais em Operações 2024, da PwC, indica que, para 69% dos líderes, os investimentos em tecnologia não geraram os resultados esperados. O levantamento também revela que, das 70% das empresas que experimentaram ou utilizam a IA generativa, apenas 20% delas relatam o amplo uso desta tecnologia nas suas operações. O sócio da PwC alerta que as dificuldades do uso de IA na cadeia de suprimentos, embora complexas em uma primeira análise, é uma transformação possível de realizar quando bem estruturada. As empresas devem abordar a adoção da tecnologia com uma estratégia abrangente, que inclua uma gestão de mudanças eficaz e um investimento contínuo em capacitação digital. “Uma vez bem-sucedida, a IA vai além da adoção de tecnologias avançadas e requer transformações mais profundas na cultura organizacional”, observa Damiano. A PwC Brasil lista abaixo questões que as empresas devem dar atenção ao implantar uma estratégia de IA na cadeia de suprimentos : Qualidade e disponibilidade de dados. Esse é um tema crucial para a eficácia no uso de IA. Dados de baixa qualidade podem resultar em decisões inadequadas e afetar negativamente as operações. Portanto, é fundamental manter uma boa qualidade dos dados, a fim de assegurar a precisão, completude e relevância das respostas propostas pela IA. Integração de sistemas. Há uma grande necessidade de integração entre diferentes sistemas de TI, tanto internos quanto externos (fornecedores e clientes). A diversidade desses sistemas e a necessidade de interoperabilidade entre plataformas complicam a adoção de soluções de IA de forma eficaz. O processo de integração não é apenas técnico, mas também estratégico. Ele exige uma gestão de mudanças eficiente, que muitas empresas ainda negligenciam. Relação custo-benefício. A frustração com o alto grau de investimento em IA que não se traduz imediatamente nos ganhos esperados pode desencorajar a continuidade e a expansão do uso da tecnologia. Visão limitada. Há uma tendência nas empresas de se concentrar na redução de custos, em vez de explorar inovações e novos modelos de negócios baseados na IA. Esse foco limitado pode restringir o potencial de transformação e melhorias nas operações. Capacitação. A falta de capacitação adequada é uma barreira difícil de superar. Muitas vezes, a formação e o aprimoramento contínuo são negligenciados, o que deixa as equipes despreparadas para aproveitar as novas tecnologias. É importante envolver e treinar as pessoas dentro das organizações para o futuro do trabalho.
CSG instala seis estações meteorológicas no Vale do Caí e Serra Gaúcha e firma parceria com Agência Nacional de Águas

A CSG iniciou a instalação de seis estações meteorológicas entre o Vale do Caí e a Serra Gaúcha. O investimento total foi de R$ 142 mil. O objetivo é garantir maior segurança aos motoristas e iniciar a construção de um banco de dados nacional sobre as condições climáticas locais. O equipamento auxiliará ainda na elaboração de novos projetos e políticas que atendam melhor às necessidades das áreas de atuação da concessionária, incluindo a redução de possíveis impactos ocasionados pelas fortes chuvas, como as ocorridas em maio deste ano. Conforme o diretor-presidente da companhia, Ricardo Peres, os aparelhos serão capazes de monitorar e registrar variáveis climáticas, como temperatura, umidade, precipitação, direção e velocidade do vento, pressão atmosférica, sensação térmica, sendo que as estações de Antônio Prado e Farroupilha conseguirão, ainda, verificar visibilidade e neblina. Peres explica que no contrato de concessão estava prevista a compra e instalação de duas estações meteorológicas. Dada a necessidade de ampliar a capacidade de ações, em virtude das variações climáticas, todos os pontos com pórticos fluxo livre terão os equipamentos. “ Isso permitirá gerar dados no longo prazo e proporcionar maior eficiência e precisão na tomada de decisões que impactam diretamente na vida das pessoas e no desenvolvimento da região”, acrescenta. Segundo o diretor, o equipamento não será capaz de fazer previsões, mas alimentará registros, delineando fenômenos climáticos e garantindo o planejamento de estratégias em pontos emergentes da companhia. Como funcionarão as estações As estações meteorológicas são projetadas para operar de forma totalmente autônoma, utilizando energia solar e transmitindo dados via Wi-Fi ou redes móveis. Em locais sem comunicação, a estação armazena dados por até seis meses, que podem ser coletados manualmente por meio de um aplicativo. As informações são armazenadas em nuvem e podem ser acessadas através de um portal, permitindo uma análise em tempo real das condições climáticas. O equipamento possui um módulo de GPS integrado, que garante a exatidão geográfica dos dados. Os materiais fornecidos pelas estações podem ser utilizados para diversas aplicações, desde a prevenção de catástrofes naturais até o planejamento de projetos de infraestrutura. As informações geradas pelos aparelhos serão repassadas aos clientes da companhia por meio de informes à imprensa e comunidade. Parceria com Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) Com a instalação das estações, a CSG avança em parceria com Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) para compartilhamento de dados gerados no trecho de concessão. Eles poderão abastecer o Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH) para posterior análise pelo Grupo Técnico de Assessoramento para Estudos Hidrológicos e de Segurança de Infraestruturas de Reservação e de Proteção de Cheias do Estado do Rio Grande do Sul. Onde estão as estações meteorológicas – ERS-122 (São Sebastião do Caí) – ERS-122 (Antônio Prado) – ERS-122 (Ipê) – ERS-240 (Capela de Santana) – ERS-122 (Farroupilha) – ERS-446 (Carlos Barbosa)
O custo de não fazer

É com orgulho que a MATITA PEREÊ EDITORA LTDA. acaba de imprimir o livro O custo de não fazer. Escrito pelo empresário Nelson Sperb Neto, em parceria com o jornalista Milton Wells, a publicação revela os impactos da falta de infraestrutura no nosso dia a dia. Por meio de exemplos reais do Rio Grande do Sul, os autores mostram como a falta de planejamento e de investimentos afeta a vida de cada um de nós. Congestionamentos, acidentes, perda de tempo e oportunidades, estagnação econômica, subdesenvolvimento são reflexos da falta de infraestrutura, denuncia o autor. “Os exemplos narrados têm em comum certa unidade que deriva da necessidade de olhar a infraestrutura como uma questão de Estado e não de governo”, resume Sperb.